Gurdjieff

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Quem é Gurdjieff?

domingo, maio 31, 2009

Mensagens dos Mestres, Falsos Anéis Tetragrammaton Samael Awn Weor

Um amigo dizia ter recebido uma mensagem do "Mestre" Morya. Isso me lembra de estar em uma determinada cidade há algum tempo e alguém afirmar ter recebido uma mensagem do Mestre Kut Humi, o que prova que os mestres são bastante comunicativos e pouco seletivos... Tudo muito genérico... Cuidado com "mensagens" que venham dos mestres. Ultimamente, até o símbolo de Baphomet vi na internet retirado do clássico livro de Èliphas Lévy e chamado de "MAIORAL" em Umbanda, uma espécie de DIABÃO maléfico e idiota! Quanto desconhecimento e ignorância estamos vendo invadir nossa própria comunidade teosófica!
Outra coisa. Ontem outro amigo me alertou sobre o fato do grupo de Samael Awn Weor vender pentagramas trocados de Lévy, ou seja, pentagramas em prata com os símbolos trocados (em especial o da taça antes do "TRA"). Muito cuidado quando for comprar algo desse tipo para você, pois se for o anel, a depender da disposição dos elementos pictóricos pode ser bastante perigoso e maléfico.
Se quiser mais informações sobre quem é Samael Weor, o autoproclamado "Avatar da Era de Aquário", procure no Orkut a comunidade "Samael Awn Weor é BOGUS".

Minha Vida - Um Resumo (Vivendo com Espíritos, Deuses e Demônios)

Ainda que nunca tenha sido espírita, espiritualista ou kardecista (apenas um tio o era na minha família) desde pequeno experimentei episódios estranhos que de tão banais me convenceram firmemente a buscar outras práticas e métodos espirituais pela necessidade premente de entender algo que aos outros parecia tão pouco acessível ao intelecto formal.
Hoje não dou importância a esses fatos enquanto "poderes especiais" ("sidhis") porque graças aos estudos percebi o quão preocupante é isso tudo e como podem arruinar sua própria vida, caso não sejam tratados a tempo. Infelizmente há sempre aqueles que se sentem felizes por poder manipulá-los como um mágico no circo... Meu falecido pai havia sido filiado a certo grupo oculto e possúia dons invulgares, o principal deles era o da adivinhação por meios estranhos e o de falar outras línguas. Afora isso, tendo nascido em 1920, papai sempre nos falava acerca de estórias sobrenaturais que tinha testemunhado, com grande riqueza de detalhes. Eu mesmo presenciei diversos fatos que ultrapassavam meu escopo mental em nossa casa, um deles quando meu tio veio a falecer repentinamente e papai estava há centenas de quilômetros de distância e apareceu no enterro sem ninguém tê-lo avisado e dizendo que sabia que o Antônio havia morrido... (naquela época não havia celular e telefones fixos eram raros). Já meu principal dom era conviver com seres do passado que caminhavam ao meu lado como se fossem criaturas normais ou conversar com pessoas que se esfumaçavam pelo ar. Quantas vezes passei o ridículo de estar falando com alguém com roupas engraçadas e comentava com meu pai e minha mãe e ela, particularmente, achava aquilo absolutamente inconpreensível (A última vez que me ocorreu fato semelhante foi há uns 4 anos, porém de maneira totalmente diferente e por duas vezes, no Brasil e em outro país). Quando vim para a Bahia, há muitos anos, tive um sonho que me mostrava um lugar que seria exatamente aquele onde estaria hoje. Quando me mudei para cá e morei em uma pensão no Largo da Vitória numa certa noite fui acordado por arrebatamento e vi um Ser gigantesco e negro na Baía de Todos os Santos que me falava sobre minha vida e vários episódios futuros, porém na época não pude entender completamente o que era. O que eu me lembro é que dizia que não deveria jamais revelar algumas coisas que me eram ditas, o que eu segui à risca. Esse ser com toda a certeza era um Deus - no sentido teósofico -, dada a grandeza da manifestação de que se revestia.
Nesse tempo, após a primeira manifestação, eu conquistava muitas vitórias materiais e ao mesmo tempo passava a conviver com outro ser que falava inglês ao modo americano, era branco e extremamente sensual, sendo que este exercia uma influência dúbia sobre mim, era certamente maléfico e não tinha a mesma magnitude do ser interior. Sua principal característica era a excessiva sensualidade. Com o passar do tempo vim a saber quem era e graças aos estudos em que estava me aprofundando consegui me livrar dele.
Aliás, foi a partir deste momento que várias coisas negativas começaram a se manifestar em minha vida. Meus estudos sempre foram constantes desde os 20 e poucos anos de idade aproximadamente, através de várias escolas. Porém à medida que avançava na leitura de determinadas linhas ocultas e apreendia certos conceitos tudo se tornava simultaneamente mais claro e compreensível. Tinha certeza de que não podia ser manipulado mais por estes seres e a justificativa da inocência ou imaturidade não era mais válida para suportar o seu jugo espiritual ou ameaças frequentes.
Poucos anos depois veio a se manifestar quiça o mais maravilhoso de todos os fenômenos em minha vida. Eu havia procurado por duas décadas vários caminhos no ocultismo, todos eles falhos ou incompletos. Minhas conquistas materiais haviam encontrado um termo. Eu era jovem e havia conquistado a superintendência em uma firma, ganhando bastante. Fui demitido e estava desesperançoso, não sabia o que havia acontecido comigo já que havia me preparado tanto, me formado em economia e feito um mestrado para ganhar muito. Entrei em depressão acentuada e parei de fumar. Tudo parecia negro e nebuloso para mim.
Diante disso, resolvi voltar as raízes, ao que havia de mais antigo em mim. Lembrei-me de minhas fotos de batismo no catolicismo com minha jovem e linda mãe e decidi retornar às raízes, voltar a frequentar a Igreja Católica e Apostólica Romana e abandonar o materialismo e o ocultismo.
Morando em Salvador, passei a frequentar uma pequena Igreja em Brotas, Vila Laura. Um Padre Jesuíta me amigo havia me dito que precisava cumprir os demais votos além do batismo (a crisma e primeira comunhão) e outro padre da Igreja Principal de Brotas me assegurou, do alto de seus setenta e tantos anos, que eu deveria pedir a uma velha beata em uma Igreja próxima a minha residência que me procedesse ao catecismo e aos futuros sacramentos.
Foi o que fiz, dirigi-me ao apartamento desta Senhora que me recebeu algo assustada - um doutor pedindo os sacramentos? - e recomendou que me encaminhasse ao Padre de Vila Laura, o que fiz alguns dias depois.
Porém, fato miraculoso, alguns dias antes, em uma Livraria do Shopping Iguatemi, reconheci o Padre em trajes comuns (leigos) e o perguntei se havia sido comunicado do meu pedido, ao que ele respondeu serenamente e disse que sim. Dias depois vim humildemente a uma missa nesta mesma Igreja, participei dos ritos humildemente e ajoelhei-me fervorosamente por todas as vezes em que isso foi solicitado. Num determinado momento o Padre falava do Demônio e sua missão destruidora nesse mundo. Só me lembro que todas as luzes quebraram nesse momento, o que reputo à minha presença naquela cerimônia e talvez a falhas vibracionais do regente místico naquela ocasião ou da própria audiência.
Dias depois, decidi frequentar o mosteiro de São Bento, cujo arquiabade me passava uma visão de conhecimento e distinção e a própria medalha de Sâo Bento, abençoada por um monge em uma primeira visita, salvara-me da morte em uma viagem de trabalho à Cuiabá. Estes foram meses em que minha consciência se alçou ao limite, tamanha era a prática de orações cristâs e a meditação no próprion Cristo Salvador, na Virgem Maria, nos Santos e os Anjos. Eu havia me redescoberto santamente na Igreja Católica e através da oração sistemática alcançando uma transformação do meu ser interior e exterior.
Em certo domingo, no ano de 2005, estava ouvindo Cantatas de Bach, talvez uma das mais esplêndidas obras do compositor alemão. Naquele momento dirigi-me à sacada de meu apartamento e tive o mais belo de todos os vislumbres de toda a minha existência. O dogma da TRINDADE foi revelado perante mim em um átimo de segundo. Quão belo e inesquecível aquele momento único de contato com o divino, desencadeado pela audição de Bach! Tudo aquilo sobre o qual se debruça o crente compromissado revelado pelo Espírito Santo em uma diminuta fração de tempo!

domingo, maio 24, 2009

A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Geoffrey Hodson

Sem dúvida “A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada” (publicado pela Editora Teosófica) do eminente Teósofo, Membro da Sociedade Teosófica (MST) e clarividente Geoffrey Hodson merece ser adquirida por todo estudante sério e pelo buscador sincero das verdades ocultas nos escritos sagrados da Tradição Ocidental. È uma das maiores tentativas de interpretação alegórica e exegese bíblica à luz do ocultismo, bastante abrangente e fundamentada em critérios básicos de análise. Não irá encontrar aí comentários a todas as passagens do Velho e Novo Testamentos mas algumas tentativas de Geoffrey Hodson no sentido de compreender os ensinamentos secretos por trás de estórias, personagens, símbolos e situações escabrosas ou inusitadas que desafiam nosso senso comum e pudor tais como o sol que pára no alto diante de Josué ou a relação de Ló com suas próprias filhas. São princípios evolutivos e instruções dos mestres que Hodson investiga por trás do aparente “non sense” dos relatos bíblicos. Por exemplo, no capítulo 8 (“As Quatro Chaves Principais”) arrolam-se algumas proposições básicas que devem orientar exegese e hermenêutica dos livros bíblicos:
a) Tudo acontece interiormente. “(..) todos os eventos registrados,externos e supostamente históricos, também ocorrem interiormente. Tudo acontece no interior de uma raça, nação e indivíduo.
b) As pessoas personificam as qualidades humanas, isto é, cada pessoa introduzida nas estórias representa uma condição de consciência e uma qualidade de caráter. “Todos os atores são personificações de aspectos da natureza humana, de atributos, princípios, poderes, faculdades, limitações, fraquezas e erros do homem. Daí Hodson analisar o papel e posição de cada um dos irmãos de José, Esaú e Jacob, a natureza de Potifar e sua mulher, Ló e sua mulher que se transforma em estátua de sal segundo seu significado analógico e interior
c) As estórias dramatizam as fases da evolução humana, isto é, fases da jornada evolutiva em direção á Terra Prometida ou consciência cósmica.
d) Simbolismo da Linguagem, ou seja, todos os objetos e certas palavras,cada qual têm seu próprio significado simbólico e real segundo Hodson. É a questão da linguagem sagrada, com significado constante e incorporada nos hieróglifos e símbolos.
Enfim, um aspecto que acho interessantíssimo é o fato e Hodson enxergar as incongruências como indícios de significados mais profundos. Veja o que diz: “Ao estudante da linguagem alegórica é quase sempre dado um indício – que, no entanto, parecer à primeira vista muito estranho. Essa pista consiste num véu adicional, proteção ou cortina que tende a aumentar a confusão e a repelir quem se aproxime com a mente puramente literal ou profana do santuário onde o divino conhecimento está entesourado. A pessoas devem precaver-se cuidadosamente contra essa repulsão, quer devida a uma declaração que é incongruente, inacreditável, impossível ou a uma estória que ofende a lógica e o senso de justiça ou mesmo a decência e a moralidade”.
Convenhamos, o esforço de Hodson para dirimir estas dúvidas é monumental. Se eu fosse apresentar um balanço do livro diria que possui alguns defeitos porém virtudes invejáveis. Acho que Hodson força algumas análises atráves do recurso freqüente à idéia da Kundalini (que sempre fecha um caso mais difícil de interpretaçao), o exagero no transplante dos sete corpos do homem em algumas situações e a distinção entre Eu Superior e inferior e ao domínio da matéria. As virtudes estão no método sugerido de interpretação e alguns “insights” que sem dúvida são fruto do exercício de clarividência que caracterizava o MST Geoffrey Hodson (veja a análise das qualidades dos apóstolos, a vinculação das tribos aos signos do zodíaco, a análise da relação entre Jesus e seus discípulos e de sua paixão etc).
Também é válido na obra o fato de que ajuda a desmontar ironias infantis e críticas acerbas às escrituras judaicas – mais que ao cânone cristão – a maior parte delas decorrente de uma traumática relação com a Bíblia imposta por pais e mestres que ou desconheciam o verdadeiro significado de certas passagens ou medrosamente as deixavam de lado por julgá-las incompreensíveis.

quarta-feira, maio 06, 2009

Ouro Preto

Ouro Preto é uma cidade mágica, resplandencente, divina. Sempre que a visito me sinto rejuvenescido e vitalizado. É uma pólis no sentido etimologicamente correto da palavra. Seus edifícios são velhos, as ruas pedregosas centenárias, a paisagem circundante magnífica. É pequena e não é, é velha e não é, é cosmopolita embora cravada no coração das Minas Gerais. Respira-se juventude em suas vielas e ladeiras, nos bares frequentados pela gente bela das repúblicas que se espalham pelo centro da cidade. A comida tem um sabor inigualável onde quer que se vá. A temperatura é fria mas são tantos os lugares em que podemos ouvir uma boa música ou bater um bom papo que mesmo a gélida madrugada não nos incomoda ou tira o bom humor.
Quando caminhamos por suas ruas - comprando aqui e ali um docinho, olhando uma loja ou tomando um gostoso café - é como se sentíssemos os homens e mulheres que viviam lá à época do Aleijadinho ou do Tiradentes cumprindo seu ritual quotidiano como se ainda comesessem, bebessem e respirassem o ar da cidade. A percepção única de se estar ao lado do poeta Thomaz Antônio Gonzaga e presenciá-lo a escrever seus versos à Marília, na velha mansão que lhe pertencia e da qual foi retirado pelos dragões quando dos autos da inconfidência. Tudo nos faz retornar a um passado não tão distante de lutas e martírio dos grandes homens que com sua vida honraram a pátria brasileira no solo das Minas Gerais.

domingo, maio 03, 2009

Israel Regardie - Magia, Viagens Astrais, Mediunidade


Do livro "The Tree of Life - An Illustrated Study in Magic" do membro da G.D. e grande mago Israel Regardie seguem intrigantes pontos de vista. Eis a tradução de alguns parágrafos, capenga e sujeita a críticas dos leitores que a podem cotejar com a edição original da Llewellyn Publications de 2007. O texto está entre as páginas 29 e 32 da obra.


" Nestas páginas espero evidenciar que a técnica da Magia está em consonância estrita com as tradições da mais alta antiguidade e que possui a sanção, explícita ou implícita, das melhores autoridades. Jâmblico, o divino Teurgista, tem muito a dizer em seus vários escritos sobre Magia, assim como Proclus e Porfírio, e mesmo a moderna literatura teosófica autorizada tem referências obscuras, mesmo que nunca explicadas e ampliadas sobre a Mágica Divina. Algumas excelentes invocações de obras gnósticas e várias recensões do Livro dos Mortos serão apresentadas até o fim deste livro e discussões baseadas nas concepções egípcias ou cabalísticas serão encontradas em outros capítulos.
Qualquer síntese sumária da Magia em uma palavra singular, "psiquismo", é claramente absurda, para dizer o mínimo. Eu conheço os teosofistas contudo, e compreendo a necessidade de antecipar suas objeções de forma clara. O mago necessita ter controle sobre sua natureza; cada elemento constituinte de seu ser deve ser desenvolvido até o ápice da perfeição. Nenhum princípio deve ser reprimido; cada um deles é um aspecto do espírito supremo e deve cumprir seu próprio propósito e natureza. Se o teurgista se engaja, por exemplo, em viagem astral - o que é objeto da maior parte das objeções teosóficas - isto se deve a três razões:
Em primeiro lugar, na assim chamada "Luz astral" ele deve perceber o exato reflexo de si mesmo em suas diversas partes e qualidades e atributos. Um exame deste reflexo tende naturalmente a uma espécie de auto-conhecimento.
Em segundo lugar,a definição de luz astral de um ponto de vista mágico é excessivamente ampla, incluindo todos os sub-planos sutis acima ou dentro do físico e é o objetivo do magista subir constantemente para os mais etéreos e lúcidos reinos do mundo espiritual. Os elementos mais grosseiros da esfera de Azoth, com suas imagens sensuais e visões opacas e obnubiladas também devem ser transcendidos e deixados para trás. Èliphas Lévy vai ainda mais adiante ao fazer para propósitos práticos não mais que duas grandes divisões no universo: o mundo físico e o mundo espiritual.
Em terceiro lugar, antes que essa porção particular do mundo invisível possa ser transcendida, deve ser conquistada e dominada em todos os seus aspectos. Todos os entes desta esfera devem se submeter ao magista, aos seus símbolos mágicos e obedecer inequivocamente à realidade de sua vontade real a qual simbolizam. Em nosso plano, em nosso reino diário de experiência ordinária, símbolos são meramente representações arbitrárias de significado interior e inteligível. São as assinaturas visíveis de uma graça metafísica ou espiritual, como se pode dizer. Na Luz Astral, contudo, estes símbolos assumem existência independente revelando sua realidade tangível e assim se tornam de máxima importância. As evocações são feitas pelo magista não por curiosidade nem para satisfazer sua sede por poder, mas com o único objetivo de trazer essas facetas ocultas de sua própria consciência para o campo de sua vontade e submetê-las a seu domínio (...)".
"Em Magia nenhuma tentativa é feita para adquirir poderes para seus próprios propósitos ou para qualquer fim nefasto. Qualquer poder adquirido deve ser instantaneamente submetido à Vontade e mantido em seu próprio lugar e perspectiva (...)"
"Por que indivíduos - particularmente alguns teosofistas - o cobiçam ou contemplam como fazem o astral e seus poderes ocultos para seu próprio deleite ou morbidade patológica isso é coisa que ultrapassa minha compreensão. No começo de sua carreira o magista é obrigado a compreender que sua única aspiração é o seu EU SUPERIOR ou seu Santo Anjo Guardião e que quaisquer faculdades obtidas devem ser atreladas a essa aspiração (...)". "(...) Uma aspiração a algo que não seja o Santo Anjo Guardião constitui em realidade e em raras exceções, um ato de magia negra o qual é deplorável ao extremo".
"Outra objeção também levantada é a de que a Magia pode levar à mediunidade. Esta também é uma censura errônea para um grande número de pessoas. Foi corretamente observado que ambos, o mago e o médium, cultivam o transe. Mas aí o acuro da observação cessa, pois nos respectivos estados de consciência está toda a diferença no mundo. Como se diz popularmente é num piscar de olhos que a diferença entre o gênio e o louco é revelada. A real distinção é que num caso a balança da gravidade está acima do centro normal de consciência. No último caso abaixo e a consciência que desperta se tornou invadida por uma horda descontrolada de impulsos inconscientes. A mesma idéia se aplica mais fortemente à comparação entre o médium e o magista. O médium cultiva um transe passivo e negativo que desloca seu centro de consciência para baixo, para o que chamamos NEPHESH. O magista, por outro lado, está intensamente ativo de um ponto de vista mental e espiritual, simultaneamente e também se mantém em um transe noético, mas mantendo os processos do raciocínio sob controle. Seu método é subir acima deles, abrindo a si próprio aos raios telésticos do seu Ser Superior ao invés de descer ao acaso ao lodo de nephesh.
Esta constitui a única diferença. O cultivo da Vontade Mágica e a conseqüente exaltação da alma é a técnica da magia. O transe espiritualista não é nada mais, nada menos, que uma descida não usual na inércia e na consciência animal. Abdica-se de toda a humanidade e divindade no transe passivo e negativo em prol da vida animal e da obsessão demoníaca. Ao abrir mão do ego individual, toma lugar no magista a consciência noética espiritual, não o torpor da vida instintiva e vegetativa. “A Magia não tem então qualquer associação sob qualquer ponto de vista com a mediunidade”.

sábado, maio 02, 2009

Critérios

Há que se adotar critérios para distinguir os fenômenos e mestres reais dos numerosos "fazedores" de milagres que aparecem todos os dias, por todas as partes. Bem piores que os "milagreiros" são aqueles que confirmam terem visto o produto de seus pretensos poderes e, às vezes, escrevem livros a respeito. O famoso materialista dialético Friedrich Engels, por volta dos 90 do século XIX esteve envolvido em investigações psíquícas em Londres concluiu que apenas uma forte convicção científica ou filósofica poderia evitar que um homem fosse enredado pelas malhas da superstição. De toda sorte tinha razão, pois apenas por critérios empíricos dificilmente obteríamos resultados convincentes que atestassem ou não a veracidade de certos fenômenos sobrenaturais.
A antítese do que disse Engels está no fato de que, por outro lado, ao menos que o observador compartilhe de valores espirituais mais elevados ou seja ele próprio um estudioso do "oculto e sobrenatural" - não pela ótica da parapsilogia ou percepção extra-sensorial, demasiadamente acadêmica e formal - compreenderia em sua integralidade um fenômeno que escapa ao sentido comum.
Poderíamos sobrepor nossas mãos às de Cristo ressuscitado, ficariamos intrigados com o fato e passaríamos o restante de nossas vidas tentando descobrir como agiu este brilhante prestigitador, mas jamais seríamos tocados por este presente de Deus à humanidade que é a demonstração do poder infinito da misericórdia divina. Afinal de contas, a maioria das pessoas jamais seria tocada pela sublime experiência do amor divino transbordante, a mais poderosa de todas as manifestações do sobrenatural.