Gurdjieff

Gurdjieff
Quem é Gurdjieff?

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Cristiano, uma rosa floresce no jardim
em meio aos ciprestes e ao mato espesso,
uma rosa solitária que insiste para vingar,
em um jardim abandonado pelo jardineiro
de mão-cheia, preto cuidadoso e talentoso
que na calada da noite vinha arar, e ia para
outros cantos do país, trazer outras flores
exóticas, distantes, que se não rivalizam com
a rosa, contrastavam com sua ímpar beleza
em um sem par movimento carente de ritmos
em que o pobre lavrador, escravizado, contemplava
ao longe, carregando o madeiro pesado, sua cruz
o suor que escorria dos ombros largos
do operário.

Eu clamo

Eu clamo àqueles que foram meus amigos no passado
E do alto da santa amizade que a mim devotaram
sacralizaram-se monumentos à honestidade e o valor.

Eu clamo aos ignorados e patéticos companheiros do cotidiano
ridicularizados pela turba ignara mergulhada no pântano do mundo
imersa pelo lodo mais escuro, negro e imundo
num verso sepulcral, pouco austero e fracamente lírico,
que, no mínimo, exerce efeito porcamente onírico
sobre um corpo que jaz no leito, moribundo.

Poesia

Talvez, quem sabe
a verdadeira sabedoria
Adquire a forma
de poesia
Pois quem sabe
o que os adeptos, os grandes mestres
os conhecedores de arcanos segredos
degradados por universos extra-terrestres
recebem de praeter-inteligências, praeter-humanas
formas alojadas em sete planos eqüidistantes
de nossa vivência habitual e racional
em um tipo de poesia
não convencional
pouco usual
estranha mesma e grotesca
como condenação princepesca
de um chefete banalmente coroado
pelo Menestrel abalroado de glórias
do momento.

quarta-feira, novembro 29, 2006

Outras Luas

Os atlantes eram sábios e atravessavam os milênios. Para eles, ao menos entre alguns mestres, não era novidade que no passado existiram outras luas, um número maior de satélites que pairava sobre a terra. Na antiga cosmologia que os precedia e datava de um continente perdido de quem nem mesmo alguns dos mais velhos sacerdotes se recordava - havia ao menos três luas, atraídas pela pela terra em um movimento espiralado na via láctea.
Estes satélites, originalmente compondo sete esferas (quatro delas suficientemente pequenas para não se fazerem notadas) eram atraídos pelo campo gravitacional da terra e se tornavam luas, astros que giravam em torno do planeta. Por meio da perda de éter terrestre (um conceito que poucos dominavam) estes satélites rompiam em determinado momento a lei gravitacional e ingressavam em uma trajetória de colisão com o planeta terra, provocando enormes danos sobre sua superfície.
Foi desta forma que ao menos três grande civilizações anteriores à Atlântida foram extintas e apenas restaram na face da terra criaturas horrendas de aspecto sáurio que muitos dos modernos cientistas erigem em objeto de suas vãs suposições. Isto porque ignoram a função do éter enquanto elemento basilar da constituição Universo e, por que não dizer, esquecem-se complementamente dos sete elementos que constituem o mundo, quatro deles conhecidos (o ar, a terra, a água e o fogo), um deles intuído na presente constituição do globo terrestre (o éter) e dois deles que poderão ser conhecidos apenas pela humanidade vindoura na próxima ronda.
A maior parte dos grande cataclismas naturais foi consequência óbvia da queda das luas na atmosfera terrestre, ocasionando a destruição de continentes e culturas. Apenas Atlântida, o último continente, não sucumbiu por causas físicas mas pela maldade que campeava entre uma significativa fração de seus cidadãos, tornados "magos negros" e feiticeiros do tipo que apenas o moderno Egito ou as arcanas civilizações maia, tolteca, incaica e pré-incaica viriam a conhecer.

sábado, novembro 18, 2006

Mais uma nota sobre Astrologia - A Lua

Algo de novo estava acontecendo, e os astros o anunciavam. Nas grandes convulsões políticas e sociais são muito importantes os aspectos da lua e a posição que ocupa no signo ascendente, conhecido desde os tempos de Atlântida (aliás, foram eles, os atlantes, que criaram os "decanatos" que brotaram posteriormente na cultura egípcia). Entre os atlantes, em um livro divinatório e filosófico arcano (pois as três coisas, passado, presente e futuro de um lado, filosofia, ocultismo e técnica previsiva de outro, estavam unidas) a lua era o astro principal, não o sol. A lua em sua cultura era associada ao sexo masculino, como se dá em alguns poucos agrupamentos étnicos do planeta terra; o sol ao feminino e à passividade.
A lua não era um "luminar" (ou astro, como a reconhece nossa pobre astrologia) favorável ao romantismo e ao amor, era mais que isso, era o ente do contraditório e da tensão. A terra extraía suas energias da lua, mas esta se vingava daquela, como uma célebre iniciada vaticinaria milhares de séculos depois. Tanto que nos livros mágicos de Atlântida, entre os 22 arcanos superiores das obras mais importantes, um deles, o mais poderoso, era representado por "sélene", a lua, que capturava a vitalidade dos terráqueos. A lua, o "astro" dúbio e traiçoeiro, mediante forças imanentes a seu lado oculto (os atlantes já haviam percebido as implicações da aparente imobilidade do corpo físico externo da lua, do seu cadáver físico) alçava-se à condição de grande celeiro das almas humanas, sugadas após a a morte do corpo físico e passagem para o etéreo para as zonas escuras do satélite (ou falso satélite, o que para os sábios atlantes era antes um problema meramente posicional).
Nestes dias, tanto o posicionamento da lua no zodíaco, seus domicílios exaltados em certas casas e seus aspectos nefastos com saturno descerravam as portas de um futuro incerto para os povos. No plano terrestre e prosaico da política, as influências planetárias e a Lei Cósmica se faziam notar nos deslocamentos das forças políticas e o engrandecimento do partido dos pequenos líderes e dos magos negros. Na esfera do domínio, na decadência de Kut-Al-Atl e do pequeno e seleto grupo de líderes que conservavam o direcionamento correto da sociedade atlante. Em âmbitos mais largos e físicos, em avassaladores cataclismos geológicos e guerras que pipocavam nas fronteiras da civilização. Era o fim de uma Era.

A Grande Surpresa

Na política, assim como na vida, tudo é às vezes percebido - ou não percebido, ou mal percebido - unilateralmente ou equivocadamente. Com o passar dos anos, décadas, acostuma-se o homem à repetição da rotina e se vê dominado pela mecanicidade. No terreno dos governos e impérios, acredita-se que não mais haja o pólo oposto e os sucssos passados asseguram eterna glória e e triunfo no futuro. Os opositores são encarados quase que comicamente e a eles se presta tanto crédito quanto a palhaços no circo. Em Atlântida não poderia ser outra coisa. Os súditos de Kut-Al-Atl já supunham imortais em seus cargos no governo, preservados de toda a crítica e servindo um governante sem igual no Universo. Mas a palavrinha mágica, "democracia" - uma novidade, há muitos anos - ainda não havia feito seus estragos sobre uma malha política cuidadosamente tecida por décadas, que jamais poderia ser criticada por alguém sob pena de cruel exclusão social (e banimento da vida pública e possibilidade de inserção no gigantesco aparato estatal).
Um ditado das gentes do interior fez-se um dia valer, na data marcada para aquilo que se convencionou chamar "eleições". Até então, as "eleições" (um evento cansativo, geralmente aos domingos e que constia em depositar votos de confiança no escolhido do governo) haviam sido sempre favoráveis ao partido governante (entendido por "partido governante" um agrupamento amorfo de empresários, carreiristas, profissionais de política ou simplesmente parentes do dignatário do império). Dava-se recursos ali, cargos aqui, prometia-se algo acolá, fazia-se vistas grossas aos roubos das províncias e estava garantido o estado de coisas. Mas alguma coisa havia mudado naquele ano. Algo inusitado principiava a atuar sobre o curso dos acontecimentos, como uma pequena "quebra" na ordem normal das coisas.
Agora era perceptível que a evolução não ocorria linearmente, mas os "vetores de força" eram sujeitos a desvios, fortes mudanças de itinerário. Algo estaca por trás desta aparente novidade, mas o que?

terça-feira, outubro 24, 2006

O Domínio da Política

Política. O domínio da política imperava. Os homens pensavam estar orientando seu próprio futuro, tomando decisões importantes e participando da vida da nação. Supunham estar elegendo os representantes de seus interesses para os mais altos postos do país, aqueles que segurariam as rédeas do país. Ledo engano. Como poderão os homens escolher seus dirigentes se não podem “dirigir-se a si mesmos”, se é que podem “conhecer” (ah, se fosse possível isso...), se não sabem quem são. Os homens são máquinas que caminham ao léu, não têm consciência do que fazem e não exercitam sua vontade. Entre aqueles que mais se iludem com o mundo, os que se identificam com a matéria e seus estados mais brutos, a política age como um imã, daí o ditado antigo, “a política é um imã que atua sobre os calhordas” e “os porcos chafurdam na lama”.
Quando Kut-Al-Atl era o governante, os pequenos funcionários do “Estado” ou do “governo” (naquela época as duas coisas eram muito parecidas, quase análogas) costumavam fulminar com um duro olhar de reprovação qualquer um que censurasse ou criticasse a mínima falta ou ato não ponderado do Chefe. “Você não é atlante” ou o “o Governo é muito habilidoso” eram exclamações ouvidas com freqüência e ai daqueles que questionassem as benesses de governo que dava com tamanha liberalidade.

domingo, outubro 22, 2006

A Sombra dos Anões

Aqueles eram dias nublados em Atlântida. Por séculos o Magistrado-Reio Kut-Al-Atl havia governado com sabedoria o país, estendendo a mão ao pobre e conservando a riqueza do trabalho ao favorecer o comércio, as artes e a ciência. Já ancião, preferira indicar seus prepostos a governar e abdicara dos afazeres da magistratura, dedicando-se ao "Grande Senado Atlante", no qual redigia e fazia publicar novas leis para o país. Ocasionalmente, atendendo pedidos de seus filhos e netos, retornava ao palácio de Governo e auxiliava pessoalmente os prepostos, encarregando de algo que fatigava a maior parte dos habitantes da nação e horrorizava os mais sensatos, aquilo que os modernos conheceriam por "política" centenas de milhares de anos depois, em um pequeno país insular de um continente que sequer havia sido formado.
Kut-Al-Atl rejuvenescera a nação em seu próprio tempo, debelara as sedições locais e havia aniquilado todo o poder dos "chefetes" locais e suas cliques de bandoleiros, os "Duques-negros", que tiravam proveito do vácuo de poder ou do mínimo enfraquecimento do governo central para lançarem suas garras sobre as riquezas sob sua guarda direta. Eram insaciáveis, brutos e famintos por riquezas e em consórcio com seus amigos, os Magos Negros de Atlântida, abusavam da bruxaria e expedientes dos mais maldosos a fim de atingir estender os limites de seu poder pessoal.
Os Duques foram aniquilados por uma ambição mórbida que os corroía. Todos os recursos que eram extirpados dos pobres habitantes das potestades e os lucros do comércio de "babau", um fruto muito apreciado em Atlântida e exportado para muitas nações, eram dissipados em beberagens, em orgias, despesas suntuárias, construção de templos para demônios protetores e sustento de uma prole numerosa e faminta. A corrente ininterrupta de riquezas que fluía para a família dos nobres locais esvaía-se de suas mãos e raramente se empregava na produção. Dizia-se que o "ouro se fazia pó" e enquanto o povo lambia os ossos do gado os Duques tinham as ceroulas dançando na barriga...
Quando Kut-Al-Atl era um jovem, promissor e robusto, todas as suas forças foram empregadas na luta contra esses usurpadores. Eles elegiam a em troca de alforjes de dinheiro os governadores da pátria, quase nunca abençoados pelos principais Sacerdotes do Reino. Com seu dinheiro escolhiam os governantes mas não atraíam os corações do povo, que continuava fiel à antiga linhagem dos Kut-Al-Atl. Quando o novo Juíz-Governante se levantou do seu sonho da juventude (conforme diziam, naqueles tempos), o povo já estava maduro, aguardando um novo líder que o guiaria a um futuro radioso, portador da glória e progresso material.
Kut-Al-Atl dirimiu as dúvidas quanto à sua relação e aliou-se aos que outrora eram fracos. Escolheu entre os seus principais homems de saber reconhecido, filósofos e magos, ignorando os sicofantas conhecidos no país. Com fúria ímpar queimou a ferro e fogo os santuários dos magos negros e lançou às chamas os adoradores dos demônios. Não obstante sua fúria de juiz, ignorou os apelos da plebe ignara e feroz, poupando os instruídos e sábios que seriam capazes de auxiliá-lo em empreitadas próximas, dando mostras da magnimidade e presença de espírito que o fariam um dos maiores Governantes de Atlântida, aquele que os propósitos do Cosmos destinariam a velar pelo Fundador da Religião Maior do Futuro.
O "velho", assim era conhecido Kut-Al-Atl entre o povo, adquirira imenso poder ao erigir um vasto império, compreendendo terras á Oeste e Leste do país. Seus pequenos opositores eram ridicularizados ao criticar o sistema, que a um só tempo reduziu a pobreza e promoveu uma paz duradoura. Mas no decorrer dos anos as pessoas se esqueceram do que havia sido a Atlântida no auge dos Magos Negros, da espoliação e miséria que lhes haviam sido impostas pelos facínoras que se apoderaram do Estado. Os jovens queriam conhecer "o novo" e naquela época palavras belas como "governo do povo" e "alternância do poder" soavam bem aos ouvidos pueris.
Para o contingente de jovens contestadores Kut-Al-Atl era o "antigo". Estavam sequiosos pelo "novo", mesmerizados pela idéia da "mudança". O mal voltou a impregnar o ambiente, as vibrações maléficasdos magos negros animaram as mentes que viriam a se agrupar no "Partido dos Trabalhadores". Um ente tão pequeno e desprezado, sem a necessária vigilância dos governantes da nação, tomou então as rédeas do poder com grande sobressalto da parte de Kut-Al-Atl e de todos os seus aliados. Outra palavrinha "mágica" muito em voga entre aqueles que haviam se esquecido do passado - "eleições" - jogara por terra anos de progresso material e crescente prosperidade. Neste novo ambiente de incerteza e mentira, nasceria o portador do futuro.

sábado, setembro 09, 2006

Os Primeiros Sábios da Atlântida - II

O "Livro dos Dias que Virão" era poderoso. Admiravelmente profundo, superava o I-Ching e faria Confúcio querer desejar mais que uma encarnação a seu estudo. Reúnia toda a sabedoria dos atlantes, trasmitido pelo Grande Conselho do Continente, por milênios e milênios. Através de perguntas e respostas em um sistema combinatório, fornecia respostas precisas para todos os dilemas da existência, desde que prévia e ritualmente magnetizado pelo sacerdote. Outro formidável auxiliar era o Rot-atl, que os incautos confundiam com um jogo.
Também era um livro, o "Sistema Menor", como o denominavam os sábios, pois não se coadunava com os registros astrológicos lunares e solares, mas compunha um quadro sintético de toda a psicologia da raça desde o início dos tempos. Menos complexo e de fácil manuseio, foi o "Sistema Menor" que se propagou por todas a famílias atlantes e milhões de anos depois estaria esculpido nos monumentos egípcios e seria introduzido pelos ciganos asiáticos em Marseille, na França, e consequentemente por toda a Europa.
Naqueles dias, o Grande Conselho - admirado e temido nos Quatro Cantos do Globo - percebia que algo de errado estava se escrevendo nos céus. Os atlantes já haviam desenvolvido uma cosmologia avançada e os o significado dos eventos celestes lhes era revelado com clareza irretorquível. Três supernovas eram visíveis nas noites límpidas de sua capital, o que era assustador. Um radioso cometa havia sulcado a via láctea no mês sétimo do ano, o que era fatalmente um sinal. A lua durante todo um mês não exibira fases, o que negava as Leis do próprio Universo.
Seus mais brilhantes cientistas, cuja visão era magnificada por enormes telescópios instalados nos montes mais altos de Atlântida, com espelhos e lentes de cristal finíssimo, desconhecido dos homens de hoje - haviam dectado alterações na órbita do planeta noturno e uma atividade ímpar do sol, cujas explosões reuniam tamanho volume de energia que se faziam sentir no planeta terra, provocando avalanches de fótons que derrubaram nos céus várias naves voadoras e produziram as mais belas auroras boreais.
Algo de inusitado se vaticinava. Algo novo surgiria em Atlântida. Mas o que?

sexta-feira, setembro 08, 2006

Contraponto à Atlântida

Esta é uma postagem do Sr. Èrico na Comunidade "O Brasil Misterioso", gerenciada por Leo Frobenius. Traz interessantes contrapontos à existência de Atlântida, e peço aos leitores deste blog que me ajudem e a raciocinar sobre o tema:

A história da atlântida me fascina, porque concordo com você a maioria dos mistérios se resolveriam se soubessemos algo de concreto sobre a atlantida, mas com base nas informações que temos hoje:
- como se esplica o fato de em um trecho "conhecido" do oceano atlântico não se tenha achado vestígios;
- faço geografia e estudei que continentes não afundam (não pelo menos por meios "naturais") e dessa forma, era de se esperar que a atlântida estivesse localizada na dorsal (ou não?), pois durante as eras do gelo o nivel do mar abaixa bastante;
- acredito que duas ou mais raças humanas coexistiram no mundo, mas como ter desenvolvimento espiritual em época tão recuada (200.000~9.500);
- e a lemúria, já vi mapas que a indicavam como sendo um sub-continente derivado da pangeia (antartida+oceania) e isso seria a mais de 40 milhões de anos... como pode.
Quer dizer, eu não estou dizendo isso em tom de zombação... são questões que me vem a mente... são duvidas e mais duvidas... segundo a ciencia eu vi uma explicação de um professor aposentado da UFMG que dizia que a atlantida estaria localizada no mar da china... e ele apresentou "provas", ou seja, argumentos de certa forma até convincentes... no mais espero poder conversar com vocês sobre esse assunto e peço a todos que me enviem material escrito, ou deixem links no meu scrapbook, porque conhecimento é bom e liberta...





quinta-feira, setembro 07, 2006

Terra - O Centro do Sistema Solar

Desde a nossa época de colegiais, no científico, acostumamo-nos a pensar que todos os sistemas anteriores ao de Corpénico eram errados. O Sol é o centro de nosso sistema solar, a terra, um diminuto planeta sem significância alguma, pequenino, insignificante diante dos outros gigantes com Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A lua, é apena um satélite sem atmosfera, cheio de crateras e morto, que aparece "parado" na nossa frente (daí o seu "lado escuro"). Todos hoje começam a refletir sobre isso. Eu mesmo, já fui atraído pela astronomia mas pegunto: o que significa isso? Os velhos astrônomos e físicos, como Tycho Brahe, Kepler e Newton, entendiam o conhecimento do Cosmos como um meio para aperfeiçoar seus horóscopos.
Newton consagrou grande parte de seu tempo a pesquisas sobre teologia e algo esotéricos. Kepler, que jamais tomou banho (vide livro do Gleiser) e tinha uma mãe bruxa, nunca se importou com a "ciência" em si. Foi aprender com Tycho seus segredos matemáticos para melhor prever o futuro através dos astros, cuja posição, graças à ciência do velho Tycho, podia ser melhor definida (Tycho Brahe foi o grande criador da astronomia posicional, tendo descoberto a primeira "supernova" conhecida que abalou a teoria do "céu fixo").
Portanto, o que acham, caros irmãos e amigos? Se analisarmos as antigas representações do sistema solar, matematicamente todas as efémerides coincidem, via de regra. Na minha opinião, fixar a terra como o centro do sistema solar era uma questãor referencial. Em nenhum outro planeta (móvel, é claro), havia seres humanos. A terra era onde se dava a coincidência entre o macrocosmo e o microcosmo.


Os Primeiros Sábios da Atlântida - 40 Milhões de Anos

Há milhões de anos, na aurora da humanidade, que é bem mais velha e sábia do que supõe a nossa vã filosofia iluminista, os primeiros homens que assim podemos chamar, de fato, passaram a habitar o continente que posteridade, mediante uma oportuna revelação de um sacerdote egípcio - à época em que Sólon governava Atenas - referente ao brilho de uma civilização extinta por um cataclisma jamais visto na história da humanidade, o grande dilúvio universal.
Este mesmo grande dilúvio é sobejamente mencionado em todas as tradições antigas, do Oriente ao Ocidente. Aparece na Índia, nas mitologias germânicas, na Grécia, em Roma, nas Américas e mesmo nas ilhas mais distantes do Pacífico Sul. Alguns chamam aquele que se salvou das águas Noé, outros Deucalião, outros dão-lhe outro nome na epopéia de Gilgamesh ou no Popul Vuh.

Mas, ignorando todo a crosta de verniz acumulada pela ignorância no decorrer das Eras, todas estas tradições apontam para uma longínqua "renovação da humanidade" por um batismo de água, o sacramento da limpeza e da purificação, a prova da iniciação imposta à humanidade como um todo, não em escala individual O grande "primeiro portal", pois o segundo, o do fogo, está por vir, produto da insana multiplicação dos arsenais nucleares nas Américas, Rússia, Oriente Média e naqueles países do Oriente cujos designios são insondáveis, pois pertencem a uma raça impertinente.

Há 40 milhões de anos atrás tudo era diferente. Nada era análogo aos ceús que os antigos nos legaram. Metraton não governava o "primum mobile", nem os anjos os planetas. A dimensão das esferas fixas era submetida a outras leis e as constelações possuíam formatos radicamente diferentes. Muitas inscrições no Antigo Egito ou até pré-históricas (segundo a limitada visão do homem atual do que é "pré-histórico") nos legaram um formato do zodiáco que não é muito diferente do atual, com signos como os de áries, leão, touro, peixes, gêmeos, sagitário (o mesmíssimo "centauro" helênico), libra e áquario. Estes nomes também prevaleciam na Babilônia entre os magos caldeus e na Persia entre os sacerdotes de zoroastro e seus sucessores gnósticos. Mas se tratava de um curtissimo período de tempo histórico (alguns poucos milhares de anos), haviam ocorrida algumas poucas precessões do equinócio e a Estrela polar ainda estava na Era de Touro.

O formato das constelações não se alterara ainda. Entre os atlantes, milhões de anos mais velhos, a coisa era outra. Os signos eram diversos, bem como a concepção do horóscopo, que ao contrário do ocidental não levava em conta a domificação (casas), nem era estático. Havia um papel de vulto concedido à chamada "estrela Datl", um astro hipotético que que era inserido no zodíaco atlante com base em complicados cálculos solares-lunares. Dito de outra forma, os atlantes em suas previsões astrológicas usavam algo como uma combinação dos sistemas astrológicas oriental e ocidental, mesclando efemérides dos calendários solar e lunar. Como eram uma raça predominantemente lunar - em seus áureos tempos, abençoada pelos eflúvios do lado "claro" daquele luminar - concediam especial importância às horas lunares no horóscopo, que eram mais importantes do que os egípcios, caldeus e romanos, posteriormente, delibararam uninanimente em denominar "ascendente", com todas as propriedades que angaria de sua mescla com o signo solar original.

O sistema divinatório atlante, juntava a astrologia a outras técnicas, igualmente sofisticadas, das quais o I-Ching chinês é um sub-produto precário. A religião atlante havia criado, como dissemos, um sistema simples de pensamento, que lançava mão de alguns aspectos herdados pelo taoísmo chinês. Este esquema elementar, fundamental para o entendimento dos mistérios da existência, foi cindido com o passar dos milhões de anos e milênios e o budismo primitivo se converteu em uma bizarra adoração de ridículos ídolos tibetanos de barro e o taoísmo se transformou em uma crendice esdrúxula na china. Antes, eram aspectos do mesmo pensamento, e alimentavam o Grande Sistema Divinatório Atlante, o All-O.Atl, que reunia astrologia com os princípios da "ciência da iluminação".

O consulente, neste sistema, perguntava ao mago, embaralhava um conjunto de lâminas e dizia o ano, hora e lugar que nasceu. Além disso, formulava uma pergunta específica, referente ao passado, presente e futuro. Consultando o oráculo, o sacerdote lhe dizia seu passado e presente - baseados nos cálculos solares - e o futuro, através de operações mágicas lunares e da consulta ao All-O.Atl e o poderoso Livro dos Dias que Virão, o maior e mais completo conjunto de adivinhações já existente.

terça-feira, setembro 05, 2006

Clarividência e Clariaudiência Atlantes - Os Riscos de Kundalini

Antes de se falar do desenvolvimento das faculdades de clarividência e claridiaudiência, além da outra enorme gama de dons que agraciavam os atlantes, é indispensável recorrer a alguns conceitos esotéricos e teósoficos que nos ajudam a compreender a verdadeira história da Atlântida e os processos internos de “despertar do kundalini” que ativaram no mais alto grau os chacras daqueles seres. Foram eles, os Atlantes, que descobriram as propriedades intrínsecas do chamado “duplo etérico” do homem, o kundalini e seus canais (o sushuma, ida e pingala), técnicas para fazê-lo subir e suas diversas implicações negativas ou positivas. Infelizmente, com a já mencionada vulgarização excessiva dos ritos iniciáticos, indivíduos com baixa estatura moral apropriaram-se destas técnicas, transformando-se nos temíveis e bestiais magos negros que faziam encantamentos mortais com a energia emitida pelo lado escuro da lua.
Para o eminente – embora algumas vezes equivocado teósofo, Charles Leadbeater, palavra sânscrita chackra significa roda, uma série de vórtices semelhantes a rodas que existem na superfície do duplo etérico do homem. Como ele próprio define:
"Os chackras, ou centros de força, são pontos de conexão ou enlace pelos quais flui a energia de um a outro veículo ou corpo do homem. Quem quer que possua um ligeiro grau de clarividência, pode vê-los facilmente no duplo etérico, em cuja superfície aparecem sob a forma de depressões, semelhantes a pratinhos ou vórtices. Quando já totalmente desenvolvidos, assemelham-se a círculos de uns cinco centímetros de diâmetro, que brilham mortiçamente no homem vulgar, mas que ao se excitarem vividamente, aumentam de tamanho e se vêem como refugentes e coruscantes torvelinhos à maneira de diminutos sóis. Às vezes falamos destes centros como se toscamente correspondesse com determinados órgãos físicos, mas em realidade estão na superfície do duplo etérico, que se projeta mais além do corpo denso".
"Todas estas rodas giram incessantemente, e pelo cubo ou boca aberta de cada uma delas flui continuamente a energia do mundo superior, a manifestação da corrente vital dimanante do Segundo Aspecto do Logos Solar, a que chamamos energia primária, de natureza sétupla, cujas modalidades in totum agem sobre cada chackra, ainda que com particular predomínio de uma delas segundo o chacka. Sem esse influxo de energia, não existiria o corpo físico.
Portanto, os centros ou chackras atuam em todo o ser humano, ainda que nas pessoas pouco evoluídas é tardo o seu movimento, o estritamente necessário para formar vórtice adequado ao influxo de energia. No homem bastante evoluído refulgem e palpitam com vívida luz, de maneira que por eles passa uma quantidade muitíssimo maior de energia, e o indivíduo obtém como resultado o acréscimo de suas potências e faculdades".
Mas o que é o duplo etérico? Para os Hindus, é “(...) Prânamayakosha, ou véiculo do Prâna; em alemão é Doppelganger. Depois da morte, separado do corpo físico denso, é a ‘alma do outro mundo’, o ‘fantasma’, a ‘aparição’ ou o ‘espectro dos cemitérios’. Em Raja Yoga, o duplo etérico e corpo denso unidos são chamados o Sthûlopâdhi, isto é, o Upâdhi inferior do Atma” (POWELL, Major Arthur E. O duplo etérico. São Paulo: Ed. Pensamento.)
O duplo etérico é a reprodução exata da forma densa, ultrapassando a epiderme de cerca de uma polega, ainda que a aura da saúde ultrapasse várias polegadas. Ao mesmo tempo em que o homem purifica o corpo denso, purifica também o seu duplo etérico, pois este é sua contraparte. Não entraremos aqui na discussão da composição deste “duplo”, mas esquematicamente pode-se considera-lo como se segue:
Química Oculta
Física
Exemplo
E1 Atômico
Eletrônico
Electron
E2 Subatômico
Núcleo Positivo
Partícula Alfa (mesons e elétrons)
E3 Superetérico
Núcleo Neutralizado
Nêutron
E4 Etérico
Atômico
N. Nascente
H. Atômico
Gasoso
Gás Molecular, etc
H2, N2 ou compostos gasosos
Suas funções principais são: a) absorver o Prâna ou a Vitalidade, enviando-o a todas as regiões do corpo físico; b) operar como intermediário ou ponte entre o corpo físico e o corpo astral, transmitindo a este a consciência dos contatos sensoriais físicos e, outrossim, permitindo a descida ao cérebro físico e ao sistema nervoso da consciência dos níveis astrais e dos superiores ao astral”.
Nesse sentido, como já discutido nos tópicos anteriores, os ocultistas sabem que existem pelo menos três forças independentes e distintas, emanadas do Sol, que chegam ao nosso planeta”, ou seja:
1 – Fohat ou Eletricidade (na verdade, englobando todas as forças conhecidas, como magnetismo e também a energia nuclear forte e fraca);
2 – Prâna ou Vitalidade
3 – Kundalini ou Fogo Serpentino.
Sem o Prâna, o corpo seria um agregado de moléculas independentes. “Prâna reúne e as associa num todo único e complexo, percorrendo as ramificações e malhas da tela vital, cintilante e dourada, de finura inconcebível, beleza delicada, constituída por um só fio de matéria búdica, por um prolongamento do Sutratma e nas malhas do qual vêm se justapor os átomos mais grosseiros. (...) A associação do Prâna astral e do Prâna Físico cria a matéria nervosa, que é fundamentalmente, a célula, e fonfere a faculdade de sentir o prazer o sentimento” (POWELL).
Do ponto de vista do homem, quiçá o mais importante aspecto seja a kundalini, o fogo ou serpente serpentina, que habita o chakra da base da coluna vertebral. Estas forças difundidas através dos chackras se mostram essenciais à vida do duplo etérico. Por isso, todos os indivíduos possuem esses centros de força, embora o grau de seu desenvolvimento varie muito em cada indivíduo. Quando não muito desenvolvidos, são foscos e as partículas etéricas lentas, formando um vórtice apenas suficiente para a manifestação da força e nada mais. Por outro lado, nos indivíduos mais adiantados, fulguram palpitam fortemente, brilhando como pequenos sóis. Neste caso, sua dimensão varia de 5 a 15 centímetros, segundo o Major Powell. No caso dos recém-nascidos são círculos minúsculos do tamanho de uma moeda comum,pequenos discos que mal se movem e escassamente brilham”.
Os chackas etéricos têm duas funções distintas: uma, absorver e distribuir o “prâna” no corpo etérico, e daí ao corpo físico, para manter a vida deste. A segunda função consiste em trazer à consciência física a qualidade inerente ao centro astral correspondente.”
“Quando os centros etéricos estão completamente desenvolvidos, o cérebro conserva a recordação integral das experiência astrais”. (POWELL, 2005).
Suas principais características são:
- Centro esplênico, brilhante e de cor solar. No centro astral, vitaliza o corpo astral permitindo-o viajar conscientemente neste corpo. No Centro etérico: vitaliza o copor físico e permite viagens astrais.
- Centro da Base espinhal: no centro astral é a sede de Kundalini e no central. Sua cor é alarajanda-vermelha ígnea.
- Centro umbilical: verde. Sentimento sensibilidade. No centro etérico, sensibilidade às influencias astrais.
- Centro Cardíaco: Ouro brilhante. No centro astral, compreensão das vibrações astrais, consciência dos sentimentos dos outros.
- Centro Laríngeo: Sua cor tem muito de azul, mas o efeito geral é prateado brilhante, um pouco da claridade lunar caindo sobre as águas ondulante.No centro austral, ouvido, no centro etérico, audição etérica e astral.
- Centro dos supercílos: No centro Astral Vista, no Etérico, clarividência, Amplificação. Aparência metade rósea, com muito de amarelo.
- Centro situado no alto da cabeça: diferente dos outros. “Os livros hindus o chama o lótus de mil pétalas, embora o número exato de força primária seja 960. além disso, possui uma espécie de vórtice secundário, ou atividade menor, com doze ondulações próprias. O despertar co centro astral correspondente é o coroamento da vida astral, pois confere ao homem a plenitude de suas faculdades.
LEADBEATER, CHARLES W. Os chackras - os centros magnéticos vitais do ser humano. São Paulo. Ed. Pensamento, 2004.
POWELL, Major Arthur E. O duplo etérico. São Paulo: Ed. Pensamento, 2003.

História Oculta da Atlântida - II

Ensina a sabedoria milenar da “Teosofia”, que investigadores sérios e sóbrios, iluminados pelo espírito que notabiliza o verdadeiro iniciado, desde remotas Eras, estudaram o passado da terra através do arquivo de memória do Logos, além de visitas ao Museu da Fraternidade dos Adeptos, a Grande Hierarquia ou Fraternidade Branca que desde o início dos tempos supervisiona os trabalhos dos homens. Como afirma o ilustre pensador Jinarajadasa:

"Investigadores teosóficos, de gerações passadas e presentes, têm desta maneira estudado o passado da terra, observando o arquivo de memória do Logos, e muitas das observações obtidas deste modo fazem parte dos ensinos teosóficos. Eis o que revelaram as pesquisas destes investigadores sobre a história passada:"É possível obter tal conhecimento, em primeiro lugar, pela observação do arquivo, e, em segundo lugar, por estudos feitos no Museu da Fraternidade dos Adeptos. A Hieraqrquia, ou a Grande Fraternidade, mencionada na introdução, conservou desde o dia em que o homem começou a habitar a terra, fósseis e esqueletos, cartaS, modelos e manuscritos, ilustrativos do desenvolvimento da terra e de seus habitantes, animais e humanos.Para aqueles que, pela renúncia completa e a consagração ao serviço da humanidade, obtêm o privilégio de ali permanecer, será um prazer renovado o estudo das formas e das civilizações passadas neste maravilhoso museu.Ali o investigador teósofo encontra modelos de argila representando a configuração da terra em épocas remotas, antes de tal ou qual cataclismo; modelos pacientemente construídos pelos Adeptos de civilizações passadas".

Foi este método – ignorado pela moderna e falha “ciência experimental” – que permitiu a estudiosos deste naipe chegarem às mais detalhadas e vivazes descrições de como era a Atlântida e como se comportavam seus extraordinários habitantes. Até mesmo a velha Lemúria – cujas sub-raças até hoje subsistem – teve seus segredos desvendados por meio deste método. Talvez Jinarajadasa ou outros pesquisadores da linha teosófica tenham se confundido quando a provável antiguidade destes continentes (muitíssimo mais velhos, milhões de décadas, do que imaginavam), mas seus raciocínios, via de regra, parecem-nos corretos e verdadeiros.
Assim foram produzidas as mais nítidas visões da Atlântida e Lemúria, como se segue:

“(...) vemos que nesta época, separada da nossa por mais de um milhão de anos, a maior parte das terras de hoje estava então submersa, enquanto a maior parte das terras daquela época está agora sumersa, dexiando aqui e ali alguns vestígios como na Austrália e em diversas partes de outros continentes. O grande continente que se vê, estender-se ao longo e ao Sul do Equador e que cobre uma porção notável do atual Oceano Pacífico, é chamado Lemúria pelos estudantes de Teosofia. O termo é tomado do naturalista Slater que acreditava na existência de um tal continente, à vista da distribuição normal dos macacos lemurianos em vários territórios. Mesmo nos tempos da Lemúria, a Terra era povoada por homens, os lemurianos, que pertenciam ao nosso primeiro tipo, representado nas figuras 14 e 15. Os etíopes e as raças atuais de cabelo carapinha são vestígios dos antigos lemurianos, com mudança no tipo, a não ser uma diminuição na estatura".
"Lentamente, com o decorrer dos anos, a configuração do globo se torna o que mostra a figura 22. No local do Atual Oceano Pacífico, existia outrora um continente que os Teósofos, como Platão, chamavam Atlântida. Foi nesse continente que apareceu o segundo tipo de indivíduo, denominados mongóloicos por Flower e Lydekker, ou os de cabelo liso e maçãs do rosto salientes. De sua pátria original, a Atlântida, emigraram para todas as direções e dão-nos hoje os milhões de pessoas que povoam a china, e os países da mesma raça, assim como os índigenas das duas Américas, em vias de desaparição rápida”.
Em período muito próximo (uns 200.000 anos), tanto a Atlântida quanto os resquícios da Lemúria tiveram seus contornos novamente modificados, e em torno de 9.465 (segundo os cálculos do autor, pois para nós a data histórica recua alguns milhões de anos no tempo), só restava do outro vastíssimo continente Atlante uma ilha do Pacífico, conforme narra a estória contada por Sólon e que lhe fora transmitida por sacerdotes egípcios. Enquanto a Atlântida desmoronava, outras porções de terra submergiam, surgindo uma raça de homens de novo tipo que originou os hindus, os árabes, os persas, os gregos, os romanos, os celtas, os eslavos e os teutões.

segunda-feira, setembro 04, 2006

A Atlântida e os Iorubás

Outro fato pouco conhecido e negligenciados pela soberba de nossos atuais homens de ciência - cegos por aquilo que supõe ser "métodos infalíveis" de datação histórica e outras tantas baboseiras e embriagados com sua própria tagarelice intelectual - é que a etnologia do início do século XX e meados do século XIX foi solenemente sepultada, e junto a ela desceram ao jazigo instigantes teses sobre a Atlântida, encarada não apenas como uma fantasiosa criação do Adepto Platão - que, no mínimo, dada sua elevada estatura intelectual e moral, deveria ser levado mais a sério...
Um destes pioneiros do estudo etnológico da Atlântida foi o alemão Leo Frobenius, que em seu estudo sobre a "Mithologie de L'Atlantide" traçou interessante comparação entre os traços culturais atlantes e caracteristicas da civilização que ocupa o Oeste da África, os iorubás, que posuem elementos societários e e folclóricos únicos que os distinguem nitidamente dos outros grupos africanos, tais como os da Eritréia e assim por diante.
Permitam-me apresentar aqui alguns trechos de tradução livre, diretamente do idioma francês, do livro do citado autor:
Eu formulei então a hipótese que esta fábula [NT: A da Atlântida] não era apenas uma fábula. Afirmei que deveria ser possível conceber e entender tudo aquilo como se fosse a lembrança de uma cultura anterior àquela da Grécia e no curso desta foram praticadas a navegação e propagada a civilização, não somente no baixio do Mediterrâneo, mas também fora. Eu afirmou também que esta Atlântida esta nas recordações dos povos como uma última lembrança de uma civilização aparecida, antes dos tempos os gregos, em um lugar situado sobre a costa ocidental da África. Mas à medida que o helenismo se desenvolveu no mediterrâneo oriental, separou os povos uns dos outros e raças que durante muito tempo haviam praticado o comércio e a navegação em toda a extensão do baixio do Mediterrâneo até Taschisch ou Tartessos. E este tempo, antes dos gregos, era a época de Possêidon, o Deus dos Mares, cujos descendentes, precisamente, haviam construído a força da Atlântida”.
É na civilização da África do Oeste que aparecem os vestígios mais claros da Atlântida:
De todas estas culturas, é a civilização atlântica ou do Oeste africano, que é atualmente arruinada e a mais degenerada. Mas não é apenas a influência da civilização européia que o provocou. Dois outros fatos podem ser analisados para explicar tal situação. Antes de mais nada, esta antiga civilização, que se instalou pouco a pouco na África Ocidental, se sobrepôs a uma civilização mais antiga e mais primitiva, vinda do Leste após fazer a travessia do oceano índico. Foi esta civilização que importou a banana como planta sagrada e que chamamos de antiga cultura a Eritréia. Mas, antes de mais nada, as culturas mais recentes da Eritréia (a do Norte e a do Sul) vêem do Oeste, progredindo com uma tal potência e tal segurança nas zonas da estepe do Norte e do Sul da África que elas chegam até à costa ocidental, de maneira que na Guiné do Sul (Reino do Congo), na Guiné do Norte (Reino dos Ioruba), a civilização Atlante e as civilizações da Eritréia se tocam, se fundem ou se redescobrem. Deve-se assim eliminar aquilo que pertence à civilização eritreiana para se descobrir o que é essencialmente atlante”.
Assim que procedemos a este trabalho, percebemos como quintessência do que é particular à civilização atlante os seguintes fatos: primeiramente a tendência à construção de cidades. Em segundo lugar, uma organização hierárquica no plano da cidade e do governo da comunidade. Em terceiro lugar, a posse de uma imagem do mundo e de um cosmos de deuses claramente elaborados, conservados graças aos mitos, aos símbolos e a práticas culturais. Os dezesseis grandes deuses que se voltam para diferentes regiões do céu estão associados à organização do mundo".
Outros fatos que ele cita são os sexos do sol e da lua, claramente atlantes, os três símbolos sagrados, quais sejam, a mão, a rosa de oito pétalas e a suástica, que não existem no restante da África. Bem, como até então semelhante estudo - amparado inclusive por gravuras e provas materiais desta associação - pode ter sido desprezado pelos homens de ciência como prova irrefutável da existência de Atlântida? Mais interessante ainda, no jogo de "Ifá", um sistema divinatório criado por esta cultura africana, a sobreposição de traços inteiros e outros traços "partidos" remonta a um livro antiquíssimo, da alta antiguidade atlante, que permanece vivo não só entre os iorubás mas também entre os chineses sob a forma do "I-Ching", o "Livro das Mutações", o Ying e o Yang chinês. Isto é comprovado por diversos exemplos do autor e gravuras. Como contestar tal enigma?

domingo, setembro 03, 2006

Os Homens do Olho - Primeiros Adeptos Atlantes

Os primeiros Adeptos Atlantes, com indescritível domínio das forças da natureza e seu "EU" interno eram conhecidos nos quatro cantos da Terra como os "Homens do Olho" ou "Bukh-Satl" no idioma atlante. Esta associação ingênua, feita por seus admiradores, perdurou em inúmeras representações pictóricas, africanas ou dos primitivos europeus modernos. É o "Olho de Hórus" egípcio e "Olho que tudo vê" do "Grande Arquiteto do Universo Moderno". Em termos geométricos, é descrito pelo círculo (o globo ocular) e o ponto (a íris), que simbolizam ambos o esforço do Eu individual limitado (o ponto) em alçar-se a níveis maiores, celebrando a comunhão com o absoluto (o círculo infinito), também descrito pelo famoso "Horóborus", a serpente que morde a própria cauda.
Estes Atlantes de elevada estatura moral e enorme evolução espiritual, habitavam principalmente as terras de Helon-Atl (NOTA: raíz originária das palavras "Helios em grego e "Sol" em latim, mais o sufixo Atl, comum ao idioma atlântida e emprestava à palavra o que os mais velhos daquele tempo denominavam seu "espírito", sua ênfase mágica. Isto necessariametne se perdeu na língua moderna, embora linguistas helênicos inpirados tenham justamente introduzido o acento "espírito" no grego moderno) que se situavam próximas à atual "Highland" escocesa. Um outro grupo, menor, porém não menos importante para o trabalho destes grandes instrutores da humanidade, residia nos arredores da atual cidade do México, onde aliás exerceu importante trabalho o primeiro Avatar de Buddha, o Sr. QuetzalCoatl, o primeiro grande Iluminado de toda a humanidade e primeiro da longa série de budas que visitam a humanidade desde os seus albores.
Outra importante sub-seção do grupo "mexicano" de adeptos atlantes residia no Brasil, no grande planalto central, estendo-se a terras do atual Estado de Minas Gerais. Quando da degeneração para magos negros, estes habitantes pré-históricos da região se transformaram em seres disformes e grosseiros que praticavam sacrifícios humanos e canibalismo. Uma das provas materiais de sua existência foi a descoberta em Lagoa Santa, pelo Sr. Lund - ainda no século XIX - dos fósseis da assim chamada "Luzia", com traços étnico-raciais francamente distintos dos demais índigenas brasileiros, pertencendo a uma raça (a dos magos negros atlantes) extinta há milhões de anos.
As conseqüências mais visíveis da atuação destes grandes seres estão relacionadas à grandiosidade de cultura como a celta - um dos fulcros "operativos" dos Adeptos atlantes -; a engenhosidade e determinação do povo escocês (que com Robert Bruce, lutou até mesmo contra os poderosos exércitos do Rei da Inglaterra); a cosmogonia e alto desenvolvimento da sub-raça "Tolteca", cujos conhecimentos técnicos disseminaram-se até as antigas culturas da América Latina (Chavín, Mochica, Tiwanacota e outras) culminando no desenvolvimento da civilização inca (embora esta fosse mais guerreira que espiritual).
Quanto a este último, Samael Awn Weor, destacado místico e escritor gnóstico do século XX, enfatiza a seus alunos, em uma viagem à "Cidade dos Deuses Asteca" que:
"Bem, estamos aqui em Teotihuacan que, traduzido, significa Cidade dos Deuses; esta é sem sombra de dúvida a cidade dos Deuses. Aqui está a Pirâmide do Sol, é uma pirâmide gigantesca, maravilhosa, e não há dúvida que esta pirâmide ou estas pirâmides ,para falar mais claro, são mais antigas que as do Egito, e isso é o que muitos ignoram. Realmente, estas pirâmides foram construídas na Época dos Atlantes. Muitos dizem que foram construídas pelos astecas, porém a meu modo de ver e entender, é inquestionável que não foram os astecas, mas foram, repito, diretamente os atlantes".
No Brasil, país cujo território, em grande parte, jamais foi coberto pelo mar, a influência atlante se fez presente através do Grande Sobrevivente da Atlântida, Sumé, cuja passagem por grande parte de seu território é ilustrada em hieroglifos atlantes em São Tomé das Letras (Minas), Pedra da Gávea (Rio de Janeiro), Paraíba (Ingá) e em incontáveis inscrições (erroneamente consideradas "rupestres" e primitivas) que os arqueólogos tradicionais - do alto de sua arrogância - batizaram de "tradição nordeste", confiantes que são em seus impotentes métodos de datação do tempo. Pessoas como o Professor Henrique José de Souza, o fundador do Movimento Eubiótico no Brasil, tiveram vislumbres desta verdade e, não por acaso, a cidade de São Tomé das Letras (considerada por certos místicos locais um dos "chackras" do globo terrestre) ocupa posição privilegiada no sistema geográfico esotérico traçado por este ilustre brasileiro.

sábado, setembro 02, 2006

História Oculta da Atlântida

Uma boa seqüência para um relato da história oculta da antiquíssima Atlântida e do percurso do adeptado neste país deveria compreender: a) o emprego do prana e da kundalini: breve digressão sobre a longa vida dos iniciados atlantes que descobriram o verdeiro elixir da longa vida e o transmitiram a gerações e gerações do povo atlante. A maneira como eles vivificavam e potencializavam a energia de seus centros turbinalhantes no duplo etérico, os chackas, e sobretudo através dos chackas anahata e do frontal desenvolveram em níveis jamais vistos a clariaudiência e clarividência; b) Os nomes dos principais Adeptos da mais remota Atlântida ao período da queda do império, sua decadência sob a regência dos terríveis magos negros do Sétimo Ciclo Atlante, a sobrevivência destes nomes em velhos anais aztecas e sua transmissão em código cifrado no "Popul Voo" dos maias; c) Ligações entre os Atlantes e a cidade perdida de Shamballa e como os rituais e palavras mágicas dos magos negros da Atlântida ainda influenciam os bruxos atuais; d) Por fim, o mais importante e decisiva para os homens de nossos tempos: o fato do primeiro Buda histórico haver nascido em Atlântida e chamar-se QuetzalCoatl, sendo seu culto adulterado ao extremo pelos magos negros na "grande noite da degeneração" e rememorado no México pré-colombiano. Este foi o Grande Budha, o primeiro iluminado de todas as Eras, aquele que erigiu os pilares de uma religião simples e que dizia verdades diretas ao coração humano, a que se convencionou chamar de "budismo pré-histórico", para separá-la dos ensinamentos mais novos de Sidharta Gautama, o Buda Sakhiamuni.
Segundo Blavatsky, em sua célebre definição da Atlântida, este era "(...) O Continente que foi submerso nos Oceanos Atlântico e Pacífico, segundo os ensinamentos secretos de Platão (no Timeu e Crítias). [A terra habitada pela quarta Raça-Mãe. Quando se encontrava no apogeu de sua prosperidade (aproximadamente um milhão de anos atrás), a Atlântida ocupava quase toda uma área atualmente coberta pela parte setentrional do Oceano Atlântico, chegando ao nordeste até a Escócia e ao Noroeste ao Labrador, e cobrindo ao Sul a maior parte do Brasil. O grande cataclisma ocorrido há cerca de 80.000 anos atrás destruiu quase tudo o quanto restava deste vasto continente). Blavatsky, Helena P. Glossário Teosófico: São Paulo, Ed. Ground 2004.
Como se sabe graças ao ensinamento teosófico, as raças humanas são em número de sete, estando ligadas à doutrina da Cadeia Planetária. Admitindo a natureza sétupla do homem, cada um de seus princípios tem íntima relação com um plano, um planeta, uma raça. Estas nascem uma da outra, crescem, se desenvolvem, envelhecem e morrem. As sub-raças passam pelo mesmo processo e cada Raça-Mãe, com suas sub-raças correspondentes e várias divisões em famílias e tribos, é totalmente distinta das outras que a precedem e da outra que as sucederão. Cada uma destas raças passam pelas quatro idades clássicas (ou ouro, da prata, do bronze e do ferro) e cinco delas já pisaram neste planeta.
Esta quarta raça, ou atlante, em conformidade com o que nos transmitiu a Senhora Blavatsky, "(...) foi engendrada pela terceira Raça, há cerca de oito milhões de anos, em cujo final o Manu da Quarta Raça escolheu entre os tipos da anterior os tipos mais adequados, aos quais conduziu à Sagrada Terra imortal, para livrá-los do cataclismo lemuriano. A quarta Raça nasceu sob a influência de Soma (a Lua) e de Zani (Saturno); à influência deste último deveu-se em parte o grande desenvolvimento da inteligência concreta, que caracteriza a sub-raça tolteca. A linguagem era aglutinante, porém com o tempo, adquiriu flexão e nessa modalidade foi transmitida para a quinta raça. O berço da quarta raça foi o vastíssimo continente da Atlântida. A imensa maioria dos habitantes do globo, permanece ainda na Quarta Raça. Suas sete subraças são: a) A Ramoahal; 2) a Tlavati; 3) a Tolteca; 4) a Turânia; 5) a Semítica; 6) a Akkadiana; 7) A mongólica. Entre eles merce menção, por seu alto grau de civilização, a tolteca, que conhecia profundamente a química, a astronomia, a agricultura e a Alquimia; era também muito versada na magia negra, grande parte da qual tinha por instrumento o hábil emprego dos 'raios escuros' da Lua, ou seja, as emanações da porção escura deste astro".

quinta-feira, agosto 31, 2006

Os Adeptos e o Circuito Exterior - II (Atlântida)

Este "circuito interior" ou "esotérico" da humanidade sempre foi restrito. Mas sua simples existência foi capaz de influenciar as mais brilhantes civilizações que já feneceram no globo e irrigar os campos da ciência, das artes, da literatura e das técnicas desde a aurora da civilização, muitos anos mesmo antes do surgimento das atuais e "conhecidas" culturas do Crescente Fértil, do Vale do Nilo, do hindu ou as de quaisquer sociedades pré-colombianas (estas últimas, vestígios de culturas como a Atlante, cuja língua azteca que perdura até os dias de hoje não pode negar de maneira alguma).
Este circuito interior nunca foi tão grande quanto na "idade de ouro", a "krytia Yuga" dos hindus, cujo apogeu coincide exatamente com o período de maior esplendor da civilização atlante. Foram estes adeptos de milhões de anos atrás e seus discípulos que deram a luz à maior civilização de todos os tempos, a da Atlântida, a primeira e única a conjugar técnica, ciência e magia branca.
Na Atlântida da Era Clássica era possível viajar em corpo astral ou em carros voadores alimentados por uma misteriosa "luz", com mais potência que centenas de mísseis nucleares. O domínio dos elementos pelos mestres Atlantes, os magos da "mão direita" era tão intenso, que se manipulava magistralmente as propriedades dos elementos com o uso da "alquimia esotérica" e um profundo conhecimento dos átomos físicos ultérrimos que constituiam a criação.
Conhecendo perfeitamente as três principais forças ou "energias", o "fohat", o "prana" e a "kundalini", os atlantes produziam luz, calor (através da condensação dos feixes de luz produziam raios laisers potentíssimos, empregados para enfrentar as forças do mal) e eram capazes de romper com facilidade as barreiras do tempo, ignorando a distinção espaço-tempo. Não lhes era desconhecida a teoria física das "dimensões extras", hoje fartamente explorada pela cosmologia, e através de meditação e utilização precisa das propriedades do corpo causal, seus grandes adeptos ultrapassavam com elegante facilidade quaisquer dobras infinitesimais de tempo.
As narrações da grande epopéias hindus, sobretudo a da grande guerra de Rama contra os Rakchasas, os demônios governados por Ravana, o mitológico Rei de Lanka que raptara a princesa Cita, ou então as terríveis e vivazes descrições de "guerras nucleares" do Mahabbharatta são ecos distantes, na recém nascida sociedade ária, das avançadas tecnologias e das ciências atlantes, que precederam em milhões de anos quaisquer inovações trazidas pela "Revolução Industrial" inglesa ou a nossa pobre "Era da Informática".
Os Atlantes jamais produziram "cientistas", no sentido moderno do termo. Havia ali, sim, adeptos e seres iluminados, que conhecendo os elementos físicos e etéreos e com um elevado nível de desenvolvimento do ser (pois tinham kayas, isto é, corpos, búdicos altamente sutilizados e puros) contribuíram para dotar o homem de algumas comodidades, aumentando seu bem estar durante a vida material.
O processo de "geração de energia" dos atlantes era limpo, pois se evitava o uso de fontes poluídoras e sujas de energia e até mesmo as hidreelétricas eram evitadas, pois podiam conduzir ao mau uso das águas fluviais e alterações indesejadas do curso dos rios. Como os Atlantes lamentariam, sem dúvida, o terrível crime cometido pelo General Nasser ao desviar o leito do Nilo ou as atrozes agressões das autoridades brasileiras ao ambiente, quando praticamente destruíram a cachoeira das sete quedas ou a pretensão dos arrogantes bandidos que governam a China, e estão matando o Rio Amarelo. Para não falar dos comunistas facínoras na antiga União Soviética, que na ânsia por acumular poder tiveram o "mérito" - mais um crime inenarrável a ser imputado ao Karma destes seres - de simplesmente secar o mar de Aral.
Entre outras coisas, o controle da energia primordial cósmica, o "fohat" (que reúne todas as forças atualmente conhecidas pela ciência oficial como magnetismo, eletricidade, energia nuclear forte e fraca) permitia aos atlantes captarem imagens etéricas em tubos de cristal - preconizando a televisão; comunicaram-se em freqüências de onda no presente imperceptíveis aos aparelhos auditivos do homem contemporâneo, o que era análogo ao rádio; registrar informações do passado retidas no flúido astral ou "Akasha" em pequenas máquinas construídas de jacinto e madrepérola, de formato arredondado e com pequenos furos na superfície, informações estas que representavam o conhecimento coletivo e facilmente "acessadas" pelos adeptos operavam como os modernos computadores.
Diz-se que no antigo país dos Iorubás na África, ainda no século XIX, foram encontradas quase intactas alguns exemplares destas caixas (sabe-se que algumas daquelas culturas são herdeiras diretas dos atlantes), usadas por feiticeiros para comunicação com os Orixás. Estes "orixás", ou deuses dos iorubás, são representações atualizadas de antigos ídolos da Atlântida e são antigos que como demonstram alguns livros de etnologia do século XX, podem ser aparentados aos deuses gregos mais velhos. Ogoum, por exemplo, o "Deus do Raio", em algumas estatuetas da África meridional é quase similar ao Zeus Olímpico!
O mistério do desaparecimento de Atlântica continua sem ser resolvido, mas o ocultismo e alguns clarividentes que detêm o poder de enxergar o passado na luz astral afirmam que uma das razões para o declínio e queda do império atlante podia ser, por paradoxal que seja, o número exagerado de adeptos que ministravam seus conhecimentos no continente. Com um contingente de discípulos muito amplo, quase impossível de se controlar e a má difusão do ensinamento - que se banalizou e caiu nas mãos de elementos egoístas que se transformaram nos primeiros magos negros da história - Atlântida veio a sucumbir. Seus erros e perversidade foram enterrados com o gigantesco maremoto de 40 milhões de anos atrás, passando-se séculos e mais séculos até que o caminho do adeptado fosse reintroduzido na humanidade, devidamente expurgado dos erros nefastos que dizimaram o povo atlante.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Os Adeptos e o Circuito Exterior


Os adeptos são bem poucos na humanidade. Um adepto é aquele que atravessou com êxito a senda do discipulado, e retendo todas as virtudes indispensáveis ao alcance do nivel de "Arhat", permanece junto à humanidade para instruí-la nos sagrados e eternos preceitos da verdade. O adepto tem seus discípulos (ver figura ao lado), aos quais entrega as chaves do conhecimento. Com o passar do tempo, a depender de sua dedicação aos estudos e a práticas catárticas, estes também alcançarão o nível do adeptado, em uma ou mais encarnações. São estes discípulos que, por sua vez, encarregam-se dos pupilos de graus inferiores de conhecimento, os "candidatos" ao discipulado.
Em geral, um adepto por razões de economia (seu tempo é escasso, portanto precioso), não possui muitos discípulos. Ele detém a capacidade ímpar de inspiradamente selecionar aqueles que possam a render frutos e descartar aqueles que apenas almejam obter poderes sobrenaturais (os "sidhis") ou se encarregam dos estudos para fins egoísticos ou levianos.
Os candidatos ao discipulado, porém, podem ser muitos. Já tiveram algum contato com o esoterismo ou com os conhecimentos arcanos e desejam aprofundar-se neles, ou querem contar com as condições ótimas para o desenvolvimento prático de seus dons, aprimorando sua capacidade de concentração, meditação e realização do bem. Muitas vezes em grande número, estes candidados, por intermédio de seus instrutores, exercem efeitos benéficos sobre a massa de seres que os circunda, exercendo vibrações mentais positivas que levam à construção de formas-pensamento que vêem a auxiliar o próximo.
Sua influência sobre o assim chamado "círculo ou circuito" exotérico da humanidade é grande, pois eles estão bem próximos das pessoas comuns. Não deixam de ser importantes, pois estes candidatos - ao lado dos discípulos - à medida que crescem em quantidade, podem alterar significativamente os rumos da humanidade e seus discípulos. Se o antigo Egito era um reino de paz e harmonia, onde o próprio Faraó, muitas vezes, era um adepto também e oficiante supremo do rito de Osíris, isto se deve à presença maciça de elementos vinculados aos grandes instrutores da humanidade. À medida que o contingente destes seres foi decrescendo, o país foi se enfraquecendo moral, politica e economicamente, abrindo caminho para hordas de invasores amorais e espiritualmente enfermos.
Países como os Estados Unidos e a atual China - em que pese a sombra do comunismo nesta última, esta grande chaga da humanidade - possuem inúmeros adeptos e uma quantidade incrivelmente elevada de discípulos e candidatos ao discipulado. Isto explica suas altas taxas de crescimento econômica e robustez da estrutura política, ancorada em ensinamentos milenares. O mesmo não se dá com países como aqueles da África, em que, no sentido oposto, proliferam os magos negros e praticantes do mal. É sintomático que a recente proliferação da fé muçulmana nestes países tenha contribuido e muito para a melhora de sua estatura moral e, consequentemente, de suas instituições, pois o islamismo e seu Profeta são, sem dúvida, fontes de inspiração e nobres sentimentos e ações.
Daí se conclui que o sucesso de uma nação em todas as principais esferas da vida, a tríade sagrada (economia, política, moral) esteja em relação direta com o tamanho do seu "circuito esotérico" e do grau que impacto os demais membros da comunidade ("o círculo exotérico"). Neste sentido, os grandes Adeptos e Mestres e os seres sumamente elevados que alcançaram a buditude, cooperam entre si para que este núcleo de fraternidade universal cresça sem parar, ate que se produza do aumento quantitativo, transformações qualitativas na humanidade.

terça-feira, agosto 22, 2006

Por que Ressurgiu o Ocultismo?

Muitos se perguntam por que se deve ser um ocultista. A resposta é menos trivial do que se imagina, uma vez que o conceito que se tem do "ocultismo" na sociedade atual - que vem se consolidando como pré-conceito - desde o final do século XIX é que ele em si é uma seara de charlatães ou loucos extravagantes ou então como uma alegre reunião dos chá das cinco de um grupo de Senhores interessadas em cultivar mais um hobby ingênuo que preencha seus dias tediosas.
Este mito não deixa de ter suas razões para existir. Naquele tempo o ocultismo havia se tornado um passatempo para os nobres e, ulteriormente, para uma pequena burguesia enfastiada com os seus afazeres cotidianos e assustada com o capitalismo agressivo que lhe roubava todas as esperanças de restauração de uma Era Cavalheiresca que havia sido definitivamente enterrada com a queda da Dinastia dos Bourbón e o fim de uma elite cultural que animou a Europa por séculos, agraciada por seus dias de infindável descontração.
Mas a explosão do espiritualismo no velho continente e nos Estados Unidos em meados do séculoXIX, com os fenômenos das mesas girantes e materializações de "espíritos" em reuniões por toda a parte, com todo o rol de bizarrias e pantomima que as acompanhavam, acabou por acarretar uma série de investigações sobre os casos, envolvendo até escritores famosos com Arthur Conan Doyle ou, inacreditalvemte, o velho companheiro de Karl Marx em seus estudos do materialismo direto, Friedrich Engels, que escreveu "Uma Investigação no Mundo dos Espíritos", que não logrou sucesso em desmascarar os citados fenômenos.
Tão grande era a extensão do "fenômeno espírita", que um social-democrata destacado como Friedrich Engels viu-se obrigado a interromper a redação de seus livros e o trabalho junto aos movimentos sociais para dedicar-se ao estudo do paranormal, sendo levado a concluir que qualquer julgamento sobre os eventos de outro mundo ficava circunscrito ao terreno da razão, sendo francamente impossível provar sua veracidade ou não somente através da experimentação.
No século XVIII a Europa já havia sido invadida por uma onda ocultista sem precedentes. Ao invés do medo reinante nos séculos XVI e XVII, apogeu dos filósofos e rosa-cruzes e místicos como Swedenborg, Paracelso e os alquimistas de origem medieval (que com centenas de anos não aparentava mais de 40), Clagliostro, Saint-Gérmain e um amontoado de figuras sinistras se avolumavam nas cidades européias. O ápice do movimento foi a publicação das obras de Èliphas Lévy e Papus, nomes hebraicizados de Alphonse Louis Constant e Gérard Encacusse, principais responsáveis pelo resgaste da Caballa medieval e antigas fórmulas mágicas entre os europeus da revolução industria.
"Demon est Deus Inversos". Com este motto, Lévy conquistou centenas de adeptos no continente e na Inglaterra, e com as promessas de invocação de espíritos e o domínio de rituais mágicos antes ocultos dos olhos curiosos das massas, o moderno ocultismo europeu - uma obra de Lévy e Papus - tornou-se a coquecoluche do europeu mediano. Com o advento do movimento espiritualista - só mais tarde identificado com o atual kardecismo - estavam reunidos os elementos para a explosão da mais fantástica revolução religiosa desde Lutero e o protestantismo. Desta vez não estava em cheque a fé cristã, mas a própria noção européia de espiritualidade e as idéias consagradas sobre Deuses, Santos e Demônios.
O "ocultismo" trazia uma nova perspectiva. Antigas ciências como a alquimia e a caballa eram reabilitadas. Os segredos do Tarot e da numerologia eram trazidos à público. Os rituais mágicos eram pela primeira vez explicados sob a luz de uma tênue razão. As velhas ordens maçônicas e rosa-cruzes, já embotadas pela burocracia e o formalismo, eram vivificadas pelo verdadeiro e imorredouro misticismo. Era uma explosão de religiosidade de novo tipo, como que se Ìsis e Vênus voltassem a viver e o esplendor do antigo Egito e do Mundo de milhares de anos atrás emergisse do portal do tempo. Estava aberta a porta para o nascimento - ou melhor dizendo, renascimento - da Theosophia, a Sabedoria Divina, que teve em Helena Petrovna Blavatsky, uma nobre de origem russa, sua maior expoente e nobre fundadora.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Charles W. Leadbeater - O Caminho da Provação

Em seu magistral livro, "Os Auxiliares Invisíveis", o eminente teósofo inglês, o Bispo Charles W. Leadbeater resgata sábios conhecimentos orientais sobre o caminho do progresso espiritual. Segundo ele, há basicamente quatro meios: a) a companhia daqueles que já entraram nele; b) a escuta ou leitura de claros ensinamentos sobre a filosofia oculta; c) a reflexão esclarecida; d) a prática da virtude, ou uma longa série de vidas virtuosas, o que desenvolverá no indivíduo a convicção necessária para entrar na senda.
Os estágios do discipulado (períodos do progresso) são: 1. Manodváravajjna (a abertura das portas da mente), em que o candidato vem a adquirir firme convicção da insubsistência e do valor nulo dos fins materiais; 2. Parikma (preparação para a ação), estágio no qual o candidato aprende a praticar o bem somente pelo amor do bem, adquirindo "a perfeita indiferença para com o gozo do fruto de suas ações); 3. Upacharo (atenção ou conduta), estágio em que são adquiridas as seis qualificações (shatsampatti) dos hindús, quais sejam:
a) Samo (quietude), ou seja, pureza e calma do pensamento, com perfeito domínio da mente:
b) Damo (subjugação), igual domínio ou pureza das ações e palavras;
c) Titikcha (paciência ou capacidade sofredora), isto é, a prontidão para arcar calmamente com tudo o quanto o nosso karma venha a nos impor;
d) Samadhama (concentração), em outras palavras, a inteireza da menta a capacidade de não ser desviado do caminho por qualquer tentação;
e) Saddha (Fé); a confiança no Mestre ou em nós próprios, pois sem o instrutor competente não crescemos;
f) Anuloma ("ordem direta ou sucessão, significando que a sua pessoa segue, como conseqüência natural das outras três"), fase em que se é tomado do desejo de libertação da vida terrestre e união ao altíssimo (Mumukshutva);
g) Gotrabhu (condição para estar apto ao iniciado), estágio em que o candidato enfeixa todas as condições anteriores.
"Quem é o Gotrabhu?, o Buda diz: 'O homem que está de posse daquelas condições, às quais imediatamente se segue o princípio da santificação - eis o Gorabhu' ".

quinta-feira, agosto 17, 2006

Para compreender Daskalos - Glossário

Para compreender o pensamento de Daskalos em "O Mago de Strovolos" é preciso ter em mente o glossário abaixo:
Chakras - Centros psiconoéticos localizados no duplo etérico do indivíduo. É através dos chackas que a personalidade humana absore a vitalidade etérica para a sua manutenção. Através da disciplina apropriada e exercícios de meditação, o místico tenta abrir seus chackras, para adquirir poderes psiconoéticos. Para um clarividente, os chakras parecem discos em rotação.
Elementais - Formas de pensamento. Qualquer sentimento ou pensamento que um indivíduo projetar é um elemental. Eles possuem forma e vida própria, independentemente de que os projeta.
Duplo Etérico - O campo energético que mantém os três corpos do homem (de matéria densa, psíquico e noético) vivos e ligados um ao outro. Cada partícula do corpo humano tem o seu correspondente etérico. É a vitalidade etérica que torna a cura possível. O universo está cheio de energia etérica. Ela pode ser transferida de uma pessoa para outra, e é absorvida através dos chackras.
Exomatose - A capacidade de deixar o próprio corpo quando quiser, viver com plena consciência nas dimensões psiconoéticas e, então, voltar ao corpo. Implica lembrar-se de todas as experiências quando fora do corpo.
Corpo de Matéria Densa - Um dos três corpos que cosntituem a personalidade atual autoconsciente. O corpo material do homem. A parte da personalidade que vive no mundo de matéria densa é o chacka do plexo solar.
Mundo Noético Superior - O mundo das idéias, dos arquétipos. O mundo das causas e das leis, que são a base de toda a realidade fenomenal.
Mônada Sagrada - As partes que compõem o Absoluto. De cada Mônada Sagrada emana uma infinidade de raios que passam através de diferentes arquétipos e adquirem a forma da existência fenomenal. Quando uma dessas radiações passa pela Idéia do Homem, forma-se uma personalidade humana. Seres humanos que pertencem à mesma Mônada Sagrada têm uma afinidade especial um pelo outro.
Espírito Santo - A superconsciência impessoal que expressa o pode do Absoluto, tornando possível a criação do universo. A parte dinâmica do Absoluto. Animais são da natureza do Espírito Santo. Falta-lhes a expressão do Logos do Absoluto, ou seja, falta-lhes autoconsciência. O homem pertence tanto à natureza do Logos como à do Espírito Santo.
Idéia do Homem - Um arquétipo eterno dentro do Absoluto. Uma vez que uma emanação da Mônada Sagrada passe pela idéia do Homem, a existência do homem tem início.
Auxiliares Invisíveis - Mestres que vivem na dimensão psíquica ou noética e são invisíveis aos olhos materiais. Também mestres que vivem dentro do plano da matéria densa, mas que fazem exomatose e ajudam seres humanos que vivem no mundo da matéria densa, assim como em outras dimensões.
Karma - a Lei da causa e efeito. A soma total das ações, pensamentos e sentimentos de uma pessoa que determina seus sucessivos estados de existência. Uma pessoa é completamente responsável pela criação de seu Karma, seu destino. Alcançar a teose implica transcender o próprio karma.
Lei de Causa e Efeito - Veja Karma
Logos - Parte do Absoluto que torna possível a existência da autoconsciência e do livre-arbítrio. Como entidades eternas, os homens são da natureza do Logos e da do Espírito Santo. Jesus, como o Logos Cristo, representa a mais completa expressão da natureza logóica do Absoluto. Quanto mais adiantada for uma entidade humana, mais dominante será a sua parte logóica.
Mente - O modo pelo qual o Absoluto não-manifestado Se expressa. Mente é a substância pela qual todos os universos e todas as dimensões da existência são construídas. Tudo é mente.
Corpo Noético - Um dos três corpos que formam a personalidade atual autoconsciente. O corpo dos pensamentos. O corpo noético, a quinta dimensão. Sua imagem é idêntica à dos outros dois corpos. O centro do corpo noético é o chakra da cabeça.
Mundo Noético - A quinta dimensão. No mundo noético, espaço e tempo são transcendidos. Uma entidade humana que vive no mundo noético pode viajar instantaneamente, não apenas por sobre grandes distâncias, mas também através do tempo.
Personalidade Permanente - A parte de nós na qual são gravadas as experiências encarnacionais que são transferidas de uma vida para outra. O nosso eu interior.
Personalidade Atual - o que é comumente conhecido como personalidade do indivíduo. É formada pelos corpos noético e de matéria densa. A personalidade atual é a expressão mais baixa de nós mesmos, a qual está constantemente evoluindo e tende a se tornar uma só com a personalidade permanente.
Corpo psíquico - A quarta dimensão. No mundo psíquico, o espaço é transcendido. Um indivíduo que vive no mundo psíquico pode viajar, instantaneamente, através de grandes distâncias.
Discos Sagrados -ver Chakras.
Alma - Aquela parte de nós que é pura e não é afetada pela experiência terrenas. A alma está além da Idéia do Homem, além de toda manifestação. Ela nunca nasceu e nunca morrerá. È aquela parte de nós qualitativamente idêntica ao Absoluto. A alma é nossa essência divina, imutável e eterna.
Teose - o estágio final da evolução do eu, após ter passado pela experiência da matéria densa através de encarnações sucessivas. Reunificação com Deus.
Mundo das Idéias - Veja mundo Noético Superior.

FONTE: MARKIDES, Kyriacos C. O Mago de strovolos - o mundo maravilhoso de Daskalos, seus ensinamentos e suas curas espirituais. São Paulo. Ed. Pensamento, 2004.

O Mago de Strovolos - Um Caso do Oculto

Kiriacos C. Markides é um escritor de nacionalidade americana relativamente desconhecido. Nascido em Chipre, onde passou grande parte de sua adolescência e P.H.D. nos EUA, Markides interessou-se em certo momento de sua vida pelo sobrenatural e oculto. E descobriu que o "milagroso" não estava muito distante das terras onde cultivou seus tenros anos a brincar com os coleguinhas e ouvir estórias - muitas vezes inacreditáveis - dos homens e mulheres mais velhos. O "milagroso" estava na ilha de Chipre e tinha um nome: Daskalos (ou Daskale, conforme a declinação grega), o Professor Spyros Sathi ou aquele que o gente ignorante da localidade batizou de "O Mago de Strovolos", um estranho feiticeiro ou bruxo que, entre outras coisas, curava doentes terminais, salvava indivíduos em perigo a milhares de distância (como o fez no caso de um naufrágio), exorcizava espíritos reais de indivíduos que permaneciam em seu corpo astral (como os de um casal de nazistas que obsediava uma pobre jovem judia) ou reduzia à escravidão terríveis diabos (ou "elementais da natureza").
"O Mago de Strovolos" (título da obra homônima) não só é encantador como prende a atenção do leitor fortemente. Aparentemente improváveis, os fenômenos ali descritos acabam por ser aceitos como verdadeiros pelo pesquisador isento, uma vez que a lógica "esotérica" de Daskalos e suas digressões no campo das ciências ocultas dão, ao fim e ao cabo, uma explicação "racional" (se é que este qualificativo é válido em tais circunstâncias) a todas as coisas. As curas realizados pelo "homem do mal" são espantosas, mas como ele mesmo dizia a Markides:
"- Em primeiro lugar - respondeu Daskalos sorrindo -, estas curas sobre as quais você ouviu falar não foram feitas por mim, mas pelo Espírito Santo. Eu não sou mais que um canal dessa superinteligência. Se você vai testemunhar ou não um fenômeno chamado milagre, não é de minha alçada. Se for parte do Plano Divino que você presencie um milagre, então você presenciará. Mas não se pode fazer um milagre acontecer".
Os relatos de Kiriacos C. Markides, durante o longo período em que participou das reuniões na Stoa (o local onde Daskalos transmitia seus ensinamentos exotéricos e esotéricos, os últimos reservados a um restrito número de alunos, enquanto os primeiros eram divulgados seja pela palavra direta, apostilas mimeografadas ou fitas de áudio) dão nos conta de uma série de episódios geralmente associados às mais profundas clariaudiência, clarividência ou, por vezes, à mediunidade mais poderosa. Daskalos podia materializar total ou parcialmente, realizar viagens astrais enquanto permanecia, aparentemente, em vígilia, assumir o karma das pessoas, revigorando-as, exorcisar demônios e espíritos ruins (em geral, seres infelizes condenados a uma prisão no plano astral) e trabalhar como um auxiliar invisível.
O termo auxiliar invisível, cunhado no início do século XX pelo teósofo Charles Leadbeater, expressa a condição de um indíviduo (deva, adepto, discípulo do adepto ou mesmo um homem comum, na senda do progresso) que trabalha em prol de pessoas que sofrem, encarnadas ou desencarnadas, fazendo com que diminua seu sofrimento. Um auxiliar invisível faz exatamente o que Spyros Sathi faz , sendo que ele ainda era capaz de criar com seus pensamentos poderosas formas (formas-pensamento) que se transformavam em elementais que adquiriam vida. Tais elementais, como ele demonstra, podem ser bons ou maus. Um homem que pensa apenas em prejudicar um colega de trabalho, por exemplo, com desagradável insistência, pode criar um poderoso elemental que agiria como um ser vivo, agredindo a ele mesmo, em última hipótese.
Daskalos, segundo Markides, assim como seus discípulos, não extraía suas forças de si próprio. Era o apóstolo João, Iohanan, que atuava em seu corpo físico, realizando curas e explicando verdades ocultas às pessoas, do alto de sua sabedoria milenar. Um de seus dons mais sensíveis era o da assunção do Karma, que consistia em tomar para si mesmo uma parte do carma do indivíduo, livrando-o de uma doença merecida (carmicamente inevitável) ou mesmo da morte.
Como é relatado no livro, o processo nem sempre era indolor. Muitas vezes Daskalos era atingido por atrozes infecções ou até mesmo gangrenas. Por várias vezes foi desacreditado pelos médicos ou quase se submeteu a cirurgias de amputação de alguns membros. Não resistiu, no entanto, á quantidade de karma arrancado do marido de sua filha e teve um pé amputado. Apesar disso, jamais perdia o bom humor e, mesmo na cama do hospital, prosseguia em sua missão de auxiliar o próximo.
Se a literatura teosófica é um vasto oceano de conhecimento teórico, o livro de Kiriacos C. Markides constitui-se na mais alentadora comprovação empírica dos postulados do esoterismo e da Teosofia. Ainda que Daskalos pertencesse à secreta Fraternidade dos Pesquisadores da Verdade, inspirada pelo cristianismo ortodoxo grego e seu antigo simbolismo, suas idéias e práticas não se afastam muito da grande corrente do esoterismo moderno, consagrada pelos autores da Sociedade de Adyar (a Sociedade Teosófica).

To a Highland Girl - Para uma Garota das Terras Altas

Inspirado, ouso traduzir um poema do engenhoso William Wordsworth:
TO A HIGHLAND GIRL

(At Invernaid, upon Loch Lomond)

Sweet Highland Girl, a very shower
Of beauty is thy early dower!
Twice seven consenting years have shed
Their utmost bounty on thy head:
And these grey rocks; that household lawn;
Those trees, a veil just half withdrawn;
This fall of water that doth make
A murmur near the silent lake;
This litttle bay; a quiet road
That holds in shelter thy abode -
In truth together do ye seem
Like something fashioned in a dream;
Such forms as from their covert peep
When earthly cares are laid asleep!
But, O fair Creature! in the light
Of common day, so heavenly bright,
I bless Thee, Vision as thou art,
I bless thee with a human art;
God shield thee to thy latest years!
Thee, neither know I, nor thy peers:
And yet my eyes are filled with tears.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Gurdjieff Again

I really admire Gurdjieff's teachings. They could seem strange and pure non-sense for a first reader, but the whole system is full of ancient wisdom. I found him through Oupensky's books, in a a very difficult moment of my life when i even thought in suicide (what a beautiful guy the world would lose...). Gurdjieff told me that we have to "work" our centers (intelectual, instinticve, emotional and so on) harmonically, not only by written knowledge but also with music and sacred dances. It was something like a divine revelation for me! For the first time i understood that i read a lot of books and was still a dull, a completely stupid... I didn't have any conscience of myself, i did'nt know myself, can you understand? This is the essence of his teaching, the need to remember ourselves our the time through an intensive "work", developed in a "school". We can't do this alone, we need others to show our fails. It's a hard task and Gurdjieff was hard, but its the only for us, the "fourth way".

terça-feira, agosto 15, 2006

Georges Gurdjieff

O ensinamento de Gurdjieff foi transmitido de forma clara para o Ocidente por seu discípulo, Peter Ouspensky, a quem o Mestre permitiu que fossem tomadas notas de suas conferências em Moscou, São Petersburgo e outras cidades da Rússia. O fruto deste trabalho resultou no livro "Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido - Encontro com o Milagroso" que traça de maneira magistral e didática as principais lições do Mestre greco-armênio, que residia então na Rússia. Mesmo separado no futuro de seu instrutor, Georges Gurdjieff, P.D. Ouspensky jamais deixou de orientar-se pelas lições tomadas pelo Mestre, particularmente em seu próprio círculo em Londres onde desenvolvia o "trabalho".
Após sofrer um grave acidente automobilístico em meados dos anos 30, Georges Gurdjieff dedicou-se a escrever seus livros, dando origem à trilogia composta por "Relatos de Belzebub a seu Neto", "Encontros com Homens Notáveis" e "O Mundo só é Real quando eu Sou". O segundo livro foi filmado nos anos 80 por Peter Brooks - assessorado pela Sra. De Salzmann, sendo chamado, em inglês "Meetings with Remarkable Men". O pensamento de Gurdjieff é extremamente vasto. A princípio, pode-se dizer que pretende investigar o que chama de "fábrica humana" sob o ponto o de vista da totalidade de seus centros (o motor, o intelectual, o instintivo e o emocional), harmonizando os diversos aspectos do ser.
Neste ponto, é fundamental desenvolver o "conhecimento de si", por meio da "observação de si", o que nos ajudará a conhecermos a nós mesmos. Para tanto, Gurdjieff não se limita à palavra escrita, mas operava em seu "trabalho" com danças sagradas (trazidas de suas andanças pelo Oriente, em particular de seu contato com os "derviches" de Istambul e de outros países) e a música (mais tarde, transformadas em composições com a ajuda de seu discípulo De Hartmann. O próprio Gurdjieff se auto-denominava um "instrutor de dança".
O sistema de Gurdjieff é extremamente amplo, chamando a atenção do expectador por seu caráter lógico e o fato de que cada elemento se encadeia perfeitamente em uma concepção global. Todo ele parte do pressusto de que os homens estão dormindo, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. O homem "desperto" é raro, sendo aquele que tem consciência de si. Muitos pensam que têm consciência, porém sequer imaginam do que isso se trata. Sempre que indagado sobre a reencarnação, Gurdjieff desviava a conversa para outro foco. Um aforisma que sempre repetia era de que a "alma é um luxo".
Em outras palavras, temos que conquistar níveis superiores do ser através de um intenso esforço, de uma luta contínua que a partir do choque entre uma força negativa e outra positiva resultaria em algo novo. O homem dotado de consciência ou vontade é muito raro. Gurdjieff costumava lançar mão nestas ocasiões de uma alegoria oriental bem profunda: a alegoria da carruagem. Nesta representação simbólica, o cocheiro era a mente, a corruagem o corpo físico, o cavalo o sentimento. O amo, a vontade.
No indivíduo comum estas partes estão dissociadas e muitas vezes o cocheiro não consegue empregar muito bem os arreios, conduzindo o cavalo. Outra representação usual de Gurdjieff era o dos diversos corpos do homem. Atingir cada nível diferenciado constituía um árduo processo de conquista (o corpo físico, o corpo astral, o corpo mental e o corpo causal). Além desses corpos, havia outros ainda mais sutis e aquele que conquistasse o topo seria infinito nos limites do universo. Todas as possibilidades do homem, para G. (como lhe chamavam os discípulos) estavam inscritas em um símbolo trazido do Oriente: O eneagrama.
O eneagrama também poderia ser expresso como oitavas da escala musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e se importância se traduz na idéia do choque, um princípio universal. Entre os tons da escala convencional há semi-tons, entre os intervalos mi-fá e si-dó que que devem ser preenchidos por "choques externos", caso contrário o ciclo não se complementaria. No caso da fábrica humana (didivida em três compartimentos, cabeça, parte intemediária (tronco) e membros, estes choques externos eram dados pelos alimentos, ou seja, o ar (tórax), o alimento (abdômem) e as impressões (cabeça/mente). Deste o mais importante eram as impressões, daí a máxima hermética: "para se fazer ouro, é preciso ouro".
O pensamento de G. englobava, antes de mais nada, uma profunda Cosmogonia que partia do "raio de criação". Este descendia do absoluto, passando pelos diversos mundos até atingir o planeta terra. À medida que avançasse, os mundos eram sujeitos a maior número de leis e maiores eram as restrições à liberdade humana. Na lua, que vem após a terra, o número de leis seria ainda maior que em nosso planeta (que conta com 48 delas). Sujeitos que somos a tão grande número de leis, somos escravos, autômatos em nosso próprio "lar" terrestre. No absoluto, por outro lado, não há leis.
OBS: Parte de nossa colaboração na wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/G.I.Gurdjieff

Budismo Pré-histórico

Não há nenhuma outra religião tão antiga quanto o budismo. Fora da exegese religiosa convencional e das correntes predominantes na "ciência" da história, só a visão esotérica da evolução do mundo pode assegurar, com razoável margem de certeza, a precedência temporal do budismo sobre todas as religiões. O budismo é anterior aos Vedas e seus cantos, os slocas, é anterior ao "manunsritti", o "Livro de Manu", é mais velho que as mais arcanas inscrições efetuadas pelos hierofantes egícpios e antes mesmo que as primeiras plaquetas em caracteres cuneiformes pudessem narrar a cosmogonia dos sumérios, já reinava absoluto na Atlântida o budismo, há 40 milhões de anos atrás.
Sidharta Gautama, foi apenas um dos "Budhas", o iluminado funcionários superior (superior mesmo ao "Christos") na hierarquia de seres que inspecionam a humanidade sob a ordem do manu supremo das raças. "Shidarta", o que alcança o alvo, o "Tattaghata" de de Sakhya, o Sakyamuni foi um dos avatares de Vishnu, como Rama ou Krishna e veio à Índia quando o bramanismo se havia degenerado em letra morta e e apodrecido, transformando-se nas mãos de "brâmanes" carnais (pois não o eram no "espírito") em instrumentos de opressão dos pobres, subjugados por uma "Lei de Manu" que convenientemente adulterada pelos "marajás" e "reis" estabelecia uma rígida divisão entre as castas e a tolerância para com toda a sorte de crimes hediondos cometidos contra as castas mais baixas, sobretudo os intocáveis.
O "bramanismo", à época da vinda do Gautama, havia se convertido em ritualismo formal, as fórmulas dos Vedas eram recitadas sem que o sacerdote, o "purohita", compreendesse sua significação maior, os Upanhishads quando lidos, não eram aplicados. Tanto a doutrina do Gautama Buddha não era original que já se encontra perfeitamente definida em suas linhas linhas mestras no "Baghavad" Gita e, um seu contemporâneo, fundador da ordem janaísta, em suma não difere dos budistas, exceto por seu radical apego a um conceito de compaixão que leva seus adeptos a temerem a morte do menor de todos os animais (até mesmo o germe, no limite).
Esse budismo de milhões de anos, este "budismo pré-histórica", é a primeira de todas as religiões simplesmente porque era a mais simples, lembrando os ensinamentos doa atual budismo "hinayana" (o "pequeno veículo"). O que defendia limitiva-se à nobre caminho óctuplo, as quatro verdades e a prática das perfeições (parâmitas), e o indivíduo através da contemplação, concentração e "samadhi" seria capaz de alcançar o nirvana e libertar-se do "sansara", o ciclo perpétuo da morte e da reeencarnação.
Foi este ensinamento simples do budismo ancestral, de milhões de anos atrás, que operou como matriz das principais religiões do mundo. A essência esotérica dos princípios transmitidos nos mistérios de todos os povos (como os de Elêusis, a cabala e outros) centrada na unidade entre o eu (Self) e o todo é uma herança desta religião originária, que nasceu nos tempos da Atlântida. Com o cataclismos que destruíram esta civilização, há uns 40 milhões de anos atrás, grupos de sacerdotes e alguns iniciados (que na antiga Índia do Decão eram chamados de Rishis) colonizaram terras do planalto iraniana e influenciaram as tradições das futuras tribos árias, que se espalharam pela Pérsia e Índia, neste último país dominando os povos de pele negra representados pelos "rakshasas" do Ramayana.
Como estes primeiros habitantes da Índia ariana eram ainda rudes e impossibilitados de compreender qualquer idéia em nível mais elevado de abstração, os antigos iniciados da Atlântida, a princípio, promoveram o sincretismo do budismo pré-histórico com as religiões politeístas dravídicas, o que perdura até hoje nos deuses animalescos adorados como devas pelo hindu ignorante (que não compreende o sentido altamente espiritual destas representações divinas). Com a vinda dos dois avatares de Vishnu, Rama e Krishna, consolidou-se a religião bramânica, a quintessência do antigo budismo, sob os auspícios do profeta Viyasa, que redigiou os mais célebres livros dos hindus. Estes rishis, inspirados pelo Logos, ditaram a seus discípulos os Vedas, a assim permaneceu viva a religião imemorial dos antepassados, os pitris.
Após a primavera da Kali Yuga veio então o Senhor Gautama, o novo avatar do Deus Vishnu (que sempre desce à terra para conservar a ordem cósmica) e através da sua palavra (sutras) e dos tratados de seus discípulos na Índia e no Tibete, instruiu os homens no verdadeiro conhecimento e lhes trouxe a consciência de si. Este é o budismo original restaurado, que existe "ad seculum seculorum".