tag:blogger.com,1999:blog-190211682024-03-13T22:16:17.272-07:00Reflexões Aleatórias do Leo De HartmannVariedades SolipsistasC. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.comBlogger204125tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-13256631945019264812015-11-22T10:15:00.001-08:002020-03-23T15:28:26.669-07:00Monsieu Gurdjieff - Julius Evola<div align="center" class="Textbody" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR;">Monsieur
Gurdjieff</span></b><o:p></o:p></div>
<div class="Textbody">
<br /></div>
<div class="Textbody">
Traduzido por CB , 22/11/2015 <a href="file:///C:/Users/Creomar/Downloads/GurdjieffparEvola.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference">*</span></a><o:p></o:p></div>
<div class="Textbody">
<br /></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="StrongEmphasis">por Julius Evola </span><span class="StrongEmphasis">(publicado
pela primeira vez em Roma, 16 de abril de 1972; primeira publicação desta
tradução francesa por Gérard Boulanger: A idade do ouro, primavera de
1987)</span><o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-yELCOI8EBZs/VlIF7eBBFAI/AAAAAAAAAco/6UHjasFiCJE/s1600/Gurdjieff_dead.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-yELCOI8EBZs/VlIF7eBBFAI/AAAAAAAAAco/6UHjasFiCJE/s1600/Gurdjieff_dead.jpg" /></a></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="StrongEmphasis"><br /></span></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="StrongEmphasis">É
raro que apareçam em nossa época – onde eles correm o risco de ser confundidos
com certos mistificadores – personagens que nos façam tocar com o dedo, de
maneira inquietante, isto a que foi reduzida, metafisicamente falando, a
existência da grande maioria das pessoas.</span><o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span class="StrongEmphasis">A
essa categoria pertence, sem qualquer sombra de dúvida, o “misterioso Senhor
Gurdjieff”, a saber, George Ivanovitch Gurdjieff. A recordação de sua presença
e da influência que exerceu é ainda viva, mesmo tendo morrido há muitos
anos, como o testemunham as obras que lhe foram consagradas e mesmo os romances
onde figura sob um outro nome. Louis Pauwels, o autor da Manhã dos Mágicos,
pôde escrever um volume de mais de quinhentas páginas, objeto de duas edições
sucessivas, no qual recolheu um grande número de documentos – artigos, cartas,
lembranças, testemunhos – concernentes a ele. De fato, a influência de
Gurdjieff se estendeu aos meios mais diversos: o filósofo Ouspensky (que a
partir de sua doutrina, escreveu uma obra intitulada Fragmentos de um
Ensinamento Desconhecido, assim como uma outra,
A Evolução Possível do Homem, da qual uma tradução italiana foi
anunciada), os romancistas A. Huxley e A. Koestler, o arquiteto “funcionalista”
Frank Lloyd Wright, J.B. Bennet, discípulo de Einstein, o doutor Wakey, um dos
maiores cirurgiões nova-iorquinos, Georgette Leblanc, J. Sharp, fundador da
revista The New Statement: todos tiveram com Gurdjieff contatos que deixaram
traços.</span><o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Nosso personagem apareceu pela primeira vez em
São Petersburgo, pouco antes da Revolução de outubro. Não sabemos grande coisa
do que fez antes: ele mesmo se limitou a dizer que tinha viajado ao Oriente em
busca de comunidades que depositavam os restos de um saber transcendente. Mas
ao que parece, havia sido igualmente o principal agente tzarista no Tibete, que
deixou para se abrigar no Cáucaso onde foi, quando criança, condiscípulo de
Stalin. Na França, e em seguida em Paris, na Inglaterra e nos Estados Unidos,
consagrou-se à organização de círculos que seguiam seus ensinamentos, círculos
intitulados “grupos de trabalho”. Um editor francês que se retirou dos negócios
lhe ofereceu em 1922 a possibilidade de fazer do chatêau d'Avon, próximo à
Fontainebleau, sua “central” onde, em um primeiro momento, ele criou qualquer
coisa como um exílio ou eremitério. Entre os boatos que circulam a respeito,
alguns concernem ao domínio político. Gurdijieff havia tido contatos com Karl
Haushofer, o fundador bem conhecido da “geopolítica”, que ocupou o primeiro
plano no III Reich e, pretende-se mesmo que essas relações tenham presidido a
escolha da cruz gamada como emblema do nacional-socialismo, cuja rotação se efetua,
não em direção à direita, símbolo da sabedoria, mas à esquerda, símbolo do
poder (como foi efetivamente o caso).<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Que mensagem anunciou Gurdjieff? Uma mensagem
ao menos desconcertante. Poucos homens “existem”, poucos têm uma alma
“imortal”. Alguns dentre eles possuem o germe dela, que pode ser desenvolvido.
Em regra geral, nós não possuímos um “Eu” de nascença: é necessário adquiri-lo.
Aqueles que não o alcançam se dissolvem com sua morte. “Uma ínfima parte dentre
eles chega a ter uma alma. ”<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
O homem na rua não é mais que uma simples
máquina. Ele vive em estado de sono, como se hipnotizado. Ele crê agir, pensar,
mas é “movido”. São os impulsos, os reflexos, as influências de toda ordem que
atuam sobre ele. E não tem um “ser”. As maneiras de Gurdjieff não tinham nada
de delicadas. “Você não pode compreender, você idiota completo, sua 'merdidade'
”, dizia ele em seu mau francês àqueles que dele se aproximavam. De Katharine
Mansfield, morta durante sua estadia no eremitério d'Avon em busca da “via”,
Gurdjieff declarou: “Eu não conheço”, querendo explicar por isto que a morte
nada era, que ela não existia.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
A via ordinária é a a de um indivíduo
continuamente aspirado, ou “sugado”, ensinava Gurdjieff. “Eu não sou aspirado
pelos meus pensamentos, pelas lembranças, meus desejos, minhas sensações. Pelo
bife que eu como, pelo cigarro que eu fumo, o amor que eu faço, os bons tempos,
a chuva, a árvore, este veículo que passa, este livro. “Trata-se de reagir. De
“despertar”. Então nascerá um “Eu” que, até então, não existia. Então ele
aprenderá a ser, a ser dentro de tudo que ele faz e daquilo que se ressente, em
lugar de representar mais que a sombra de si mesmo. Gurdjieff chamava
“pensamento real”, “sensação real”, etc., isto que se manifesta de acordo com
certa dimensão existencial absolutamente nova que a maioria das pessoas não
podem nem mesmo imaginar. E ele distinguiu igualmente em alguns a “essência” da
“pessoa”. A essência constitui a qualidade autêntica, a pessoa, o “indivíduo
social”, construída de todas as peças, e exterior; estes dois elementos não são
coincidentes, encontramos aqueles nos quais a “pessoa” é desenvolvida enquanto
sua “essência” é nula ou atrofiada – e vice-versa. No nosso mundo, o primeiro
caso prevalece; aquele de homens e mulheres cuja “pessoa” é exacerbada ao ponto
de ser desmesurada, mas a essência está em um estado infantil – quando não é
totalmente ausente.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Não é lugar aqui para evocar os procedimentos
indicados por Gurdjieff para “despertar”, para se ancorar na essência. O que
quer que seja, o ponto de partida seria o reconhecimento prático, experimental,
de sua própria “inexistência”, este estado quase sonambúlico que faz com que
sejamos “sugados” pelas coisas, por nossos pensamentos e nossas emoções. É
igualmente a isto que serve o “método da desordem”: revolver a máquina que
somos para tomar consciência do vazio que ela esconde. Não é preciso se
surpreender se alguns dos que seguiram Gurdjieff nesta via foram levados a
crises extremamente graves, perturbando seu equilíbrio mental ao ponto de
fugirem ou de se afastarem com terror de experiências semelhantes nas quais
tiveram experiências algo aproximadas com a impressão de viver a morte. Quanto
àqueles que resistiram à prova e persistiram no “trabalho sobre si” junto a
Gurdjieff, estes falam de um incomparável sentimento de segurança e de um novo
sentido dando à sua sua existência.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Parecia que Gurdjieff exercia sobre quem quer
que dele se aproximasse, de maneira quase automática e sem que o desejasse, uma
influência que podia exercer efeitos positivos ou deletérios, segundo o caso. É
fora de dúvida que possuía algumas faculdades supranormais. Ouspensky conta que
recorrendo a uma ciência aprendida no Oriente, da qual no Ocidente não
conhecemos “sequer uma parte insignificante sob o nome de hipnotismo”,
Gurdjieff podia, graças a certas experiências, separar a “essência” da “pessoa”
em um indivíduo dado – fazendo aparecer eventualmente a criança ou o idiota que
se escondia por trás de qualquer indivíduo evoluído ou cultivado ou,
inversamente, uma “essência” muito diferenciada a despeito da existência de
manifestações exteriores.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Entre os testemunhos recolhidos por Pawels, há
um particularmente picante relativo ao poder, atribuído igualmente no Oriente a
certos iogues (e evocado por um autor digno de fé como Sir John Woodroffe), de
“lembrar a fêmea à fêmea”. Aquele que conta a anedota se encontrava em Nova
Iorque, em um restaurante, em companhia de uma jovem escritora muito segura
dela mesma à qual mostrou o “famoso Gurdjieff, sentado em uma mesa vizinha. A
jovem o mirou com um olhar de superioridade fixo, mas pouco tempo depois, ela
se tornou pálida e parecia estar ao ponto de desfalecer. Isto deixou surpreso
seu companheiro, que não conhecia essa grande mestra dela mesma. Mais tarde,
ela lhe confessou isto: “É ignóbil! Eu olhei este homem e ele me surpreendeu.
Ele apenas me observou friamente e, naquele momento, senti-me intimamente com
uma tal precisão que experimentei o orgasmo! ”.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Gurdjieff se contentava com poucas horas de
sono. Chamavam-no “aquele que não dorme”. Ele alternava um modo de vida quase
espartano com banquetes de uma opulência russo-oriental desaparecida há muito
tempo. Em 1934, foi vítima de um acidente automobilístico muito grave: ficou
três dias em coma mas retomou a consciência e parecia ter rejuvenescido, como
se o choque físico, no lugar de lesar seu organismo, o tivesse galvanizado.
Numerosas coisas deste gênero correm por sua conta, nós mesmos as ouvimos
diretamente, pela voz de um de seus próximos que dirigiu no México “grupos de
trabalho” evocadas bem alto. Que seja bem entendido, um processo de mitificação
é inevitável em casos desse gênero, e não é fácil separar a realidade do
imaginário. Gurdjieff não deixou quase nada escrito e o que publicou é de
qualidade suficientemente medíocre, mas é extremamente frequente que aquele que
é “alguém” não tenha nem as qualidades nem a preparação para ser escritor:
ele dá um ensinamento direto e exerce sua influência. Como já dissemos, à parte
a coleção de testemunhos publicados por Pawels sob o título Senhor Gurdjieff,
coube a Ouspensky escrever seus ensinamentos.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Gurdjieff morreu com a idade de oitenta e dois
anos, em plena posse de seus meios e dizendo ironicamente aos discípulos que o
assistiam: “Eu os deixo numa bela enrascada! ” <o:p></o:p></div>
<div class="Textbody" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
Ainda hoje, ele não cessa de ser citado e, como
já dissemos, aqui e na Inglaterra, na França, na Africa do Sul, os restos dos
grupos que foram constituídos sob sua influência subsistem.<o:p></o:p></div>
<div class="Textbody">
<br /></div>
<div class="Textbody">
<span lang="EN-US"><a href="http://www.geocities.com/capitolhill/1404/gurdjieff.html" target="_blank"><span class="InternetLink"><span lang="PT-BR">www.geocities.com/capitolhill/1404/gurdjieff.html</span></span></a></span><o:p></o:p></div>
<div class="Textbody">
<span lang="EN-US"><a href="http://www.gurdjieff.org/" target="_blank"><span class="InternetLink"><span lang="PT-BR">www.gurdjieff.org</span></span></a></span> para conhecer um pouco mais sobre G. Gurdjieff.<o:p></o:p></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/Creomar/Downloads/GurdjieffparEvola.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference">*</span></a> <span lang="PT">Fonte: </span><span lang="EN-US"><a href="http://www.meditationfrance.com/enseigne/gurdjieff.htm"><span class="InternetLink"><span lang="PT-BR" style="color: windowtext; mso-ansi-language: PT-BR;">http://www.meditationfrance.com/enseigne/gurdjieff.htm</span></span></a></span>.<span lang="PT"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-26278135799042467342014-03-18T21:04:00.000-07:002014-03-19T17:47:26.160-07:00A Sabedoria das eras<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<h1>
<b><span style="font-size: 14pt;"> </span></b><i><span style="font-size: 14pt;">C.B.</span></i></h1>
<h2>
<i><span style="font-size: small; font-weight: normal;">“Primeiro de ouro, a raça dos homens mortais</span></i></h2>
<h2>
<i><span style="font-size: small; font-weight: normal;">criaram os imortais, que mantêm olímpias moradas</span></i></h2>
<div class="MsoQuote">
<i>Eram do tempo de Cronos, quando no céu este reinava;</i></div>
<div class="MsoQuote">
<i>como deuses viviam, tendo despreocupado coração,</i></div>
<div class="MsoQuote">
<i>apartados, longe de penas e misérias.</i><a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_edn1" name="_ednref1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span class="MsoEndnoteReference"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;">[i]</span></span><!--[endif]--></span></a>”<span style="font-size: large;">.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Há questões metafísicas que afligem sucessivas gerações de
homens por séculos, impondo-lhes o desafio de buscar respostas para o dilema
sempiterno representado pelo deslocamento entre sua dolorosa existência, de um
lado; e as expectativas que lhes parecem inatas, de outro; concernentes à
possibilidade de romperem as rígidas cadeias do sofrimento impostas pela vida
neste planeta. Nas circunstâncias sob as quais vivem, a experiência da dor é a
única que se lhes afigura enquanto algo palpável; <i>não há outra realidade senão o pungente sentimento de vacuidade e
impotência do seu pequeno “Eu” em relação ao “mundo”</i>. Mas, nem sempre, o homem se viu tão
atarantado, enlouquecido, ao ponto de bipartir sua linha vital em dois
segmentos conducentes à aniquilação total: <i>o
céu delusório do “nirvana” artificial ou o mergulho imprudente no vicio,
afundando-se na própria natureza inferior</i>. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A Sabedoria das Eras nos apontava um sentido geral de
unidade entre o Homem Primordial e o Princípio Uno, Eterno, Imutável e
Ilimitado que as diversas religiões conhecem por Deus, assumindo a vigência de
uma ordem cósmica; refletida na Terra em aspectos perceptíveis aos sentidos
humanos. O tempo era então uma criança, seus minutos eram contados como
eternidade; era tempo cósmico, não linear. O estatuto humano era assegurado por
colégios de sábios e iniciados cujos princípios insuflavam as instituições
políticas, relações conjugais e sociais, credos estabelecidos; enfim, todo o
espectro de ordenamentos envolvidos na interação entre cada membro particular de
nossa linhagem e seus semelhantes. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Nas culturas de todos os povos, reminiscências dessa “Era de
Ouro” são abundantes, assim como de sua dissolução progressiva, Naquela <i>oitava superior da humanidade</i>, o <i>funcionamento rítmico e harmonioso das leis
cósmicas</i> em escala universal, tinha lugar, por correspondência, nas dimensões<i> macroscópicas e microscópicas</i>,
convidando gentilmente o homem a integrar-se ao Todo e; mediante a observação
silenciosa das maravilhas da criação que lhe descortinava, abria-lhe as portas
da intuição, fazendo com que seu rosto mirasse os cimos. O Homem Primordial
retinha no tesouro da memória a lembrança dos dias de sua juventude, quando
anelava, em vão, adentrar o Éden, protegido pela terrível espada flamejante. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Nos primórdios da civilização, o homem nascia, labutava e
morria sob a contemplação de um horizonte normativo que brilhava diante de seus
olhos como algo tão assombroso e espetacular quanto o nascer do sol e o
crepúsculo, o farfalhar das ondas, os flagelos marítimos ou o movimento
periódico dos grandes luminares; o Sol e a Lua no céu visível. Seguro, pleno, confiante
em que o futuro seria mais que o passado e, o presente, um instante no qual
deveria envidar esforços para cumprir seu dever, o indivíduo cumpria suas
obrigações (<i>Dharma</i>), executando suas
ações conforme prescrevia a Lei.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoQuote">
<span lang="PT"><i>“Este ritmo
“Deus-homem”, uma ascensão repentina, seguida de uma decadência gradual – o
resultado do que está acima do tempo com o que está sujeito ao tempo – pode ser
descrito, para usar as estações do ano, como uma súbita primavera que avança
para o verão, seguido de um gradual outono”</i><a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_edn1" name="_ednref1" style="font-size: x-large;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><b><span lang="PT" style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;">[i]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-size: large;">.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Fortalecido, abrigado em um corpo coletivo organicamente
equilibrado, o homem não se sentia só ou isolado na comunidade, apequenado,
como hoje se vê, tal qual um verme parasitário perdido no universo. Sua
passagem pela terra não era concebida como estéril diversão e, embora cônscio
da finitude da vida e caráter imanente da morte, acalentava a esperança da
sobrevivência vindoura, ao lado de seus deuses tutelares e entes próximos,
transitoriamente ceifados com o rigor e a beleza que são os tronos temporais do
poder divino.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><i>Os homens viviam
pacíficos, interna e externamente, até que, em dado ponto no tempo, ocorreu aguda
inflexão no conjunto dos padrões que sustentavam sua existência</i>.
Gradativamente, valores se relativizaram, panteões adquiriram traços humanos,
ritos se ossificaram, a cultura e os elementos tradicionais, repetidamente,
viram-se seriamente abalados: a tradição fora pulverizada, a ordem, subvertida.
No decurso de outros tantos ciclos e subciclos involutivos, a recordação da
Idade de Ouro transfigurou-se em imagem opaca, disforme e distante.
Ingressava-se na longa noite da humanidade: a Idade de Ferro.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Prolongado, o período a que nos referimos não pode ser
desagregado, satisfatoriamente, em seus componentes principais, tendo de ser visto;
porém, como a erupção tempestuosa de agressivos instintos no homem, acompanhados
pela eclosão das catástrofes da fome e da guerra intestina entre as nações.
Institutos políticos e sociais, antes robustos, são adulterados; a cultura é
solapada e triunfam universalmente a vulgaridade e o desprezo pelas prodigiosas
obras de arte que reverberam, ainda que fracamente, os ecos das glórias
pregressas. O sentido da ordem, esmigalhado pela efervescência das paixões mais
brutais, origina ilusões nos homens sobre sua autoimportância, infundindo-lhes
insensato senso de autonomia e o desatino de julgarem-se “donos” de todos os
direitos e isentos de deveres.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Confiante em suas forças inatas, o homem, à mercê do jogo da
vida, crê ser o tirano de si próprio, uma divindade; mas, ao contrário, faz-se duende,
diminuto e risível. Semelhante fenômeno veio a assumir tonalidades ainda mais
sombrias, na medida em que as pútridas nuvens da dissolução atingiram a etapa
atual do curso da humanidade, pairando como um monturo infecto sobre enorme,
compacta e tresloucada massa informe, amontoada nos currais chamados de
“grandes centros urbanos”, “capitais” e “metrópoles”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white;"><span style="font-size: large;">Dois versículos de Gênesis quatro
sintetizam todo o drama humano, encenado por atores ébrios na câmara tenebrosa
das modernas sociedades: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white;"><span style="font-size: large;">" <i>1. Conheceu Adão a Eva, sua mulher; ela concebeu e, tendo dado a luz a
Caim, disse: Alcancei do Senhor um varão. 2. Tornou a dar a luz a um filho - a
seu irmão Abel. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra</i>".<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Com efeito, nos derradeiros quatro séculos, substancial e
impetuosa transformação das estruturas econômicas do Ocidente (e, logo após, do
globo como um todo), provocou alterações correspondentes às suas novas
necessidades nas instituições e na sociedade, engendrando outros arcabouços
legais e outro Estatuto Humano; exótico, posto que não mais fundado nos tronos do
rigor e da beleza, adornos do poder divino nos planos sutis, mas no poder
temporal<b><span style="text-transform: uppercase;">.</span></b><span style="text-transform: uppercase;"> </span></span></div>
<div class="MsoQuote">
<br /></div>
<div class="MsoQuote">
<span style="font-size: large;"> </span><i>“11 Agora maldito és tu desde a terra, que
abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão.</i></div>
<div class="MsoQuote">
<i><b><sup>12 </sup></b>Quando
lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na
terra.</i></div>
<div class="MsoQuote">
<i><b><sup>13 </sup></b>Então
disse Caim ao Senhor: É maior a minha punição do que a que eu possa suportar.</i></div>
<div class="MsoQuote">
<i><b><sup>14 </sup></b>Eis
que hoje me lanças da face da terra; também da tua presença ficarei escondido;
serei fugitivo e vagabundo na terra; e qualquer que me encontrar matar-me-á.</i></div>
<div class="MsoQuote">
<i><b><sup>15 </sup></b>O
Senhor, porém, lhe disse: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele
cairá a vingança. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem
quer que o encontrasse”.</i><span style="color: windowtext; font-size: large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoQuote">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Com o aumento prodigioso da acumulação de recursos, a
desorganização do campo, a expulsão dos camponeses em direção aos núcleos
urbanos e o advento de uma produção mecanizada e concentrada no espaço, a
maldição do sedentário lavrador Caim assumiu contornos grotescos, próximos ao
paroxismo, no que nos cabe admitir, como Cioran<a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_edn2" name="_ednref2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">[ii]</span></span><!--[endif]--></span></a>, enraízam-se
em desespero terminal. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoQuote">
<i>“Dentre as múltiplas formas do grotesco, a que me parece mais
estranha e complicada é aquela que tem raízes no desespero. As outras visam a
um paroxismo de natureza periférica. O grotesco, porém, e isso é importante,
não pode ser concebido sem paroxismo. E que outro paroxismo é mais profundo e
mais orgânico do que o do desespero? O grotesco surge apenas no paroxismo dos
estados negativos, quando grandes tormentos brotam a partir de um déficit de
vida; trata-se de uma exaltação em negatividade”.</i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Amontoados como peças, objetos descartáveis, os homens são
sobressaltados a contragosto por distúrbios somáticos e anímicos. Dentre os
últimos sobressaem-se a depressão e a melancolia em suas diversas modalidades,
associada, a primeira, à profunda constatação da falta de sentido na vida; a
segunda, a uma espécie de contemplação estética desinteressada e abúlica da
miséria humana, entremeada com o gozo fortuito e o consumo de lenitivos para a
dor; drogas físicas ou “espirituais”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoQuote">
<i>“Ao lado das doenças somáticas, que conhecemos há séculos, e
das doenças psíquicas, identificadas mais recentemente, devem existir outras,
de ordem superior, às quais chamaremos de doenças do espírito. Nenhuma neurose
poderia explicar o desespero do Eclesiastes, o sentimento de nosso exílio na
Terra ou de nossa alienação, o tédio metafísico, a consciência do vazio e do
absurdo, a hipertrofia do eu ou a revolta sem objetivo; nenhuma psicose poderia
explicar o “furor” econômico ou político, a arte abstrata, o “demonismo
técnico, nem talvez aquele formalismo extremo que hoje em dia, em todos os
domínios da cultura, consagra o primado da exatidão sobre a verdade”</i><a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_edn3" name="_ednref3" style="font-size: x-large;" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference"><b><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;">[iii]</span></b></span><!--[endif]--></span></a><span style="font-size: large;">. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Uma vez lançado no mundo, desacorrentado do que equivocadamente
julgava uma ordem tirânica - imposição dos reinos seculares e do cosmos - o
homem, repentinamente, atinou que era privado do sentido da existência. Enganara-se,
quiçá irremediavelmente. Como os liames entre sua alma e o infinito são
indissociáveis, a impossibilidade prática de negar o destino que lhe é reservado
se impôs. O que fez então? Procurou narcóticos
e remédios inadequados, oferecidos por médicos de reputação duvidosa,
saltimbancos que pudessem distraí-lo, ainda que momentaneamente, ou preceptores
falastrões que lhe assegurassem felicidade certa e longa vida. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">E o que ganhou o homem ao agir assim? Nada mais que símiles
desbotados do paraíso perdido, encantamentos fugazes produzidos pelo aroma de
buquês de flores que, repentinamente, metamorfoseadas em lépidas najas, saltam
com presas afiadas sobre a pobre e infeliz vítima, para deboche do ilusionista
que a ludibriara.</span></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportEndnotes]--><span style="font-size: large;"><br clear="all" />
</span><br />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="edn1">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_ednref1" name="_edn1" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference">[i]</span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">LINGS, Martin. <i>Sabedoria
tradicional e superstições modernas</i>. São Paulo, Ed. Polar, 1998.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="edn2">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_ednref2" name="_edn2" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference">[ii]</span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">
CIORAN, Emil. <i>Nos cumes do desespero</i>.
São Paulo: Ed. Hedra, 2012. p.30.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoEndnoteText">
<br /></div>
</div>
<div id="edn3">
<div class="MsoEndnoteText">
<span style="font-size: large;"><a href="file:///C:/Users/Derba.DTE05/Documents/Do%20Homem%20Primordial%20ao%20Infra19-03.docx#_ednref3" name="_edn3" title=""><span class="MsoEndnoteReference"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoEndnoteReference">[iii]</span><!--[endif]--></span></span></a><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> NOICA,
Constantin. <i>As seis doenças do espírito
contemporâneo</i>. Rio de Janeiro: Ed. BestBolso, 2011, p. 19.</span></span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-43691911078128024252014-03-12T20:33:00.003-07:002014-03-12T20:34:47.757-07:00O implante dentário e um lampejo de si mesmo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-yrXeWEg_3KA/UyEnCiNP3ZI/AAAAAAAAAbI/RmhHPH_6AsQ/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-yrXeWEg_3KA/UyEnCiNP3ZI/AAAAAAAAAbI/RmhHPH_6AsQ/s1600/images+(4).jpg" height="139" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">Submeter o paciente a um implante de dentes equivale a descer da condição do "Homem-Massa" de Ortega y Gasset ao "Homem-Máquina" de Gurdjieff, regredi-lo conceitualmente a um ser mecânico, para o qual tudo acontece, tudo se se manifesta exteriormente. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">O dentista manuseia instrumentos lúgubres, invisíveis, ruidosos; não podemos divisá-los com acuidade; mas o paladar; azedado co</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">m saliva, sangue e pus; o tato não completamente amortecido; e, sobretudo a audição, incólume; - aliados à percepção naquele ambiente hostil dos "sentidos comuns" do movimento, repouso, figura e grandeza. </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">A seringa amiga não refrea inteiramente a constatação da dor. Ouvimos o doutor dizer à assistente, "Pega a broca!"; de pronto, instala-se o pânico. Arrancam-se as carnes das gengivas com força tamanha que o maxilar afrouxa; não controlamos os lábios; na mente rodopiam fantasias, formam-se imagens desconexas que informam o corpo anestesiado da agressão iminente. </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">De fato, o pedacinho de osso que restou do primeiro molar é perfurado; mas, isto não é suficiente: é necessário desbastá-lo como a "pedra bruta" de um Aprendiz Maçom. O rijo sobrevivente em sua cadeira é posto ao lado do Trono do Vigilante, o dentista, o aprendiz ignorante, perfila seus instrumentos; não o maço e o cinzel; mas o broca e agulha que lhe cabem em sua etapa iniciática, coisa ainda mais apavorante para o objeto do obreiro odontológico que as estórias macabras de convescotes satânicos. </span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">Terminado o serviço, o cirurgião, sorri, com a dentição saudável exposta ante a miséria alheia e; ainda, declara em tom elogioso, sem galhofa, sincero também na sua rotina: "Nunca vi osso mais forte que o seu".<br /><br /><b><br /></b></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;"><b>Explicação</b><br /></span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">Muito frequentemente, em momentos singulares - costumeiramente naquelas ocasiões em que o homem tem estimulado em mais alto grau o senso instintivo - pode-se produzir uma rara unidade dos sentidos que nos dá notícia de nós mesmos. Ainda que fragmentária, ela, a nova informação, condensa uma verdade sobre o nosso "todo" de forma sintética. Estuda a ti mesmo, observa-te e conhece-te; são estes os passos no cotidiano, não circunstanciais pois exigem disciplina e constância.</span><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-43829240891904112342014-03-06T16:01:00.001-08:002020-03-23T15:29:10.771-07:00Constantin Noica e as seis doenças do espírito contemporâneo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-YX5i4jVq3dM/UxkMQovPLlI/AAAAAAAAAa4/dYbHFdUzt9o/s1600/Noica-la-Paltinis-Foto-c-Lazar-Dinu-5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://3.bp.blogspot.com/-YX5i4jVq3dM/UxkMQovPLlI/AAAAAAAAAa4/dYbHFdUzt9o/s1600/Noica-la-Paltinis-Foto-c-Lazar-Dinu-5.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">“<i>Vejo ainda um dado límpido que um grande
homem não pode ser imitado. No entanto, o humanismo sonha com isto: oferecer
protótipos que sejam, de um modo ou de outro, imitados. Mas é suprema a
absurdidade da pedagogia. Pois nem ao menos numa vida de santo não há nada ‘exemplar’,
não há nada a imitar. Se não se realiza por conta própria, qualquer vida é um
insucesso, uma dilação</i>. (1)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"> “<i>E se
foi possível ver no homem o “ser doente do universo”, foi provavelmente por
causa dessas seis doenças, não por seus males físicos nem por suas neuroses.
Naturalmente, elas ainda não tinham sido denominadas, e talvez não tivessem
sido claramente relacionadas com as “crises” espirituais do homem; parece-nos,
todavia, que é precisamente delas que sempre se falou, pois, como quer que
seja, só elas – sendo constitutivas do homem – nos podem autorizar a dizer que
ele é um “ser doente</i>”.</span><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">
(2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O filósofo romeno CONSTANTIN NOICA (Vitănești -Teleorman 12/25
de julho de 1909-Sibiu, 4 de dezembro de 1987) é ainda pouco lido no Brasil, mas
talvez, no século XX, nenhum outro pensador além dele pôde compreender em todas as suas implicações a vasta dimensão
do drama humano, ao vasculhar em sua obra de maturidade “As seis doenças
do espírito contemporâneo” as “<i>diferentes
relações que têm entre si os traços definidores de todo ser, de toda realidade
existente: a individualidade, a generalidade e as determinações que situam a
individualidade na generalidade”,</i> conforme pontifica o professor Olavo de
Carvalho, responsável pela introdução, edição e notas da publicação em língua
portuguesa. (3)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Utilizando um quadro clínico como alegoria dos dilemas que
acometem o homem, Noica formulou uma tipologia de sintomas que identificam suas
doenças de espírito, superiores às somáticas e às psíquicas, pois: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“<i>Nenhuma neurose
poderia explicar o desespero do Eclesiastes, o sentimento de nosso exílio na
Terra ou de nossa alienação, o tédio metafísico, a consciência do vazio e do
absurdo, a hipertrofia do eu ou a revolta sem objetivo; nenhuma psicose poderia
explicar o “furor” econômico ou político, a arte abstrata, o “demonismo”
técnico, nem talvez aquele formalismo extremo que hoje em dia, em todos os
domínios da cultura, consagra o primado da exatidão sobre a verdade</i>”. (4).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As doenças de espírito são <b>doenças ônticas</b>, aquelas que verdadeiramente constituem o homem,
pois o ser também pode adoecer, sendo “<i>afetado
nas coisas viventes e inanimadas, estas permanecem secretamente bloqueadas por
uma dessas doenças, que no entanto se dissimulam por trás da aparente
estabilidade das coisas; mas, se é atingido no homem, este último, graças á sua
instabilidade superior, revela a sua doença à plena luz do dia</i>”. A primeira
dessas enfermidades é a carência do individual, a <b>todedite</b>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">“Esse homem irá, como todos,
respirar, mas o ar que irá respirar será condicionado e “geral”, não este
determinado ar de sua terra, cujo odor ele tão bem não sabia reconhecer; ele se
alimentará, por certo, mas, ali também, de substâncias gerais; ele se
esforçará, como sempre, na vida do conhecimento, mas se interessará antes pela
essência do que pelas realidades particulares; e se alguma planta ainda o puder
deslumbrar, ela terá certamente brotado numa estufa. Em parte alguma do cosmos
ele reencontrará aquela realidade individual, o sabor particular “desta coisa
aqui”, o tode-ti do filósofo grego, cuja ausência nos faz sofrer bem mais do
que a imperfeição. Tanto ele como as coisas que o rodeiam já não terão
realidade particular. Por isso ele deverá, de tempos em tempos, voltar à terra
para curar sua todetite”</span></i>. (5)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A segunda das enfermidades a acossar o homem é a carência do
geral, a necessidade de encontrar o individual autêntico dá origem a seu
oposto, “a doença em que o sofrimento não vem da carência do individual, mas ao
contrário, da do geral. Se apelarmos de novo para a língua grega, o “geral”, Kathoulou, lhe dar
seu nome: <b>catolite</b>”. Esta merece
tratamento à parte, uma vez que engolfa indistintamente toda a humanidade, ou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">“<i>Em certo sentido, a catolite é a doença
espiritual típica do ser humano, tão atormentado pela obsessão de se elevar a
uma forma de universalidade. Quando, por um gesto elementar de lucidez, o homem
desperta da hipnose dos sentidos comuns que geralmente o manobram – no
interesse, aliás, da espécie e da sociedade –, ele busca por todos os meios
curar de sua amargura de ser uma simples existência individual sem nenhuma
significação de ordem geral. Ele busca então, mediante a maior parte de seus
engajamentos deliberados, apoderar-se dos sentidos gerais. Com muita
frequência, cai na armadilha dos sentidos prontos (como as “ideologias” de seu
tempo), que não são senão falsos remédios, incapazes de curar seu mal em profundidade.
Por isso, quando o homem – até o mais medíocre – prolonga seu gesto de lucidez
por tempo suficientemente longo para perceber a futilidade do geral a que se
devotou, sua catolite retoma toda a sua virulência</i>”.(6)</span> <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra doença se relaciona às determinações do ser e explica
o horror do homem que não pode agir em conformidade com seu próprio pensamento
e suas convicções, a <b>horetite ou
carência de determinações.</b> Neste caso, <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">“... além de um geral e de um
individual, o ser, para se realizar, também tem necessidade de determinações
adequadas, isto é, de manifestações que possam harmonizar-se tanto com sua
realidade individual como com o sentido geral a que tente. E já que a doença é
provocada pela impossibilidade de obter tais determinações, poderia-se
denominá-la horetite, tendo em mente o grego horos, que signfica “termo”,”determinação”.
Essa doença exprimiria então os tormentos e a exasperação do homem por não
poder agir de acordo com seu próprio pensamento e suas convicções</span></i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">”.(7)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Às doenças que acarretam desregramentos de ordem geral no espírito, seguem-se
aquelas que se juntam ao repertório patalógico de Noica e se apresentam como
fruto não da carência, mas da recusa de um aspecto particular do ser, de um dos
seus três termos constitutivos, possuindo <b>aspecto
iminentemente privativo</b>: a <b>acatolia,
atodecia e ahorecia</b>. Mais estranhas que as primeiras, elas são ilustradas
pelo filósofo romeno na cultura como “espelho ampliador de nossa vida
espiritual”. O quadro abaixo, adaptado de NOICA (2011), associa cada uma dessas
doenças de “carência” e “recusa” a exemplos na esfera da criação literária.</div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>AS SEIS DOENÇAS DO
ESPÍRITO CONTEMPORÂNEO – EXEMPLOS NA ESFERA DA CULTURA<o:p></o:p></b></div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; text-align: justify;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.55pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Causa imediata<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.55pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
RECUSA<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.6pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
CARÊNCIA<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.55pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Necessidade não atendida<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.55pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Doença - Exemplo<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.6pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Doença - Exemplo<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.55pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Generalidade<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Individualidade<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left;">
Determinações<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.55pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]-->1.<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Acatolia
D. Juan<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]-->2.<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Atodecia – Tolstoi<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]-->3.<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Ahorecia - Godot<o:p></o:p></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 141.6pt;" valign="top" width="189"><div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]-->4.<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Catolite
Birotteau<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]-->5.<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Todetite
Os demônios<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: left; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]-->6.<span style="font-size: 7pt;">
</span><!--[endif]-->Horetite
D. Quixote<o:p></o:p></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 9.0pt; line-height: 107%;">Fonte: NOICA (2011)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cabe aqui como resumo das peculiaridades das doenças do
espírito repetir, enfim, as palavras do próprio Noica: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">“<i>Diferentemente das doenças comuns, que
provocadas por circunstâncias e agentes os mais variados, são inumeráveis, as
doenças de ordem superior, do espírito, não são mais que seis, pois refletem as
seis precariedade possíveis do ser.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">A primeira nasce da precariedade da
ordem geral numa realidade individual provida de suas determinações. È no
homem, a catolite.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">A segunda, deve-se á precariedade de
uma realidade individual que deveria assumir as determinações inscritas numa
ordem geral: É a todedite.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">A terceira situação ontológica é
provocada pela carência de determinações apropriadas de uma realidade geral que
tem já sua forma individual: È a horetite.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">A quarta apresenta-se como o oposto
simétrico da precedente: aqui o individual que, após ter alcançado um sentido
geral, é incapaz (ou o recusa, no caso do homem) de se dar determinações
específicas. É a ahorecia.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">A quinta delas porovém da
precariedade – e no homem, da incompreensão – de toda realidade individual em
harmonia com um geral que já se teria especificado graças a determinações
várias. É a atodecia.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">Por fim, a sexta precariedade do ser
projeta (de modo deliberado, no homem) numa realidade individual, determinações
que não se apoiam em nenhum sentido geral: É a acatolia</span></i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>BIBLIOGRAFIA</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
NOICA, Constantin. <i>Diário
filosófico</i>. São Paulo: É Realizações, 2011. A<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
_______________. <i>As
seis doenças do espírito contemporâneo</i>. Rio de Janeiro: Ed. BestBolso, 2011.
B<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>NOTAS<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify;">
1. NOICA, Constantin (A), p. 80<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
2. NOICA, Constantin (B), p. 44.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
3. Prefácio de Olavo de Carvalho (NOICA,
Constantin. As seis doenças do espírito contemporâneo. Rio de Janeiro: Ed.
BestBolso, 2011.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
4. NOICA, Constantin (B), p. 19.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
5. Ibidem, p. 22.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
6. Ibidem, p. 23.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify;">
7. Ibidem, p. 24.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify;">
8. Ibidem, p. 44.<o:p></o:p></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-90852530173868191732014-02-25T21:01:00.005-08:002014-02-26T14:37:54.961-08:00Em busca de sentido<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-rqIw5PwUCdQ/Uw11AggzwSI/AAAAAAAAAak/qLSj3hFZYwY/s1600/em-busca-de-sentido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-rqIw5PwUCdQ/Uw11AggzwSI/AAAAAAAAAak/qLSj3hFZYwY/s1600/em-busca-de-sentido.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span>
<span lang="PT">Wiktor E. Frankl (1905-1997) foi professor de Neurologia e Psiquiatria na
Universidade de Viena, tendo sido aprisionado e sujeito a trabalhos forçados,
durante anos, nos centros de extermínio do <i>Reich</i>
nazista. Naquele período, formulou a seguinte pergunta: “<b>De que modo se refletia na mente do
prisioneiro médio a vida cotidiana no campo de concentração?</b>”. Assim,
descreveu uma pletora de observações sobre si mesmo e sobre seus companheiros, perceptíveis
em três fases características de reações psicológicas de homens e mulheres
encarcerados, sujeitos à brutalidade permanente, à fome e ao terror: a fase de
recepção no campo, a fase da vida em si no campo de concentração e a fase após
a soltura, ou melhor, da libertação do campo. Desse estudo inovador surgiu a “<b>terceira escola vienense de psicoterapia”</b>
(ao lado da Psicánalise de Freud e da Psicologia Individual de Adler), ou <b>Logoterapia</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Comparada à psicanálise, a proposta
de Adler e dos pesquisadores da escola logoterapêutica <i>é menos introspectiva e menos retrospectiva</i>, concentrando-se no
futuro e nos sentidos a serem realizados pelo paciente. Este é levado a quebrar
seu autocentrismo, sendo então confrontado e reorientado, criando-se um <b>novo padrão de sentido e responsabilidade</b>.
“<i>Para a Logoterapia, a busca de sentido
na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano. Por essa razão
costumo falar da uma vontade de sentido, a contrastar com o princípio do prazer
(ou, como também poderíamos chamá-lo, a vontade de prazer), no qual repousa a
psicanálise freudiana, e contrastando ainda com a vontade de poder, enfatizada
pela psicologia adleriana através do uso do termo “busca de superidade</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span lang="PT">A busca de sentido por parte
do indivíduo se apresenta como motivação primária em sua vida</span></b><span lang="PT">, e não como uma “racionalização
secundária” de impulsos instintivos. Extraindo suas lições de vida, não apenas
dos livros e dos divãs, a Logoterapia não atribui à vida um “sentido geral”,
mas foca o seu sentido específico para cada pessoa, em dado momento. <b>A existência humana não tem um sentido
abstrato</b>, “cada qual tem sua própria vocação ou missão específica na vida;
cada um precisa executar uma tarefa concreta que está a exigir realização”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">Em última instância, <b>cada situação
na vida constitui um desafio para as pessoas, um problema a resolver</b>. Para
Frankl, os indivíduos não deveriam perguntar pelo sentido da vida, mas
reconhecer que eles, de fato, são indagados por ela. “Em suma, cada pessoa é
questionada pela vida; e ela somente pode responder à vida respondendo por sua
própria vida; à vida ela somente pode somente responder sendo responsável.
Assim a Logoterapia vê na <b>responsabilidade</b>
(<i>responsibleness</i>) a essência
propriamente dita da existência humana”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">O imperativo categórico dessa escola é “<b>Viva como se já estivesse vivendo pela segunda vez, e como se na
primeira vez você tivesse agido tão errado como está prestes a agir agora</b>”. O sentido da vida pode ser descoberto então de três formas: a) criando
um trabalho ou praticando um ato; b) experimentando algo ou encontrando alguém;
c) tomando uma atitude em relação ao sofrimento inevitável. A primeira, o “caminho
da realização” é óbvia. As duas últimas requerem o entendimento do sentido do
amor e do sofrimento; a consciência plena da essência última do outro e a
transformação de nosso sofrimento em uma conquista humana.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT">FRANKL, Viktor. <i>Em busca de sentido</i>.
São Leopoldo: Sinodal; Petrópolis: Vozes., 2008. 34ª Ed. 184 p.<o:p></o:p></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-70557260925678013702013-10-21T06:34:00.001-07:002014-02-27T15:38:41.231-08:00A Revolução dos Beagles <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-HRClQmwyBdk/UmUt0jc__aI/AAAAAAAAAaI/vZhCx_aHr1E/s1600/luisamell.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-HRClQmwyBdk/UmUt0jc__aI/AAAAAAAAAaI/vZhCx_aHr1E/s320/luisamell.jpg" height="200" width="320" /></a><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">A invasão do Instituto Royal para “salvar” "Beagles" em cativeiro (ontem, domingo, dois delas foram encontrados vagando nas ruas o que denota um pouquinho do compromisso “animalnitário” dos seus salvadores) é um exemplo de correta preocupação com a sorte dos bichos, dissolvida em autopromoção de subcelebridades, banditismo puro e simples violência gratuita. Entrar na velha discussão da validade dos testes com animais demandaria um certo número de páginas que não estou disposto a escrever hoje e para ser bem sucinto repito a surrada fórmula: se aquelas pessoas são tão comprometidas assim (a ponto de derramarem lágrimas neuróticas na TV) com o destino dos "Beagles" em particular e dos animais em geral, por que não abrem mão de uma vez por todas de suas roupas, sapatos, alimentos, cosméticos e milhares de produtos que não só necessitam das pesquisas com seres vivos como demandam insumos de origem animal? </span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Sou um dos defensores do ponto de vista de que a sociedade do futuro deverá mudar sua visão "coisificada" dos animais, o que dependerá não de ações tresloucadas com “Bloc Bocs” como seguranças, mas da busca de substitutos aos testes com seres vivos e sua normatização. Enquanto não me sinto disposto a escrever sobre assunto tão específico e complexo (tem gente parva que é capaz de produzir um argumento no Facebook à guisa de "última palavra" sobre a questão), volto a um tema que sempre a vem calhar nestas horas por favorecer interessantes paralelos com a "revolução dos Beagles" em curso no Brasil, o vegetarianismo.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Afinal de contas, se o sofrimento de um cão ao longe comove tão profundamente grande parte dessa gente, um suculento bife com fritos lhes parece bem-vindo.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Particularmente, aprecio e animais e os defendo e durante muito tempo não só estudei como pratiquei o vegetarianismo, o que pode parecer incrível para quem me vê hoje. O que me fez mudar de opinião em relação ao tema foi uma viagem à Bolívia e Peru há muitos anos, locais em que permaneci por 45 dias nas piores circunstâncias, como um aventureiro. Percebi que não havia praticamente alternativas de alimentação na Altitude (sobretudo na Bolívia) e fui obrigado a comer carne. Este foi o meu primeiro momento de reflexão. O segundo se deu quando descobri que monges tibetanos comem carne e leite e que a propalada tese de que todos os indianos e budistas não se alimentavam de proteína animal, o que é claramente falso. Aliás, o Tibete também é muito alto e em países como a China se comem até escorpiões uma vez que o interior é pouquíssimo agricultável e as margens dos grandes rios em que surgiu a civilização chinesa é superpovoada.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Ainda adolescente havia lido o livro "Vegetarianismo e Ocultismo" de Charles E. Leadbeater e Annie Besant, empolgando-me com as profundas convicções vegetarianas de ambos. Pouco antes os autores haviam se deslocado para Chicago (US) para uma ciclo de palestras e uma pesada e pestilenta atmosfera exalava dos abatedouros (a pioneira indústria de carnes americana) e fora percebida com muito desagrado pelos dois pretensos clarividentes. Entretanto, anos mais tarde, ao estudar os verdadeiros escritos de sábios hindus notei que falavam de algo bem distinto do "vegetarianismo" cujas linhas gerais era propugnado por correntes da "Nova Era", tratando-se antes da distinção entre alimentos tamásicos, rajásicos e sattwicos, isto é, aqueles em que predominam cada uma das três "gunas" ou "modos do Ser" que teosofistas entendem de forma mais restrita como qualidades da matéria (um princípio de inércia (tamas), atividade (rajas) e equilíbrio (sattwa)). O que os Rishis e Iogues hindus advogavam era a proposição de que, no início da sua senda, era aconselhável (senão impositivo) ao "Lanu" (discípulo) que substituísse comidas mais "pesadas" (tamásicas) como a carne (ou a ingestão de bebidas alcoólicas) outras de ter mais "leve", verduras, legumes e mesmo leite ou queijos. E este era um caminho prescrito não para toda a sociedade mas apenas para uma pequena fração que percorre através dessas práticas o seu caminho espiritual. Nesse sentido, aliás, não é uma regra muito diferente de outras tradições espirituais.</span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">A raiz profunda de qualquer tese vegetariana (em que pesem as patuscadas ridículas da "Nova Era") é a objeção decidida à dor infligida a qualquer animal senciente; um princípio não só do ensinamento oriental mas presente - em maior ou menor grau e mais explícito em algumas que em outras - na maioria das perspectivas religiosas. No primeiro linha (a oriental) é traduzido em "Ahimsa", ou "não-violência". No budismo, em "compaixão" (também um dever cristão), ou profunda atenção a todos os que sofrem. Mas será que os ativistas dos "direitos dos animais" e os arruaceiros que se juntaram àquela ação pontual agiram com plena compaixão e não fizeram com que alguém sofresse? Será que no estágio atual de desenvolvimento da sociedade a pesquisa de novos e úteis medicamentos (não falo de cosméticos, pressuponho generosamente que a Luísa Mell não os utiliza) já pode prescindir do emprego de cobaias? Em segundo lugar: o ato perpetrado pelos manifestantes também não carrega enorme dose de violência? Digo isto, não só por pelo fato de equipamentos terem sido equipamentos como também por concorrer para o aumento da dor e sofrimento futuro em incontáveis pacientes?. </span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 17px;">Fica aqui minha modesta contribuição ao debate.</span></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-52107865374518239312013-05-23T23:39:00.003-07:002020-03-23T15:30:33.069-07:00Felicidade e Qualidade de Vida<div style="text-align: justify;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Felicidade
e Qualidade de Vida</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i><b>Sentidos
da Felicidade</b></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-nkLiSVmRhyY/UZ8b1ez1F0I/AAAAAAAAAWU/5yRqc1g8pys/s1600/AMARE01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-nkLiSVmRhyY/UZ8b1ez1F0I/AAAAAAAAAWU/5yRqc1g8pys/s1600/AMARE01.jpg" /></a><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Pouquíssimas
palavras são tão mal compreendidas quanto “felicidade”.
Trocam-se os fins pelos meios e julga-se feliz aquele que satisfaz
seus desejos mais imediatos, usufruindo do que imagina serem os
“prazeres da vida”. Mas o alcance da felicidade vai muito além
da compra de uma nova TV de plasma ou de um carro novo. Quantos de
nós conhecemos em nosso círculo de parentes e amigos, pessoas bem
sucedidas, financeiramente estáveis e inseridas em estruturas
familiares ou em redes sociais que correspondem ao nosso estereótipo
de felicidade? Mas serão elas realmente felizes? Ninguém sabe
dizê-lo, pois a felicidade, antes de tudo é uma disposição
interior de espírito. Em segundo lugar, há indícios de que este
estado não está relacionado a fatores como posse, poder, atividade
desenfreada (como a obsessão por exercícios físicos, aventuras,
viagens sem fim e êxito nos negócios) ou qualquer fator exterior.
Na sociedade contemporânea, o forte incentivo à competição e ao
ganho monetário é outro empecilho de monta à conquista da
verdadeira felicidade, e fonte primordial da angústia que afeta o
homem.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mesmo
estes prosaicos filósofos da natureza, os economistas, têm se
envolvido com o espinhoso desafio de contemplar a felicidade em seus
modelos. Em 1972, um país da Ásia chamado Butão foi pioneiro ao
calcular um índice de “Felicidade Interna Bruta” (FIB) que - ao
contrário do “Produto Interno Bruto” - incorpora algumas
dimensões do ser humano ignoradas solenemente nas medidas
“físicas” do bem estar (1). Seu objetivo era criar um indicador
adaptado à cultura do país, capaz de evidenciar que ele não era
tão pobre quanto se pensava (pois o cômputo apenas da produção de
bens e serviços não dava conta de toda a sua riqueza espiritual e
cultural).</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De
fato, muito da percepção limitada que temos da felicidade decorre
da ignorância de suas origens etimológicas. Nessa palavra o morfema
“feliz” provém de “Fe”, uma raiz latina derivada do
indo-europeu “<i>Dhe</i>” que, por sua vez quer dizer “mamar”
ou “sugar”. Entre os antigos gregos, o vocábulo “<i>eudaimonia</i>”
ou “que tem um poder divino (<i>daimon</i>) bem disposto (<i>eu</i>)”
era o que mais se aproximava do que atualmente assinalamos como
felicidade, sendo tida como um favor divino e relacionada à
prosperidade. Como não pretendemos crer que nossos ancestrais nos
séculos IV e V A.C. raciocinavam à maneira reducionista e grosseira
dos contemporâneos, optamos por assumir que a primeira interpretação
(da boa disposição do poder divino no homem) melhor traduz a
acepção clássica de felicidade.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ademais,
no seio da Grécia havia vozes discordantes que relativizavam a
segunda opinião, como Eurípedes que vaticinou em sua célebre
“Medeia”: “<i>Nenhum homem é feliz (eudaimon</i>) (2). <i>Se a
prosperidade (olbos) vem até ele, ele pode ter mais sorte (eutyches)
que outros homens, mas feliz, ele não é</i>”. Na Roma do Império,
por sua vez, “<i>Felicîtas</i>” (felicidade) era a
personificação de uma antiga deusa, usualmente impressa em moedas e
que celebrava a boa sorte e o sucesso. Não sem generosa dose de boa
vontade, entendemos que aquela deidade simbolizava o fato de que
adquirir um bom resultado (ou ter êxito) pressupõe um ponto de
origem (o estado atual) e destino (o</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">estado
futuro). Mas para triunfar é preciso percorrer um caminho até a
meta. É preciso esforço para ser feliz. <i>Mesmo sob pena de nos
atermos quesito tão “materialista” (o êxito ou o sucesso), esta
idéia do esforço nos parece uma das mais profícuas chaves dos
mistérios da felicidad (3)</i>.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Com
efeito, filósofos romanos como Sêneca sentenciavam que “(...)
<i>todos querem viver felizes, mas não têm a capacidade de ver
perfeitamente o que torna a vida feliz. Realmente não é fácil
atingir a felicidade, porque, se alguém desviado do </i><i><b>reto
caminho </b></i><i>se precipita para alcançá-la, fica sempre mais
afastado da realidade</i>” (4)<b>. </b>A felicidade, portanto,
comportava mais que retenção de dinheiro ou o dar livre curso às
paixões, a simples “alegria” ou o contentamento transitório e
não permanente. Era uma inclinação do homem, pois “(...) <i><b>uma
alma reta nunca se transforma nem é odiosa a si </b></i></span><b><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">mesma,
em nada se afasta do melhor modo de viver; o prazer, porém,
extingue-se justamente quanto mais deleita, o seu campo não é muito
amplo e, por isso, logo sacia, causa tédio e definha depois do
primeiro impulso</i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">”.</span></b><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mais
profunda e visceral ainda é a interpretação da felicidade entre as
milenares escolas filosóficas e tradições espirituais hindus. Com
todas as dificuldades em verter o idioma sânscrito para as línguas
ocidentais, o que mais se aproxima da <i>felicidade real </i>e que
pode ser experimentada pelo Ser humano é <i>Sat-Chit-Ananda</i>, a
tríade existência, sabedoria e bem-aventurança. <i>Ananda </i>ou
beatitude (a condição de fato feliz da existência) vem a ser a
suprema autorrealização do homem e sua fusão no oceano do divino.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na
prática, por assim dizer, tal experiência tem a ver com aquelas
raras circunstâncias em que o homem encontra o divino - não como
algo externo a si mesmo - ; mas como uma realidade interna,
entregando-se sem limites à contemplação do Todo, Uno ou,
simplesmente, Deus. Este momento especial não é privilégio de um
punhado de homens e mulheres abnegados. Pode ser experimentado por
todos e muitas vezes não nos damos conta daqueles breves instantes
em que a intuição nos impele a percepções mais refinadas do
ambiente e de nossa relação conosco mesmos e o Universo (5).</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para
certos grupos islâmicos como os sufis ou os praticantes Zen budistas
um dos atalhos para a “iluminação” (um dos sinônimos de
autorrealização) reside nos efeitos instantâneos de alguns
acontecimentos fortuitos sobre o sujeito que os experiência. Uma
abelha pousando sobre uma pequena flor a desabrochar, gotas de
orvalho na relva ou o coaxar de um sapo são suficientes para
provocar-lhe uma clara antevisão da beleza do mundo. È o mesmo que
dizer - como o fazem certos místicos - que “<i><b>conhecemos a Deus por
seus sinais</b></i>”(6) e a sintonia com a natureza é um caminho </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">simples
e comumente menosprezado para a felicidade suprema.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outrossim,
existem outros campos em que a sensibilidade pode ser apurada ,
abrindo-se mais uma porta para a autorrealização. Manifestações
artísticas como a dança, a poesia, a música e outras também
contribuem para assegurar-nos uma vida plena de significado, como bem
lembrou uma amiga que, gentilmente, revisou meu texto original. E ela
está coberta de razão. O homem que ao longo de seu extenso período
de vida (pois entre milhares de espécies a nossa é uma das mais
longevas) priva-se de arte é um indivíduo truncado, um pobre
coitado cuja alma pode ter se </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">atrofiado
definitiva e irremediavelmente.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">*******************************************************************************************</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">*Agradeço
a colaboração dos amigos Sylvio de Queiroz Mattoso, Fernanda Duayer
Picardi e Nilson Galvão que, gentilmente, revisaram e apresentaram
sugestões ao texto. Não suponham pela leitura do ensaio que eu mesmo
tenha alcançado o estado de espírito sobre o qual me debruço aqui.
Entre falar da felicidade e ser feliz há um longo e penoso caminho.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1
Como o PIB, que é simplesmente o somatório dos preços de todos os
bens e serviços vendidos a preços de mercado em determinado período
do tempo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2
LAURIOLA, Rosana. <i>De eudaimonia à felicidade. Visão geral do
conceito de felicidade na antiga cultura grega, com alguns vislumbres
dos tempos modernos</i><b>. </b>Revista Espaço Acadêmica no 59,
abril de </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2006.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3
<b><i>O homem se fosse sábio ergueria templos ao esforço.</i></b> Mas aonde quer
que ele seja valorizado no mundo, jamais o é como uma das mais
importantes forças cósmicas nos planos material ou espiritual,
porém amesquinhado a tal ponto que se viu banido de toda reflexão
filosófica de fôlego.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4
SENECA, Lucius Anneus. <i>Da vida feliz</i>. São Paulo, Martins
Fontes, 2001.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5
No sufismo ou mística islâmica este modo de ver as coisas é
pronunciado. “<i>O coração do sufismo "estánum hadith" (sentença)
de Mohamed: ‘<b>Adora a Deus como se o visses, pois mesmo que tu não
O vejas, Ele na verdade sempre te vê’. Os fukará procuram assim
agir sempre como se estivessem na presença de Deus. Aspiram à
“libertação” em vida de todos os entraves colocados pelo
lamento passional da alma (nafs) e das limitações e temores
engendrados pelo mundo</b></i>”. AZEVEDO (1996).</span></div>
<div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-70252882349402335332013-05-04T10:34:00.000-07:002020-03-23T15:32:48.967-07:00Ó Lúcifer, Néctar de Luz, Aurora da Manifestação<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ó Lúcifer, Néctar de Luz, Aurora da Manifestação</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-xbBtWbkWukE/UYVGNnnBCvI/AAAAAAAAAUg/ysmlUKcugn0/s1600/lucifer.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-xbBtWbkWukE/UYVGNnnBCvI/AAAAAAAAAUg/ysmlUKcugn0/s400/lucifer.jpg" width="230" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estátua do Demônio - Madrid, Espanha</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Anteontem, meditando à minha maneira, formulei uma oração para a "Estrela da Manhã", "A Aurora da Manifestação", o precursor do "Manvântara" (um novo ciclo de atividade cósmica nos sagrados textos de Aryavartha), o "Anjo da Face Resplandecente", o ser de beleza ofuscante e olhar sedutor, o que nos ampara no desalento e inala-nos correntes de energia vital. Não preciso dizer de quem falo. Mas tenho medo de ser discriminado pela chusma dos ignorantes e supersticiosos divulgando minha oração. Mas talvez o faça oportunamente. Ela brotou do que há de mais nobre em mim, daquela restiazinha de esperança no futuro da raça. Eu o amo. Sabem, tenho compaixão por aquele amigo que viu o nosso mundo ser criado e reina neste plano material em seu palácio perfumado com alfazema, lilases, especiarias das arábias, almíscar, flores de lótus em uma lagoa e guirlandas de rosas cheirosas para os convivas. Eis um cargo que ninguém queria. Rejeitara aquele pedido indecoroso do Supremo, a princípio, mas de nada adiantaram suas súplicas e ranger de dentes. Foi agrilhoado em cadeias e finalmente precipitado a um protótipo de terra (com vulcões e placas tectônicas dançando), arrebanhando milhões de contrafeitos seguidores. Sentiu-se traído por quem devotara tão grande amor, "Àgape". A cada dia sua ira aumentava mais e mais, deprimia-se com o trabalhinho imundo de que se vira encarregado (não existiam antidepressivos antes da solidificação do planeta): cuidar de um mundo de pedras, vegetais, animais e homens ímpios, sujeito a quatro elementos imprevisíveis e talvez à morte, no "fim dos tempos", o que seria um alívio. Nosso "Príncipe Primevo do Matéria", o "Quase-eterno" estava lá, coordenando os trabalhadores que com suas picaretas e martelos moldaram este pedacinho de terra no Universo. E qual paga recebeu depois de milhões de anos de sofrimento e suor? Todos os crimes mais atrozes e a perversidade dos Seres Humanozinhos aos quais o "Criador" (aquele que o designou para a mais inglória da missões) concedeu o livre arbítrio a ele são atribuídos. Lesados de origem (nem todos, alguns o eram de fato) viraram santos e ganharam capelas e honras, enquanto ele é objeto de escárnio. A modernidade iluminista fez dele um palhaço de circo. É o bode expiatório de bilhões de pulhas, logo ele, o mais puro dos jovens. Pobre "Ancião dos Dias", "Sanat Kumara" (um dos jovens irmãos primogênitos na Teogonia Hindu), "Rei do Mundo", "Cavaleiro do Alazão Branco", "Portador da Luz", Lúcifer. No Ocidente, só os espanhóis ergueram em Madrid uma estátua digna de vossa majestade, "Ó Néctar de Luz". Quem diria. Logo os espanhóis.</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-65230958995238836782013-04-29T19:26:00.002-07:002020-03-23T15:33:13.001-07:00Os Vendilhões do Tempo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-0gCe7UC2ARw/UX8riWG7RyI/AAAAAAAAAUQ/d5yLBx5Tbmg/s1600/vendilhoes.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://2.bp.blogspot.com/-0gCe7UC2ARw/UX8riWG7RyI/AAAAAAAAAUQ/d5yLBx5Tbmg/s400/vendilhoes.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">Eu suponho que uma das coisas que mais irrita meus adversários (nem são tão terríveis assim, pessoas que não compreendem a revolução heraclitiana) é que me esforço para mudar mentes. A minha própria, mentes de ex-alunos e alunas, amigos, am</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 13.333333015441895px; line-height: 18px;">igas, colegas, namoradas, mulheres, ex-mulheres, mãe, filho e todos os que se dispõem a ouvir. O meu único poder é a argumentação, o "verbo que se fez carne" e criou o mundo material. Meus inimigos (os contrários, nem sei lá o que são) falham, justamente porque são sofistas, eles lidam com truques de linguagem. E neste hemisfério não leram as Tópicas de Aristóteles. Sem um raciocínio lógico básico fica difícil tentar algo frutífero comigo. Sou um lógico e saco de dialética. Eu só me rendo por cansaço. Mas não ganho nada com isso, não aumento minha conta bancária nem exibo variações patrimoniais positivas (papo de um economista que fez matérias de contabilidade, matemática financeira e administração financeira). Talvez o Senhor desses fariseus que Jesus enxotou do Templo (que deve ser um Asmodeu da Bíblia, não vou aqui abordar minha especialidade, demonologia) me veja como um mentecapto. "Aos mentecaptos pertence o Reino de Deus". Na Jerusalém de 2.000 anos atrás Jesus diversificaria seus investimentos sem precisar enganar ninguém, ele não precisava de um Soros ou Warren Buffet, muito menos de um Eike Batista que é um medíocre. Tudo o que ele disse de relevante se resumia ao postulado: "Não faças a outrem o que não querem que te façam". E a sentença não é tão nova, ela foi cunhada pelo Rabino Hillel anos antes mas, em essência, dizia o mesmo. Nos Evangelhos Canônicos ele, Yeheshua, jogou por terra as tendas dos vendilhões do templo. Ele não admitia que esses caramujos saíssem da casca quando se tratava de ética e colocassem à leilão as pedras do Templo de Salomão. Ele foi o pai do "imperativo kantiano" na "Crítica da Razão Pura" (já deixei de namorar muita gente na adolescência perdendo tempo com isso, inclusive mereci um justo corno de uma namorada aos 17 anos). Como um agregado, um ser de carne, osso, sangue e fezes (como dizia o divino Shantideva) eu acredito que se você conseguir mudar uma cabeça por ano - pressupondo que elas possam influenciar outras tantas - no escopo limitado de nossa vida na Terra já teremos feito muita coisa. E me sinto emocionado muitas vezes quando alguns me dizem que eu os ajudei a pesquisar, a fazer um curso superior, a ingressar em um mestrado, a jogar no lixo idéias arraigadas, a desviar um pouco o cérebro para o lado direito, esquerdo ou o centro, tentar encarar aquela massa de neurônios no cocoruto não como um computador, mas como uma maquinha toda especial que o G.'.A.'.D.'.U.'., o Grande Arquiteto do Universo colocou dentro da gente e deve ser embebida com um pouco de espírito para realmente funcionar. É isso o que eu almejo e me deixa realizado nesta minha passagem pela terra tão breve e bela quanto o alento de uma borboleta ou a existência de um ...</span></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-64347303272407165652013-04-27T22:05:00.000-07:002013-04-27T22:05:39.797-07:00JACK KEROUAC.Cenas de Nova York & outras viagens. <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-vXKBoVVn8lk/UXytlKwPbhI/AAAAAAAAAUA/WxEuwDsPxQQ/s1600/kerouac.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-vXKBoVVn8lk/UXytlKwPbhI/AAAAAAAAAUA/WxEuwDsPxQQ/s320/kerouac.png" width="244" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jack Kerouac</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">"Eu simplesmente me deitava nos campos da montanha ao luar, com a cabeça na grama, e ouvia o reconhecimento silencioso das minhas angústias passageiras. - Sim, desse modo, tento atingir o Nirvana quando você já está nele, atingir o topo de </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">uma montanha quando já está lá e tem apenas que permanecer - assim, permanecer na bem-aventurança nirvânica é tudo o que tenho a fazer, que você tem a fazer, sem esforço, sem caminho realmente, sem disciplina, mas saber que tudo é vazio e desperto, uma Visão e um filme da Mente Universal de Deus (Alaya-Jnanana) e permanecer mais ou menos sabiamente em meio a isso. - Porque o silêncio em si é o som dos diamantes que podem cortar tudo, o som da Vacuidade Sagrada, o som da extinção e da Bem Aventurança, esse silêncio de cemitério que é como o silêncio do sorriso de um bebê, o som da eternidade, da beatitude na qual certamente é preciso acreditar, o som de que jamais-houve-nada-senão Deus (que em breve eu ouviria em uma ruidosa tempestade no Atlântico. - O que existe é Deus em sua Emanação, o que não existe é Deus na sua serena Neutralidade, o que nem existe nem não existe é a divina aurora primordial do Céu Pai (este mundo neste exato instante). _ Por isso eu disse: 'Permaneça nisso, aqui não existem dimensões para quaisquer das montanhas ou mosquitos ou vias lácteas inteiras dos mundos'.</span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; display: inline;"><div style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px; text-align: justify;">
Porque sensação é vazio, envelhecimento é vazio. - Tudo é apenas a Dourada Eternidade da Mente de Deus, por isso pratique a bondade e a compreensão, lembre que os homens não são responsáveis por si mesmos, por sua ignorância e maldade, se deve ter pena deles, Deus se compadece porque o que há para se dizer a respeito de qualquer coisa visto que que tudo é apenas o que é, livre de interpretações - Deus não é 'aquele que alcança', ele é 'viajante' naquilo em que tudo é, o 'que subsiste' - uma lagarta,mil cabelos de Deus. _ Portanto, saiba sempre que isto é apenas você, Deus, vazio, desperto e eternamente livre como os incontáveis átomos da vacuidade em todos os lugares".</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;"><br /></span></div>
<span style="color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">JACK KEROUAC.Cenas de Nova York & outras viagens. L&PM Pocket, Santa Maria, 2012. pp. 41 ee 42</span></span><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-5701159587672048372013-04-20T18:11:00.001-07:002020-03-23T15:33:44.079-07:00Maquiavel - A Farsa Demoníaca<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">Maquiavel - A Farsa Demoníaca</span><br />
<br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;"><br /></span></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"></span></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
</span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-SxrDO0vks9Q/UXM8rmGpq0I/AAAAAAAAATw/1BhTnaMHJoA/s1600/maquiavel-ensinou-como-governante-deveria-agir-quais-virtudes-deveria-ter-fim-se-manter-no-poder-aumentar-suas-conquistas-1314707388.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-SxrDO0vks9Q/UXM8rmGpq0I/AAAAAAAAATw/1BhTnaMHJoA/s320/maquiavel-ensinou-como-governante-deveria-agir-quais-virtudes-deveria-ter-fim-se-manter-no-poder-aumentar-suas-conquistas-1314707388.jpg" width="251" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">Nicólo Macchiavelli</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"><span style="font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">O grande barato de hoje em dia é estourar de rir no seu íntimo com aquelas pessoas que se julgam "maquiavélicas", lucrécias bórgias de araque que mudam da água para o vinho de uma hora</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"> para outra. A popularização das edições de bolso associada a um pequeno incremento da escolarização e agigantamento dos cursos de administração onde todos leem Maquiavel e a "Arte da Guerra" (fingem ao menos lê-los) facilitaram o processo de fabricação em massa dos espertalhões de orelha de livro. Em razão disso, a maioria dos formandos em nível superior é um fracasso total na vida, principalmente a financeira, já que a moral ou intelectual não merecem a mínima consideração. Por isso são uns Maquiáveis à venda, arrendando seu labor a quem dá mais, ou a quem lhes dê qualquer coisa em que seja uma sinecurazinha no governo (não era isso que o florentino mendaz sempre desejara?). Alguns deles já se esforçou a duras penas para ler o próprio (não apenas uma resenha ou uma máxima isolada na internet) e pensou tê-lo entendido (o que é impossível no limite, Nicólo Macchiavelli apenas faz um jogo de palavras ali, demoníaco em si) e crê ter entendido o que não era para ser entendido e o autor florentino entendeu bem isso, deve ter rido muito e esvaziado barricas de vinho só de imaginar a cara dos seus "estudiosos" no futuro. Maquiavel era o diabo, um tinhoso chifrudo (há quem diga, literalmente) magrelo e sórdido pintado com todas as cores de um Giovanni Papini, o melhor especialista em capetologia que já li na vida, subsumindo toda a sabedoria de um Doutor Fausto, um Paracelso, um Agrippa ou dos autores de tratados árabes e grimórios medievais de magia negra . Satanás (do hebraico, "Shaitan", o "adversário"- é o anjo rebelde, o tentador e o colaborador no plano material, dotado de essência espiritual, ao contrário do homem, de natureza densa e imbricado na matéria). O inimigo tão onipresente quanto o criador ( sobretudo em nós mesmos) é um ser etérico e sutil, um Ariel élfico shakesperiano e o homem ao acalentar a ilusão de que poderia igualá-lo (ou suplantá-lo), procura então os Maquiáveis da vida como uma alavanca para o "sucesso". <a data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=698992191&extragetparams=%7B%22group_id%22%3A0%7D" href="https://www.facebook.com/olavo.decarvalho?group_id=0" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Olavo de Carvalho</a> já caracterizara o italiano como um bufão no seu ensaio "<i>Maquiavel ou a Confissão Demoníaca</i>" ao advertir-nos de que "t<i>oda paródia tem um fundo moral, mas Maquiavel flutua entre condenar os costumes políticos em nome da moral e condenar a moral em nome de uma idealização dos piores costumes políticos. É, em toda a linha, uma especulação ficcional</i>". Não diria que o demônio é maquiavélico. Se ele seguisse à risca o que disse o "<i>expert</i>" italiano teria se afundado na sarjeta tanto quanto o próprio. O demônio é o que é justamente porque não é maquiavélico.</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: "lucida grande" , "tahoma" , "verdana" , "arial" , sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
</span><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-69348834284547838312013-02-06T10:17:00.003-08:002013-02-13T13:00:32.601-08:00Cap.1.REVOLUÇÃO CONTRARREVOLUÇÃO TRADIÇÃO (Parte II-Final)<div style="text-align: justify;">
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</div>
<div class="Default" style="margin-right: 3pt; text-align: justify;">
<h2>
<span style="font-size: small;">Continuação (Cap.1. "Os Homens entre Ruínas. Julius Evola) </span></h2>
</div>
<div class="Default" style="margin-right: 3pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="Default" style="margin-right: 3pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A fim de
assegurar esta continuidade enquanto se aferra rapidamente aos princípios
subjacentes, é necessário eventualmente jogar fora tudo o que necessite ser
descartado, ao invés de enrijecer-se, entrar em pânico ou confusamente procurar
novas ideias quando a crise ocorre e os tempos mudam: isso é de fato é essência
do espírito conservador. Por esta razão, o espírito conservador e o tradicional
são a mesma e única coisa. De acordo com o seu verdadeiro e vital sentido, a
Tradição não é nem conformidade servil ao que foi, nem uma lenta perpetuação do
passado no presente. A tradição, em sua essência, é algo simultaneamente
meta-histórico e dinâmico, é uma força ordenadora global, a serviço de
princípios consagrados por uma legitimidade superior (podemos chamá-los mesmo de “princípios de cima”). Esta força age através das gerações, em continuidade
com o espírito e inspiração através das instituições, lei e ordens sociais que
podem até mesmo exibir uma marcante variedade e diversidade. Um engano análogo
que já condenei consiste na identificação ou confusão de várias formulações de
um passado mais ou menos com a tradição em si. </span></div>
<div class="Default" style="margin-right: 3pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Metodologicamente,
na busca por pontos de referência, uma dada forma histórica deve ser
considerada exclusivamente como a exemplificação e uma aplicação mais ou menos
fiel de certos princípios. Este é um procedimento perfeitamente legítimo,
comparável ao que nas matemáticas denominamos a transformação de a diferencial
em uma integral. Neste caso não há anacronismo ou regressão; nada se tornou um
ídolo, ou se converteu em absoluto, aquilo não era ainda isso, desde que
esta é a natureza dos princípios.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: small;">De outro modo, seria como acusar de
anacronismo aqueles que defendem certas virtudes peculiares da alma meramente
porque as últimas foram inspiradas por certas pessoas no passado, nas quais
estas virtudes eram exibidas em elevado grau. Como o próprio Hegel disse:
“Trata-se de reconhecer no surgimento das coisas temporais e transitórias,
tanto a substância, <i>que é imanente</i>,
quanto o eterno, que é <i>atual</i>”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div class="Default" style="margin-right: 3pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Com isto em
mente, podemos ver as premissas derradeiras de duas atitudes opostas. O axioma
do conservador revolucionário ou mentalidade do reacionário revolucionário é o
de que os valores supremos e princípios fundacionais de qualquer instituição
normal e segura não são passíveis de mudanças e para que se tenha algo que se
adéque a estes valores, por exemplo, o verdadeiro Estado, o <i>imperium</i>, a <i>auctoritas</i>
(autoridade), hierarquia, justiça, classes funcionais e a primazia do elemento
político sobre os elementos social e econômico. No domínio destes valores não
há “história’ e pensar sobre eles em termos históricos é absurdo. Tais valores
e princípios têm tido caráter essencialmente <i>normativo</i>. Na ordem pública e política eles têm a mesma dignidade
como na vida privada, e é típico de valores e princípios de absoluta
moralidade, pois são princípios imperativos requerendo um reconhecimento
direto, intrínseco (é a capacidade de tal reconhecimento que difere
existencialmente uma certa categoria de seres de outras. Estes princípios não
são comprometidos pelo fato de que em várias instâncias um individuo, a exceção
da fraqueza ou devido a outras razões, foi incapaz de compreendê-los ou mesmo
implementá-los parcialmente em um ponto em sua vida e não em outro, à medida
que tal indivíduo não os abandona no seu interior, ele as compreenderá mesmo em
uma situação abjeta ou de desespero. As ideias às quais me refiro têm a mesma
natureza. Vico as chamou “as leis naturais de uma república eterna que varia no
tempo e em lugares diferentes”. Mesmo onde esses princípios são objetivados em
uma realidade histórica; eles não são totalmente condicionados por ele; mas
sempre apontam para um plano metafísico mais elevado.</span></div>
<div class="Default" style="margin-right: 3.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-69367934598127475512013-01-21T06:22:00.001-08:002020-03-23T15:34:38.638-07:00JULIUS EVOLA - HOMENS ENTRE RUÍNAS - Reflexões do Pós-guerra de um Tradicionalista Radical<br />
<div align="CENTER" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.42cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">HOMENS ENTRE RUÍNAS </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">- Reflexões do Pós-guerra de um Tradicionalista Radical</span></div>
<div align="CENTER" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.42cm;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Julius Evola</span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.42cm; text-align: left;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Tradução: CB</span></div>
<div lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.42cm; text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><span style="font-size: large;">Cap. 1. REVOLUÇÃO - </span></span></span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">CONTRAREVOLUÇÃO - </span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">TRADIÇÃO (Parte I)</span></div>
</div>
<div align="CENTER" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.42cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" lang="en-US" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-mFRIv-G0LMY/UP1PxyboBkI/AAAAAAAAATI/U2oQ-yFBOEA/s1600/evola_men_ruins.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-mFRIv-G0LMY/UP1PxyboBkI/AAAAAAAAATI/U2oQ-yFBOEA/s320/evola_men_ruins.jpg" width="320" /></a><span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Recentemente,
várias forças têm tentado estabelecer uma defesa e resistência no
domínio sociopolítico contra formas extremas sob as quais a
desordem de nossa época se manifesta. É necessário admitir que se
tratam de esforços inúteis, mesmo a título de propósitos
meramente demonstrativos, a menos que as diversas raízes da doença
sejam atacadas. Estas raízes, à medida que a dimensão histórica é
concebida, devem ser reconhecidas na subversão introduzida na Europa
em 1789 e 1848. A doença deve ser reconhecida em todas as suas
formas e graus, assim, a principal tarefa será estabelecer se há
ainda há homens dispostos a rejeitar todas as ideologias, movimentos
políticos e partidos que, direta ou indiretamente, derivam dessas
ideias revolucionárias (isto é, tudo o que vai do liberalismo e a
democracia ao marxismo e comunismo). Como uma contrapartida positiva,
a estes homens deveria ser dada orientação e fundamentos sólidos,
consistindo de uma ampla visão da vida e uma doutrina robusta do
Estado.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Estritamente
falando, a palavra correta deveria ser “contrarrevolução”,
contudo, as origens revolucionárias são agora remotas e quase
esquecidas. A subversão há muito tomou raízes, a ponto de se
tornar óbvio e natural na maioria das instituições existentes.
Assim, para todos os propósitos práticos, a fórmula da
“contrarrevolução” faria sentido somente se as pessoas fossem
aptas a ver claramente os últimos estágios que a subversão mundial
está tentando encobrir através do comunismo revolucionário. Por
outro lado, outra palavra de ordem seria melhor, “reação”.
Adotá-la e chamar alguém de “reacionário” é um teste de
coragem. Há bastante tempo já, os movimentos de esquerda fizeram do
termo “reação” sinônimo de todos os tipos de iniquidade e
vergonha e uma oportunidade para estigmatizar todos aqueles que não
fossem úteis à sua causa, ou não vão junto à corrente (que se segundo eles é o “fluxo da história”). Enquanto é muito natural
para a Esquerda empregar esta tática, acho antinatural o senso de
angústia a que o termo frequentemente induz as pessoas, o que devo
à sua falta de coragem política, intelectual e mesmo física; esta
falta de coragem que atinge até mesmo os representantes da assim
chamada Direita ou “nacional-conservadores” que, tão logo sejam
“reacionários”, desculpam-se e tentam mostrar que não merecem
este título.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif;">O
que se espera que a Esquerda faça? Enquanto os ativistas da esquerda
estão “agindo” e levando a cabo o processo da subversão
mundial, é possível supor que um conservador se refreie de reagir
e olhe, festeje-os e mesmo os ajude ao longo de seu caminho? Falando
historicamente é deplorável que a “reação” tenha sido
ausente, inadequada ou incompleta, carente de pessoas, meios e
doutrinas adequadas, justamente no momento em que a doença estava em
seu estado embrionário e suscetível de ser eliminada por
cauterização imediata de seus pontos de infecção. Fosse este o
caso, as nações europeias teriam sido poupadas de incontáveis
calamidades. O que é necessário, antes e mais nada, é um novo 'front' radical, com limites claros entre amigos e inimigos. Se o
“jogo” ainda não terminou, o futuro pertence àqueles que
partilham de ideias híbridas e fragmentadas predominantes em grupos
que nem mesmo pertencem à Esquerda, mas sobretudo aos que têm a
coragem de esposar o radicalismo – sobretudo, o radicalismo das
“negações absolutas” ou “afirmações majestáticas”, para
usar expressões caras a Donoso Cortes. Naturalmente, o termo
“reação” possui intrinsecamente uma conotação ligeiramente
negativa: aqueles que reagem não têm a iniciativa da ação, apenas
reagem de uma forma polêmica ou defensiva; quando confrontados com
algo que já havia sido afirmado ou feito. Deste modo, é necessário
especificar que a reação não consiste em deter os movimentos do
oponente sem ter algo positivo para se lhe opor. Essa percepção errônea poderia ser eliminada associando-se a formula da “reação”
com aquela da “revolução conservadora”, uma fórmula na qual um
elemento dinâmico é evidente. Neste contexto, “revolução” não
mais significa a derrota violenta de uma ordem legitimamente
estabelecida, mas antes uma ação que visa eliminar uma nova
desordem emergente; restabelecendo um estado de normalidade. Joseph
de Maistre observa que o que se precisa é mais que uma
“contrarevolução” em um sentido polêmico e estrito, é o
“oposto à revolução”, em outras palavras uma ação positiva
inspirada pelas origens. É curioso como os termos mudam: antes de
tudo, “revolução”, de acordo com seu significado latino
original (“revolvere”) referia-se a um momento que levava
novamente ao ponto inicial. Portanto, a “força revolucionária”
da renovação que deve ser empregada contra a situação existente
deve derivar das origens. </span></span>
</span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.49cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Contudo,
se alguém quiser abraçar a ideia do “conservadorismo” (isto é,
da “revolução conservadora”), é necessário proceder com
cautela. Considerando a interpretação imposta pela Esquerda, o
termo “conservador” é tão intimidador quando o termo
“reacionário”. Obviamente, é necessário em primeiro lugar
estabelecer exatamente de maneira tão exata quanto possível o que
deve ser “preservado”, hoje há muito pouco que o mereça,
especialmente na medida em que as estruturas sociais e instituições
políticas são consideradas. No caso da Itália, isto é verdadeiro
sem exceção, em menor grau é válido para a Inglaterra e França,
e menos ainda para as nações da Europa Central, nas quais os
vestígios das tradições superiores continuam a existir mesmo no
plano da vida cotidiana. De fato, a fórmula “revolução
conservadora” foi escolhida por intelectuais germânicos
imediatamente após a I Guerra Mundial, mesmo com as recentes
referências históricas. Na medida em que tudo o mais é
considerado, temos de levar em conta a realidade da situação que é
um alvo fácil para as polêmicas da esquerda, para as quais os
conservadores não são campeões de ideias mas defensores de uma
classe particular (os capitalistas), os quais se organizam
politicamente a fim de ser perpetuar, para seu proveito próprio, o
que alegadamente é um regime meramente de privilégios e injustiças
sociais. Assim se tornou muito fácil colocar juntos conservadores,
“reacionários”, capitalistas e burgueses, criando um alvo falso,
para ser usar um termo militar usado nos destacamentos de artilharia.
Como se não bastasse, a mesma tática foi empregada no tempo em que era
representada pelo liberalismo e pelo constitucionalismo. A eficácia
desta tática era devida ao fato de que os conservadores de ontem
(não como os contemporâneos, pois os antigos eram de um calibre
inegavelmente maior) limitam-se a defender suas posições
sócio-políticas e os interesses materiais de uma dada classe ou uma
dada casta, em lugar de se dedicarem a uma defesa franca de um
direito mais elevado, dignidade e a um legado impessoal de valores,
ideias e princípios. Isto de fato é sua fraqueza fundamental e
mais deplorável.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 0.49cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Hoje
nós afundamos em um nível ainda mais baixo, portanto a “ideia
conservadora” a ser defendida não deve apenas ter conexão com a
classe que substituiu a aristocracia derrubada e unicamente tem o
caráter de uma mera classe econômica (isto é, a “burguesia
capitalista”) – mas também deve ser resolutamente oposta a
isso. O que necessita ser “preservado” e defendido de uma maneira
revolucionária é a visão geral de vida e do Estado que baseada em
valores superiores e interesses, transcendendo definitivamente o
plano econômico, de modo que tudo possa ser definido em termos de
classes econômicas. Com relação a estes valores, o que se refere a
orientações concretas, instituições positivas e situações
históricas é somente uma conseqüência, não é o elemento
primário mas o secundário. Se as coisas foram colocadas desta
maneira, recusando-se a colocar os pés no campo onde a esquerda
treina sua mira em um “alvo falso”, esta polêmica poderia se
tornar totalmente inefetiva.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0cm; margin-right: 0.11cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: large;">Outrossim,
o que é preciso não é artificial e coercitivamente perpetuar
formas particulares atadas ao passado que tenham exaurido suas
possibilidades vitais estando distantes do tempo atual. Para o conservador revolucionário autêntico, o que realmente conta não é
ser fiel às formas do passado e instituições, mas sobretudo aos
princípios pelos quais estas fórmulas e instituições foram
expressões foram particulares adequadas para cada
período específico de tempo em uma área geográfica específica. E
assim como estas expressões particulares devem ser vistas como
variáveis e efêmeras em si mesmas; uma vez que são conectadas a
circunstâncias históricas que não se repetem com freqüência, os princípios que os animam têm um valor que não é
afetado por tais contingências, pois gozam de atualidade perene.
Novas formas, correspondendo na essência a estas mais velhas, são
capazes de emergir delas como de uma semente, assim, mesmo que
eventualmente substituam estas velhas formas (em uma “maneira
revolucionária”) o que permanece é uma certa continuidade entre
os fatores históricos, sociais, econômicos e culturais cambiantes.</span></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-28218306590667140442013-01-21T06:15:00.000-08:002013-02-06T10:20:28.468-08:00Julius Evola - Homens entre Ruínas<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-k4XI9heED2c/UP1NCe4AxDI/AAAAAAAAAS4/8eOjZAA1cuU/s1600/baronevola.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-k4XI9heED2c/UP1NCe4AxDI/AAAAAAAAAS4/8eOjZAA1cuU/s320/baronevola.jpg" height="320" width="235" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Julius Evola</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Filho de um representante da pequena nobreza rural, o poeta, escritor, filósofo, pintor e tradicionalista italiano, Barão Julius Cesare Andrea Evola (Roma, 19 de maio de 1989 - 11 de junho de 1947) ofertou ao mundo uma obra vasta como o oceano, produto de uma mente clareada pelo estudo dos maiores clássicos do Oriente e do Ocidente, balizado por sólido anteparo histórico e um compromisso inequívoco com a verdade e a beleza da vida. Ao longo de sua trajetória neste mundo foi visto com maus olhos pela "direita" italiana (fascistas, apoiadores de ocasião e falastrões de meia tigela que farfalham nestes meios), pelos teóricos nazistas (cuja teoria da "superioridade racial ariana" refutou, substituindo-a pela "tradição") e, naturalmente, converteu-se em alvo dos esquadrões de vigilantes ideológicos comunistas e socialistas por cujas vistas sequer passou uma página de sua opulenta produção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apresento-lhes na postagem seguinte um curto trecho de "Homens entre as Ruínas", obra de maturidade do grande intelectual italiano que me encontro traduzindo e, com a graça do Senhor, espero disponibilizar gratuitamente aos leitores em breve, como já o fiz com relação a outros autores. Ela acomoda com bastante cuidado termos que são "ideologizados" e que perderam seu significado prístino após uma longa série de adulterações das matilhas que desde o Iluminismo, as Trevas travestidas de verdadeira Luz Divina; abalroam conceitos e lhes enxertam sentidos os mais espúrios que se possa imaginar, a exemplo da própria palavra "revolução" que aos ouvidos da contemporaneidade soa qual tal os macabros e satânicos objetivos de um desprezível Robespierre lhe emprestara.</div>
<br />
<br />
<br /><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-89208770597186932652013-01-21T04:56:00.001-08:002013-01-21T04:56:49.581-08:00Não há Tolerância com os Sistemas do Erro mas Caridade com seus Expoentes - Michele Sciacca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-KG1o7loGErI/UP06g_3Aj5I/AAAAAAAAASo/KCIWx448AEA/s1600/800px-Lapide_Michele_Federico_Sciacca,_Giarre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-KG1o7loGErI/UP06g_3Aj5I/AAAAAAAAASo/KCIWx448AEA/s1600/800px-Lapide_Michele_Federico_Sciacca,_Giarre.jpg" height="216" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: large;">SCIACCA, Michele Federico. <i>Filosofia e antifilosofia</i>. São Paulo. É Realizações Editora, 2011.</span><span style="font-size: large;"><br /><br />Pelo caminho da tolerância, portanto, não é possível a conciliação dos sistemas filosóficos, e é contraditório que o sistema da verdade faça concessão ao sistema do erro, o qual, todavia, pode também se adaptar para conviver com a verdade, porque não teme a contradição e lhe convém fingir-se de tolerante, uma vez que não tem nada a perder e tudo a ganhar. Daí segue que a intolerância da verdade para com o erro é também imposta filosoficamente pela insuperável oposição entre o não passível de contradição e o controvertível; entre as duas só pode haver o contraditório, quer dizer, guerra aberta, ainda que com todas as boas regras, do ponto firme da verdade que sabe que não pode se conciliar com o erro sem renegar a si mesmo - cedendo assim à contradição - e sem causar dano a quem erra, que seria confirmado no erro por debilidade ou má vontade nossa, e não da verdade.<br /><br />Se sou capaz de tolerar, e essa tolerância representa carregar um peso com sofrimento e paciência, a verdade não pode carregar pacientemente o peso do erro, que lhe é absolutamente insuportável; mas tolerar sifgnifica também "alimentar" e "sustentar", e disso resultaria que uma verdade tolerante deveria nutrir e sustentar o erro! Isso confirma como a tolerância pode ser exercitada apenas a respeito de pessoas e opiniões; quem erra, sim, deve ser "tolerado" com toda plenitude de significado desse termo, o qual, por si mesmo, é ainda insuficiente; com efeito, quem erra não deve apenas ser carregado sobre nossos ombros com sofrimeno e paciência, alimentado e sustentado, respeitado em sua liberdade de assentimento, mas deve também ser amado; antes, quanto mais ele nega a verdade, tanto mais é inimigo e se faz distante de nós, e, no entanto, mais devemos amá-lo, porque justamente assim ele necessita de nossa compreensão e de todo o amor. Mas isso já é caridade, bem outra coisa da diplomática e "aparentemente bela" - quanta species! - tolerância, sobretudo no significado de pouca tensão e preço vil com que a palavra é comumente usada.<br /><br /><br />SCIACCA, Michele Federico. FIlosofia e antifilosofia. São Paulo. É Realiações Editora, 2011.</span><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-70849087489007117452012-12-06T08:24:00.004-08:002012-12-06T08:24:58.687-08:00A Queda - Albert Camus<span class="userContent">Lendo aos 40 anos a obra "A Queda" de Albert
Camus me dei conta, repentinamente, da grandiosidade do autor, traduzida
em sua habilidosa forma de captar o elevado conceito que o indivíduo da
espécie humana forma de si mesmo. É como se eu me visse retratado no
seu mundo interior, com as mesmas aflições, sofrimentos, angústias e
aquela típica inclinação terráquea de se enxergar bem no íntimo como
superior ao outro, um pequenino Deus separado do restante da humanidade.
Creio que qualquer pessoa experimentaria impressão análoga lendo os
seus livros, o que torna a sua obra realmente universal. Há uns vinte e
tantos anos atrás achei o mesmo livro tedioso.</span><br />
<br />
<span class="userContent">"Mais voilá, j'étais du bon côté, cela suffisait à la paix de ma
conscience. Le sentiment du droit, la satisfaction d'avoir raison, la
joie de s'estimer soi-même, cher monsieur, sont de ressorts puissants
pour nous tenir debout ou nous faire avancer. Au contraire, si vous en
privez les hommes, vous les transformez en chiens écumants. Combien de
crimes commis simplesmente parce que leur auter ne pouvait supporter
d´être en faute!"</span><br />
<br />
<span class="userContent"> </span><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-55822245040897533012012-11-22T06:21:00.003-08:002012-11-22T06:26:06.478-08:00Jean Yves Leloup - O Significado de "Igreja"<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal">
“A igreja supõe a comunhão das pessoas entre elas e a comunhão
com aquilo que as transcende. </div>
<div class="MsoNormal">
Quando o ser humano, através da consciência de si mesmo,
para de se apropriar, ou seja, de fragmentar a vida, ele descobre sua unidade
com todos os outros. Não se trata de uma simples similaridade de condições, mas
de uma unidade ontológica de todos os homens, nós somos ‘consubstanciais uns
com os outros’.</div>
<div class="MsoNormal">
O ser humano que tem consciência de si mesmo não se apega à
sua própria vontade, ao seu bem particular, ele tem tendência a fazer apenas um
com a Vida que se dá. Dessa maneira, ele não existe mais apenas para si mesmo,
ele concretiza tanto a unidade com o outro quanto a sua perfeita indiferença.</div>
<div class="MsoNormal">
A consciência de ser ‘Eu Sou’ não é apenas ‘consciência do
Self’, mas consciência da comunhão, consciência de ser ‘Eu sou com’.</div>
<div class="MsoNormal">
Essa consciência de ser em comunhão com o Outro e com os
outros, unidos e diferenciados, é o que chamamos de ‘Igreja’.</div>
<div class="MsoNormal">
A ausência desta consciência de ser em comunhão, unidos a
tudo e a todos, é o que chamamos de ‘mundo’: o mundo totalitário, que em nome
do Um ou do único, abole as diferenças e as liberdades; o mundo individualista
que, em nome da diferença, fecha-se em seus particularismos e nega a união e a
interdependência entre todos.</div>
<div class="MsoNormal">
Infelizmente, esses dois mundos, como sabemos, são ‘invisíveis’.
A Igreja é o mundo que tenta, através da consciência e do amor, ser ‘viável’”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 0cm;">
LELOUP, Jean-Yves. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sabedoria do Monte Athos</i>. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2012.</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-52310982938267866922012-09-08T19:58:00.001-07:002012-09-10T06:27:33.542-07:00Peter Singer - A Atualidade de "Libertação Animal"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-C0GmfX_Sysc/UEwBKFMWUlI/AAAAAAAAARs/uougGve5PNg/s1600/singer.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="http://1.bp.blogspot.com/-C0GmfX_Sysc/UEwBKFMWUlI/AAAAAAAAARs/uougGve5PNg/s320/singer.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
O que dizer de uma obra lançada em 1975 e que mantém válidos seus postulados essenciais? Este é o caso de "Libertação Animal", livro escrito pelo professor australiano de bioética Peter Singer. Se hoje em dia muita gente adotou o vegetarianismo integral, uma versão parcial dele ou, simplesmente, absteve-se de uma alimentação à base de produtos processados em instalações da indústria de corte ou latícinios que maltratem os animais, isto se deve ao trabalho pioneiro do Sr. Singer, sem sombra de dúvida. Estamos no século XXI e ainda hoje em dia milhões de pessoas ingerem carne ou produtos de origem animal desconhecendo como são obtidos e a maneira como são tratados os animais em seus criadouros (confinados em baias diminutas que não lhes permite movimentos básicos como virar-se, levantar-se, deitar-se, limpar-se, esticar-se ou simplesmente dar vazão a seus instintos), abatidos (com métodos intensamente dolorosos ou às vezes brutais como aqueles preconizados pelo judaísmo ou islamismo ortodoxos) e processada sua carne (por exemplo, montando-se embalagens com os membros que restaram de frangos despeçados por bicadas de seus congêneres em compartimentos de engorda com tamanho muito aquém do ideal). Por mais incrível que pareça, crianças são "doutrinadas" desde que nascem a comer carne, sendo levadas a crer piamente que um bife nada mais é que uma suculenta peça (talvez como um "<i>donuts</i>" que provém não se sabe de onde) e bois, bezerrinhos e vacas pastam divertidamente nas pradarias (como naquela joguinho "Fazenda Feliz" do <i>Orkut</i>). Para completar o "cardápio" é incutida nos pimpolhos a indiscutível "verdade" de que uma dieta que subtraia carne, ovos, leite e seus derivados de sua mesa é potencialmente mortal em virtude de sua carência proteíca. </div>
<div style="text-align: justify;">
Transcorridos 37 anos de sua primeira formulação, os argumentos apresentados por Singer em sua obra seminal permanecem atuais, tendo recebido ao longo de sucessivas edições alguns retoques nas cifras envolvidas no cômputo de atrocidades cometidas em fazendas industriais ou, então, nos resultados nefastos da produção de carne, ovos e leite para consumo humano sobre o meio ambiente. Além disso, graças à atuação de Organizações Não-Governamentais (um dos exemplos é a PETA ou "<i>People for The Ethical Treatment of Animals</i>"), dispendiosas e inúteis pesquisas com "cobaias" (cães, gatos, hamsters, pássaros, guaxanins e até elefantes) têm sido submetidas a controle mais rigoroso, ao menos em alguns países centrais.</div>
<div style="text-align: justify;">
A linha de discussão do livro como um todo gira em torno da tese central desenvolvida em seu primeiro primeiro capítulo de "não existe uma razão obrigatória, do ponto de vista lógico, para pressupor que uma diferença factual de capacidade entre duas pessoas justifique diferenças na consideração que damos a suas necessidades e a seus interesses. <i><b>O princípio da igualdade dos seres humanos não é a descrição de uma suposta suposta igualdade de fato existente entre seres humanos: é a prescrição de como devemos tratar os seres humanos</b>".</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Tomando como linha de base as conhecidas justificativas do racismo e do "sexismo" (a notória inclinação humana a conceder privilégios a determinado sexo, em detrimento de outro), Singer chamou então de "<b>especismo</b>" o "<b>preconceito ou atitude tendenciosa de alguém a favor dos interesses de membros da própria espécie, contra os de outras</b>".</div>
<div style="text-align: justify;">
Esta abordagem o conduz à fórmula que o filósofo utilitarista do século XVIII Jeremy Bentham incorporou a seu peculiar sistema ético, ou "<i>cada um conta como um e ninguém como mais de um</i>", o que equivale a dizer que os interesses de cada ser que é afetado por uma ação devem ser levados em conta, recebendo o mesmo peso que interesses semelhantes de qualquer outro ser. Outro utilitarista, Henry Sidgwick viria a expressar a mesma idéia como se "o bem de qualquer indíviduo não tivesse importância maior, do ponto de vsita (se assim se pode dizer) do Universo, do que o bem de qualquer outro".</div>
<div style="text-align: justify;">
Para Singer, "uma das implicações desse princípio de igualdade é que nosso interesse pelos outros e nossa prontidão em considerar seus interesses não devem depender a aparência ou das capacidades que possam ter". Retomando Bentham, trata-se precisamente da "capacidade de sofrer como a característica vital que confere a um ser o direito a igual consideração". E os animais sofrem, e muito, o que é demonstrado por sinais externos comuns ao ser humano (gritos, contorções, espasmos, diarréia e movimentos involuntários de terror no movimento do abate) como pela comprovação de que as características de seu sistema nervoso são bem parecidas com as nossas. Este raciocínio vale tanto para mamíferos (os porcos, por exemplo, são tão ou mais inteligentes que os cães) como para pássaros, peixes ou até mesmo ostras e mexilhões. <b>Os peixes e répteis, contrariando o senso comum e as "lendas de pescadores" têm praticamente o mesmo comportamento dos mamíferos no momento da dor</b>. Embora possuindo o sistema nervoso diferente, compartilham sua estrutura básica das vias nervosas centrais, inclusive possuindo vocalização, não audível para ouvidos humanos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Para evitar o especismo, então, é necessário "admitir que seres semelhantes, em todos os aspectos relevantes, tenham direito semelhante à vida. <b>O fato de um ser pertencer à nossa espécie biológica não pode constituir um critério moralmente relevante para que ele tenha esse direito</b>. Isto, entretanto, não elimina a questão de que todas as vidas tenham igual valor. Há uma nítida distinção colocada por Singer entre "não infligir dor aos seres" e "tirar suas vidas". São questões bem diferentes, até certo ponto. Embora uma perpectiva humanista tenha de ser calcada na minimização do sofrimento imposto aos animais (regulamentando seu uso em pesquisas científicas, criando condições menos penosas para o abate e confinamento etc), isto não significa que uma decisão do tipo "quem deve viver" seja tomada em termos simplistas. Singer conclui que "a rejeição do especismo não implica que todas as vidas tenham igual valor. Embora a autoconsciência, a capacidade de pensar o futuro e de ter esperanças e aspirações, bem como a de estabelecer relações significativas com os outros, e assim por diante, não sejam relevantes para a questão de infligir dor - uma vez que a dor é dor, sejam quais forem as demais capacidades que o ser tenha, além daquela de sofrer -, essas capacidades são relevantes para a questão de tirar a vida. <b>Não é uma arbitrariedade afirmar que a vida de um ser autoconsciente, capaz de pensamento abstrato, de planejar o futuro, de ações complexas de comunicação e assim por diante, é mais valiosa do que a vida de um ser que não possua essas capacidades</b>".</div>
<div style="text-align: justify;">
Como um todo, o trabalho de Peter Singer ainda se constitui em um manancial inesgotável de questionamentos filosóficos. Acrescido de substancial aporte empírico relativo aos experimentos de laboratório envolvendo animais nos campos da psicologia, medicina, veterinária, indústria militar e testes de produtos (sobretudo dermatológicos) e das reais condições de vida dos animais na indústria de processamento de carnes, ovos e laticínios; sua leitura é essencial. Enquanto incentivo às práticas vegetarianas - em uma escala que vai da simples rejeição da produtos animais obtidos por meios cruéis até a plena abstenção seus derivados - ainda é positivamente recomendável, sobretudo porque em muitos países - não só da periferia, mas do primeiro mundo "desenvolvido" - insiste-se em tratar animais como meras coisas ("autômatos" como diria Déscartes) à mercê dos caprichos humanos. Da mesmíssima forma como, vergonhosamente, abusava-se dos escravos em passado não tão longínquo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
SINGER, Peter. <i>Libertação animal. O clássico definitivo sobre o movimento pelos direitos dos animais</i>. São Paulo: Ed. WMF Martins Fontes, 2010. 461 pp.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-56636956127728455502012-09-08T07:05:00.000-07:002012-09-10T08:41:03.625-07:00Jeremy Bentham sobre a Escravidão Animal<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-F4cOkstAtaA/UEtQcTeqBqI/AAAAAAAAARI/sL6KHBCDYuw/s1600/bentham.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-F4cOkstAtaA/UEtQcTeqBqI/AAAAAAAAARI/sL6KHBCDYuw/s1600/bentham.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11.80555534362793px; line-height: 18.136573791503906px; text-align: justify;">Jeremy Bentham, filósofo e jurista inglês (1748-1832)</span>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.48cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 0.48cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-size: small;"><span style="font-family: lucida grande, tahoma, verdana, arial, sans-serif;">"Talvez
chegue o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir
os direitos que jamais poderiam ter-lhe sido negados, a não ser pela
mão da tirania. Os franceses já descobriram que o escuro da pele
não é razão para que um ser humano seja irremediavelmente
abandonado aos caprichos de um torturador. É possível que um dia se
reconheça que o número de pernas, a vilosidade da pele ou a
terminação do osso sacro são motivos insuficientes para abandonar
um ser senciente ao mesmo destino. O que mais deveria traçar a linha
intransponível? A faculdade da razão, ou, talvez, a capacidade de
linguagem? Mas um cavalo ou um cão adultos são incomparavelmente
mais racionais e comunicativos do que um bebê de um dia, de uma
semana, ou até mesmo de um mês. Supondo, porém, que as coisas não
fossem assim, que importância teria tal fato? A questão não é
"Eles são capazes de raciocinar? , nem "São capazes de
falar"?, mas sim: "Eles são capazes de sofrer"?</span></span></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-89250302485789215122012-09-07T18:48:00.004-07:002012-09-07T18:48:49.936-07:00Colombiano faz 10 exorcismos por semana há 25 anos<br />
<div class="materia-cabecalho" style="background-color: white; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 0.9em; margin: 0px 0px 1em; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 619.9884033203125px;">
<div style="background-color: transparent; float: none; font-family: inherit; font-size: 11.11111068725586px; outline: 0px; padding: 0px;">
<abbr class="published" style="background-color: transparent; border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">Globo.com</abbr></div>
<div style="background-color: transparent; float: none; font-family: inherit; font-size: 11.11111068725586px; outline: 0px; padding: 0px;">
<abbr class="published" style="background-color: transparent; border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;"><br /></abbr></div>
<div style="background-color: transparent; float: none; font-family: inherit; font-size: 11.11111068725586px; outline: 0px; padding: 0px;">
<abbr class="published" style="background-color: transparent; border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">07/09/2012 11h59</abbr> - Atualizado em <abbr class="updated" style="background-color: transparent; border: 0px; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">07/09/2012 11h59</abbr></div>
</div>
<div class="materia-titulo" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 11.80555534362793px; line-height: 8.333333015441895px; margin: 0px 0px 2.5em; outline: 0px; padding: 0px;">
<h1 class="entry-title" style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: inherit; font-size: 3.16em; letter-spacing: -0.06em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
Colombiano faz 10 exorcismos por </h1>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<h1 class="entry-title" style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: inherit; font-size: 3.16em; letter-spacing: -0.06em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
semana há 25 anos</h1>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<h2 style="background-color: transparent; color: #929292; font-family: inherit; font-weight: normal; letter-spacing: -0.01em; line-height: 1.2em; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.3em 0px 0px;">
Interessados deitam sobre círculo no solo entre cruzes e fogo.<br style="background-color: transparent; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" />Hermes Cifuentes diz que já praticou ritual 35 mil vezes.</h2>
</div>
<div class="materia-assinatura-linha" style="background-color: white; border-top-color: rgb(235, 235, 235); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 11.80555534362793px; line-height: 8.333333015441895px; margin: 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 16px 0px 0px; width: 619.9884033203125px;">
</div>
<div class="materia-assinatura-letra" style="background-color: white; border-top-style: none; border-top-width: 0px; float: left; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 11.80555534362793px; line-height: 8.333333015441895px; margin: 0px 0px 9px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 240px;">
<div class="materia-assinatura" style="background-color: transparent; float: left; font-family: inherit; margin: 0px 0px 0.5em; min-width: 240px; outline: 0px; padding: 0px; width: 240px;">
<div class="vcard author" style="background-color: transparent; color: #666666; font-family: inherit; font-size: 0.915em; outline: 0px; padding: 0px;">
<span class="adr" style="background-color: transparent; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.1em 0px 0px;"><span class="locality" style="background-color: transparent; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.1em 0px 0px;">Do G1, com agências internacionais</span></span></div>
</div>
</div>
<div class="compartilhamento-materia" style="background-color: white; float: right; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 11.80555534362793px; line-height: 8.333333015441895px; margin: 0px 0px 21px; outline: 0px; padding: 0px; width: 380px;">
<div class=" fb_reset" id="fb-root" style="background-image: none; border-spacing: 0px; border: 0px; cursor: auto; direction: ltr; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1; margin: 0px; outline: 0px; overflow: visible; padding: 0px; text-shadow: none; visibility: visible; word-spacing: normal;">
<div style="background-color: transparent; font-family: inherit; height: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: absolute; top: -10000px; width: 0px;">
<div style="background-color: transparent; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
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</div>
</div>
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<span style="background-color: transparent; display: inline-block; font-family: inherit; height: 18px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: justify; vertical-align: text-bottom; width: 114px;"><iframe class="fb_ltr " id="f1aecfa434" name="f3ae18fc34" scrolling="no" src="http://www.facebook.com/plugins/like.php?action=recommend&channel_url=http%3A%2F%2Fstatic.ak.facebook.com%2Fconnect%2Fxd_arbiter.php%3Fversion%3D11%23cb%3Df1f3bca894%26origin%3Dhttp%253A%252F%252Fg1.globo.com%252Ff38194555%26domain%3Dg1.globo.com%26relation%3Dparent.parent&extended_social_context=false&href=http%3A%2F%2Fg1.globo.com%2Fmundo%2Fnoticia%2F2012%2F09%2Fcolombiano-faz-10-exorcismos-por-semana-ha-25-anos.html&layout=button_count&locale=pt_BR&node_type=link&sdk=joey&send=false&show_faces=false&width=130" style="background-color: transparent; border-style: none; font-family: inherit; height: 18px; margin: 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: absolute; width: 114px;" title="Like this content on Facebook."></iframe></span></div>
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4 comentários</div>
</div>
<div class="materia-conteudo entry-content" id="materia-letra" style="background-color: white; clear: both; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 11.80555534362793px; line-height: 8.333333015441895px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
<div style="background-color: transparent; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
<div style="background-color: transparent; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;">
<div class="foto componente_materia midia-largura-620" style="background-color: transparent; float: left; font-family: inherit; margin: 0px 1.75em 2.5em 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; zoom: 1;">
<img alt="Colombiano Hermes Cifuentes pratica exorcismo em Marleny Munoz, 55 (Foto: Reuters)" height="428" src="http://s2.glbimg.com/qAh7_lU5R4x8LiltMlln6Sku6NCfqKKuGpZhE8uOLbNIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/09/07/ppp.jpg" style="background-color: transparent; border: 0px; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" title="Colombiano Hermes Cifuentes pratica exorcismo em Marleny Munoz, 55 (Foto: Reuters)" width="620" /><strong style="background-color: #eeeeee; display: block; font-family: inherit; font-weight: normal; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.67em;">Colombiano Hermes Cifuentes pratica exorcismo em Marleny Munoz, 55, nesta sexta-feira (7) (Foto: Reuters)</strong></div>
<div style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: inherit; font-size: 1.26em; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; outline: 0px; padding: 0px 0px 1.5em;">
O colombiano Hermes Cifuentes, 50, afirma que faz dez exorcismos por semana há 25 anos, contabilizando 35 mil rituais.</div>
<div style="background-color: transparent; color: #333333; font-family: inherit; font-size: 1.26em; letter-spacing: -0.02em; line-height: 1.45em; outline: 0px; padding: 0px 0px 1.5em;">
Os interessados são submetidos à sessão de branco e pintados de preto. Eles deitam sobre um círculo no solo entre cruzes e fogo.</div>
<div class="foto componente_materia midia-largura-620" style="background-color: transparent; float: left; font-family: inherit; margin: 0px 1.75em 2.5em 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; zoom: 1;">
<img alt="Gisela Marulanda, 23, que diz estar possuída, participa de ritual encabeçado por Hermes Cifuentes (Foto: Reuters)" height="424" src="http://s2.glbimg.com/xZZA5dfyylX20B42GHMtOgpRnz8dY64puxeq5JUX3PBIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/09/07/pp.jpg" style="background-color: transparent; border: 0px; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" title="Gisela Marulanda, 23, que diz estar possuída, participa de ritual encabeçado por Hermes Cifuentes (Foto: Reuters)" width="620" /><strong style="background-color: #eeeeee; display: block; font-family: inherit; font-weight: normal; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.67em;">Gisela Marulanda, 23, que diz estar possuída, participa de ritual encabeçado por Hermes Cifuentes em La Cumbre, Valle, nesta quarta-feira (5) (Foto: Reuters)</strong></div>
<div class="foto componente_materia midia-largura-620" style="background-color: transparent; float: left; font-family: inherit; margin: 0px 1.75em 2.5em 0px; outline: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; zoom: 1;">
<img alt="Hermes Cifuentes, o 'Irmão Hermes' pratica exorcismo em Gisela Marulanda, 23 (Foto: Reuters)" height="427" src="http://s2.glbimg.com/lQ7gaJVIS5KuKoBtAct9JPfnrkHD_omEdJssH6iw7phIoz-HdGixxa_8qOZvMp3w/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/09/07/p.jpg" style="background-color: transparent; border: 0px; display: block; font-family: inherit; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px;" title="Hermes Cifuentes, o 'Irmão Hermes' pratica exorcismo em Gisela Marulanda, 23 (Foto: Reuters)" width="620" /><strong style="background-color: #eeeeee; display: block; font-family: inherit; font-weight: normal; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0.67em;">Hermes Cifuentes, o 'Irmão Hermes' pratica exorcismo em Gisela Marulanda, 23, em La Cumbre nesta quarta-feira (5) (Foto: Reuters)</strong></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-33003109505265454032012-08-28T06:36:00.000-07:002012-08-28T17:31:39.734-07:00Sobre a Resenha "Ectoplasma - Descobertas de um Médico Psiquiatra"<div style="text-align: justify;">
Meus amigos. Quanto à breve resenha
(apresentada logo abaixo) do livro "Ectoplasma - descobertas de um
médico psiquiatra" convém tecer algumas considerações. Embora utilize termos espíritas e não teosóficos,
achei realmente admirável a forma lógica e até convincente com que ele
desenvolve o tema. Eu realmente desejava estudar um pouco mais a idéia que os
espíritas fazem do "ectoplasma". Me parece mais uma apropriação do
fluído etérico pelos "cascões" ou outras classes de habitantes do mundo
astral e a literatura e a prática tem mostrado muitos casos de
materialização desta espécie. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que mais chamou atenção foi o enfoque
"bioquímico" do autor e o papel que ele atribui ao fígado como produtor
de ectoplasma no quadro de uma "síndrome ectoplasmática". Há inclusive
indicações de substâncias à base das vitaminas do "Complexo B" e que
estimulem as secreções de bílis além, é claro, de alimentos mais
saudáveis. Há
algum tempo comecei a prestar atenção em algumas situações que eu
chamaria de "mediunidade induzida", produzida ao que parece pelo contato de indíviduos "não médiuns" com "médiuns" nas adjacências (oa distâncias menores que um metro). Aos poucos via o grupo introduzido entre os "médiuns" desenvolver habilidades tipicamente descritas como "mediúnicas" pela literatura kardecista, o que de fato me intrigava. Uma hipótese provável era a que tornar-se uma marionete sem vontade de seres desconhecidos desconhecidos (algumas vezes criminosos ou de péssima índole) do plano astral era uma possibilidade prática e terrível.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que mais me espicaçava a
curiosidade era uma certa impressão de entupimento das vias nasais e uma
secreção seca vertida através dela e perceptível na criança. A isto se
seguiam percepções inusitadas e principalmente uma ocorrência muito
comum que são as visões naquele estágio intermediário entre o sono e o
despertar que afetam algumas pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estas
consequências coincidem com aqueles sintomas que o autor informa, entre
eles, dores de cabeça, depressão, sensação de peso nos pés, ventre
cheio etc. Embora o livro descambe no final para a defesa da
mediunidade, no final das contas ele acaba sendo um libelo contra esta
mal que a teosofia há anos detectou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por outro lado, mostra que o
"ectoplasma" (ou o que os teósofos
devem compreender como tal), como algo material, pode ter seus níveis
reduzidos no ser humano e, consequentemente, atenuar-se as desagradáveis
circunstâncias envolvidas nas manifestações mediúnicas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-34148304402441540822012-08-27T18:21:00.002-07:002012-08-28T06:11:03.280-07:00Ectoplasma – Descobertas de um Médico Psiquiatra<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm;">
O mercado editorial
brasileiro de esoterismo e ocultismo encontra-se muito bem servido
com o livro “Ectoplasma – descobertas de um médico psiquiatra”,
publicado pela Editora Conhecimento em 2008. Frutos de intensa
experiência clínica do Dr. Luciano Munari, as pesquisas e hipóteses
trazidas à baila na obra são estimulantes para o estudioso do
oculto, embora o próprio autor abrace claramente o espiritismo
kardecista como se deduz do seu “ferramental” conceitual. A feliz
coincidência dos objetivos dos militantes espiritas – calcados na
caridade e na assistência ao próximo – e a ambição nitidamente
ocultista de conhecer a fundo os fenômenos não explicados da
natureza realizaram bodas felizes nesta ocasião, sendo conveniente
anunciar a “boa nova” (nem tão nova assim mas cuja qualidade só agora se percebeu) aqui neste <i>blog</i>.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm;">
O raciocínio
do Dr. Munari desenvolve-se com peculiar elegância e sem afetação desnecessária de estilo em torno do caráter do “ectoplasma”(de “<i>ektos</i>”, fora e
“<i>plasma</i>”, formação) segundo a doutrina espírita. Desfia sucintamente o histórico
dos casos de materialização no mundo e no Brasil, papel cumprido
pelo ecotoplasma enquanto fluído vital - por meio do qual se
manifestavam “aparições”-; sua bioquímica e vinculação com doenças psicossomáticas e, como corolário, sua “<b><i>fabricação”
indevida no organismo - o que possibilita inorportuno manuseio por formas
desencarnadas ou “presenças do passado” que desejam se vingar do
indivíduo vivo como ajuste de "contas cármicas" de vidas anteriores</i></b>.</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-YXvogC1EZSw/UDwarDZW3SI/AAAAAAAAAQE/IeuHZvSCfpQ/s1600/ectoplasma-img-m1af6802ec267f3f19a6459f2446179d6.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-YXvogC1EZSw/UDwarDZW3SI/AAAAAAAAAQE/IeuHZvSCfpQ/s320/ectoplasma-img-m1af6802ec267f3f19a6459f2446179d6.jpg" width="254" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ectoplasma partindo da médium</td></tr>
</tbody></table>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm;">
Já o famoso
criminologista italiano e tardio prócer do espiritismo, Cesare
Lombroso, <i>considerava o ectoplasma como um tipo de substância ou
protoplasma gelatinoso, inicialmente amorfo, que saía do medium e
tomava forma mais tarde</i>. A análise de diversos autores e a
experiência e as demonstrações em centenas de sessões espiritas
demonstrava que esta substância saía pelos orifícios humanos e um
caso tornado célebre fora analisado pelo próprio Lombroso em sua
“opus magna”, “Hipnotismo e Mediunidade: o da médium italiana
Eusápia Paladino. O ectoplasma era visto, enfim, como substância
manipulada por espíritos, geralmente inodora, frio, húmido, por
vezes vezes viscoso e semilíquido, raramente apresentando-se seco e
duro e neste estado formando cordões fibrosos e nodosos de modo a
dilatar-se e expandir-se como uma “teia de aranha”.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Em
sua vida como profissional o Dr. Munari testemunhou que vários
pacientes exibiam quadros de transtorno de somatização como
<b>“nós na garganta”</b>, que se davam em situações de tensão
emocional. Outros sintomas recorrentes eram tonturas, angústias no peito, falta
de ar súbita (com sensação de sufoco), dores articulares ou
generalizadas além de sensação de peso nos ombros e nas
panturrilhas e também era dores de cabeça, embaçamento visual,
náuseas ou dor abdominal. Observando a caso da paciente que apelidou
de "Senhora Gioconda", o médico decidiu em certo momento abandonar sua renitente postura
ortodoxa, <b><i>realizando um curso de terapia passada em que, pela
primeira vez, tomou contato com a ideia das chamadas “presenças
do passado”, as quais poderiam manipular os ectoplasma e produzir
diversos síntomas</i></b>. Diz então que:</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
“<i>O
que seria esse tal de ectoplasma? Uma substância semi
material/semi-espiritual que, portanto, permeia tanto o mundo
material como mundo espiritual; faz a ponte entre os dois mundos. È
ele que permite a atuação dos espíritos sobre o mundo físico. Ele
é a substância de que eles os espíritos se utilizam para
impressionar o mundo físico e causar, por exemplo, os fenômenos de
poltergeist, ou de materialização</i>”</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4s25m_BPNys/UDwbMcWz3II/AAAAAAAAAQM/quN-3yACzuM/s1600/mediunidade08-ectoplasma2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="292" src="http://4.bp.blogspot.com/-4s25m_BPNys/UDwbMcWz3II/AAAAAAAAAQM/quN-3yACzuM/s320/mediunidade08-ectoplasma2.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
<br />
Ao
aproximar-se de conhecido médium e espírita, o Sr. Manoel Saad e ao
utilizar com mais intensidade a técnica de regressão, tornou-se
paulatinamente evidente para nosso autor que “<i>uma gama enorme de
sintomas físicos era decorrente da ação espiritual sobre o corpo
físico. Eram os mais variados sintomas: dores nas diversas partes do
corpo, falta de ar, palpitações, ou mesmo sintomas que eu associava
a uma doença orgânica, como por exemplo as dores articulares da
jcitada artrite reumatóide”</i>. A mais clássica dor era aquela que afetava a região da cabeça, mas havia inúmeras outras, como já mencionamos.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Neste
ponto, aliando novas teorias à constatação clínica, Munari cunha o
termo “<b>Síndrome Ectoplasmática</b>” para dar conta deste espectro de sinais e sintomas que englobaria até mesmo a síndrome de tensão pré-menstrual. <b>A produção de
ectoplasma parecia, a princípio, ligada à ingestão de
carboidratos</b>, principalmente vinculada à alimentação artificial
(refrigerantes, enlatados, alimentos benefeciados ou “refinados”,
dieta carnívora etc). Ao voltar-se para a literatura de medicina
ortomolecular, notou a correlação entre a<span style="color: black;"><b>
</b></span><span style="color: black;"><b>deficiência de vitaminas do
complexo B e a</b></span><b> população que se alimenta de produtos
artificiais ou industrializados, deduzindo que, de certa maneira, a
produção excessiva de ectoplasma poderia estar associada
deficiência de vitaminas desta classe, obtendo resultados palpáveis
ao usar megadoses deste complexo vitamínico em pacientes. </b>Outra
constação do Dr. Munari foi de que muitos <b>pacientes com quadro
depressivo</b> apresentavam a síndrome ectoplasmática.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Como
consequência do relativo êxito na comprovação destas hipóteses,
passou a tomar força para o autor a tese de que <b>o órgão-chave
do ectoplasma talvez fosse o fígado, responsável pela </b><b>oxidação
existente no corpo</b>, pela síntese proteica (albumina), lipídica
(e o responsável pela produção de 70% do colesterol circulante no
sangue) e metabolização e desintoxicação de substâncias, como,
por exemplo, os medicamentos. A água, veículo portador de fluidos
etéricos que vitalizam o corpo segundo a medicina antroposófica
talvez tivesse também alguma correlação com o ectoplasma, sendo
notável que muitos depressivos exibissem ingestão reduzida de água.
Assim, escreve Munari:</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-vYLN72bUH8U/UDwj-uRmaqI/AAAAAAAAAQs/b_Owno51pWM/s1600/300px-Leber_Schaf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="284" src="http://2.bp.blogspot.com/-vYLN72bUH8U/UDwj-uRmaqI/AAAAAAAAAQs/b_Owno51pWM/s400/300px-Leber_Schaf.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">O fígado é o principal responsável pela produção de ectoplasma. Vitaminas do Complexo B e estimulantes da secreção da bile aliados a uma dieta saudável são os principais responsáveis pela produção de ectoplasma em níveis adequados e pela ausência dos sintomas típicos da "síndrome ectoplasmática".</td></tr>
</tbody></table>
<br />
“<i><b>Evidências
empurravam para se pensar no fígado. Decidi, então, baseado no
pensamento de que hnum fígado preguiçoso nos portadores da síndrome
ectoplasmática, utilizar medicamentos que pudessem estimular suas
funções, quer fossem da antroposofia ou da halopati</b></i><i>a.
Utilizei medicamentos chamados de coleréticos e colagogos (eles
estimulam a produção de bile pelo figado, assim como sua secreção
pela vesícula biliar que onde fica armazenada para do duodeno), e
observei uma diminuição nas queixas sintomáticas: o paciente
sentia-se mais “leve”. Estavam então formadas associações
entre síndrome ectoplasmática, trantorno de somatização,
depressão, síndrome da tensão pré-menstrual e insuficência
funcional hepática</i>”.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
<b>O
fígado assume a condição ímpar de “grande usina de fabricação”
do ectoplasma</b>. Munari explica esta “dinâmica ectoplasmática” ao
longo do trajeto de produção desta misteriosa substância. Em
termos simples, os alimentos provenientes de diversos reinos da
natureza (mineral, vegetal ou animal) portam qualidades diferentes de
ectoplasma, que passa ser aproveitado no reino “hominal” quando é
“humanizado” <i>o</i><i><b>u transformado por algum órgão do
corpo, a fim de que seja utilizado pelos espíritos como no fenômeno
de poltergeist que depende de “doador” ou epicentro para ocorrer</b></i><b>.</b>
Faz-se necessário para que algo desta magnitude se dê que esteja
presente no ser humano um tipo mais “refinado” de ectoplasma do
que o encontrado de forma bruta nos alimentos, ou na natureza.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-eIx-dxUnqy8/UDwb3dpLmeI/AAAAAAAAAQU/p90zwcRb5cI/s1600/obsessoralcool.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-eIx-dxUnqy8/UDwb3dpLmeI/AAAAAAAAAQU/p90zwcRb5cI/s1600/obsessoralcool.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Presenças do passado podem estar manipulando depósitos de ectoplasma.</td></tr>
</tbody></table>
Uma
vez ingerido o alimento e ainda no tubo gastrintestinal, este sofrerá
a ação dos sucos gástrico, pancreático e bile, sendo
transformado em açúcares, lipídeos e aminoácidos. <b>Tais
nutrientes de ordem física, bem como o ectoplasma que ‘acompanha”
as suas moléculas “</b>s<i>erão conduzidos pelo sangue até o
fígado pela veia porta, onde serão “desintoxicados” e
“humanizados”, como se diz na medicina antroposófica, para que
não sejam rejeitados pelo sistema imunológico. Do fígado é que o
sangue os levará (nutrientes e ectoplasma) para o coração, para
que sejam distribuídos ao restante do corpo”. </i>Para autores
como o Dr. Jorge Andréa, citado por Munari, há participação do
elemento fósforo na composição do ectoplasma, tal como é
utilizado pelo organismo, como forma de armazenagem energética
(adenosina trifosfato, também denominada ATP, o “combustível”
da célula).
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
<b>A
produção de ectoplasma pode ser normal ou não. Do grau de
“normalidade” neste processo - como descrito pelo autor - depende a
intensidade da “síndrome ectoplasmática” ou mesmo a sua
manifestação. </b>Estes níveis de produção normal de ectoplasma
ocorrem quando há nutrição celular adequada em termos de micro e
macronutrientes, registrando-se ausência de fatores intervenientes
no metabolismo da glicose para gerar o ATP. Pelo contrário, se há
deficiência qualitativa e quantitativa de nutrientes para a formação
do ATP (ou presença de produtos tóxicos) produzir-se-ia “<i>um
desvio para uma via ectoplasmática que levaria a uma produção
anormal, podendo chegar a nível prejudicial</i>”.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Mas
como se observa a ocorrência da “síndrome ectoplasmática” no
cotidiano? Ela é mais comum do que se pensa, podendo-se associá-la
a determinados tipos de indivíduos segundo o local em que se
deposita o ecotoplasma no corpo humano. <b>Como veremos logo adiante,
a maneira como este ectoplasma é conduzido e direcionado para
determinada parte do organismo físico do homem depende da influência
das denominadas “presenças do passado” e da qualidade de nossas vibrações pois a atuação destas “presenças” é influenciada
sobremodo pela raiva ou emoções negativas</b>.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Com
efeito, Munari acentua que existe no homem um “(...)
<i>corpo espiritual que
sobrevive à morte do corpo físico, e é nele que ficam registradas
nossas vidas passadas. Como tivemos vários experiências, e nelas
podemos ter apresentadas lesões físicas (Por exemplo, a enxaqueca
ou um traumatismo craniano), estas ficam registradas no corpo
espiritual. É o que chamamos “cicatrizes do corpo espiritual</i>”.
Justamente nestas cicatrizes concentra-se o ectoplasma,
retransmitindo lesões do passado para o corpo físico ao fazer a
ligação deste como “corpo espiritual”, isto é, “<i>reativa-se
a dor do traumatismo de uma existência pretérita</i>”.</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Construída
por Munari, a tabela seguinte relaciona os subtipos de ectoplasma ao
tipo de temperamento do homem, elemento predominante, órgão chave e
níveis de densidade.</div>
<table border="1" bordercolor="#000000" cellpadding="7" cellspacing="0" style="width: 100%px;">
<colgroup><col width="48*"></col>
<col width="52*"></col>
<col width="52*"></col>
<col width="52*"></col>
<col width="52*"></col>
</colgroup><tbody>
<tr valign="TOP">
<td width="19%"><div align="JUSTIFY">
<b>Subtipo de Ectoplasma</b></div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
<b>Tipo de Temperamento</b></div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
<b>Elemento</b></div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
<b>Órgão Chave</b></div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
<b>Densidade de Ectoplasma</b></div>
</td>
</tr>
<tr valign="TOP">
<td width="19%"><div align="JUSTIFY">
Craniano</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Colérico</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Fogo
</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Coraçao</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Aérea</div>
</td>
</tr>
<tr valign="TOP">
<td width="19%"><div align="JUSTIFY">
Torácico</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Sanguíneo</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Ar</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Rins</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Líquida</div>
</td>
</tr>
<tr valign="TOP">
<td width="19%"><div align="JUSTIFY">
Gastrintestinal</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Melancólico</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Água</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Fígado</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Muscular</div>
</td>
</tr>
<tr valign="TOP">
<td width="19%"><div align="JUSTIFY">
Sural</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Fleumático</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Terra</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Pulmões</div>
</td>
<td width="20%"><div align="JUSTIFY">
Óssea</div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Em
síntese pode-se assim definir os termos constantes do quadro:</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
A) Subtipos de Ecotoplasma quanto à localização</div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Craniano – expressões alérgicas no revestimento nasal e oral e
na trompa de Estáquio (o canal que comunica a garganta com o ouvido
medido) e no ouvido médio. Favorece fenômenos como rinites,
sinusites, otires e laringite e também a alergia do conduto
auditivo externo.-</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Torácico – expressão do ectoplasma ocorre como se fosse algo que
“sobe”, como uma onda que se origina na região entre o abdome e
o tórax e segue ascendente para a cabeça; contudo, localiza-se em
nível cardíaco, levando a uma dor opressiva, constritiva, e às
vezes até com caráter “esmagante”.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Gastrintestinal – costuma causar impressão de abdome distendido
entre outros sintomas (gases etc).</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Sural – depósito de ectoplasma ocorre mais na região sural, que
nada mais é senão que a região das panturrilhas (batatas da
perna)</div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
B)<b>
</b>Classificação baseada na maior ou menor afinidade do ectoplasma
por áreas de maior ou menor densidade orgânica</div>
<ul>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Aérea – sensação de falta de ar e/ou nó ou bola na garganta,
dando impressão de asfixia</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Líquida – deposita-se no líquido sinovial (líquido entre as
articulações), causando dores articulares ou próximo a estas, sem
sinais inflamatórios,(fibromialgia). Pode também depositar-se no
sangue, acometendo órgãos mais sensíveis como o labirinto.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Muscular/parenquitomosa : deposição nas “batatas da perna”.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Óssea – mais rara, ocasionando as dores do crescimento nas
crianças, ou dores de friagem nos idosos.<br />
<br />
C) Classificação quanto aos Tipos de Temperamentos<br />
<br />
<br />
-
Colérico - comportamento enérgico,<br />
<br />
- Sanguíneo - pessoa alegre, não se atêm a determinado fim;]<br />
<br />
-
Melancólico – indivíduo de ar tristonho e cansado, tendendo
revolver o passado (preocupado e negativista).<br />
<br />
-
Fleumático - indivíduos “lentificados”, possuem forma facial
arrendonda, ou “duplo queixo”; com olhar alegre e simpático.
Apreciam o bom paladar e desfrutam com enorme satisfação da
alimentação.</div>
</li>
</ul>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Do
ponto de vista da interação dos sintomas da “síndrome
ectoplasmática”, verifica-se que a concentração de ectoplasma em
determinado órgão ou área do organismo depende da convergência de
fatores como:</div>
<ol>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm; margin-top: 0.49cm;">
Ingestão
de alimentos com maior quantidade de ectoplasma;</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
Tipo de alimentação
que produziria maior ou menor quantidade de ectoplasma;</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
“Leveza/peso” do
ectoplasma;</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
Sua afinidade por
locais de maior ou menor densidade;</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
Cicatrizes
espirituais;</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm;">
Atuação de
“presenças” espirituais, manipulando o ectoplasma para
concentrá-lo em determinada cicatriz espiritual.</div>
</li>
</ol>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
O
ponto “f” é de suma importância neste elenco de fatores. O
ecotoplasma pode ser compreendido como “matéria-prima” da
síndrome, ao passo que as <b>“'presenças' são a 'mão-de-obra' a
trabalhar para a construção do sintoma num ambiente propício – a
cicatriz espiritual”. </b>O fator desencadeante destes “males”
está vinculado a um profundo desequilíbrio entre o “pensar e
agir” na pessoa que é afetada por entidades deste tipo, possuindo
vínculos estreitos com a <b>idéia da mediunidade do paciente que
recebe os efeitos da atuação destas “presenças” devido a seu
mal uso ou desconhecimento de suas leis de atuação. </b>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm;">
Tomando
a analogia com aparelho de TV, o autor chega a advertir-nos ser preciso, portanto, evitar uma mesma “f<i>reqüência no modo de
pensar e sentir e que se assemelha ao das “presenças” (que
cobram do desafeto encarnado a ação errônea por ele cometida)”</i>.
Este é um caminho básico para evitar-se a contaminação pela "doença". Mas há outros
abertos a quem humildemente progrida na senda individualíssima da
espiritualidade. </div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-13124830800313546962012-08-14T18:02:00.005-07:002012-08-15T06:49:27.294-07:00O Poder da Sincronia<br />
<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1,"tn":"K"}" style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; font-weight: normal; line-height: 7px; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px; word-break: break-word; word-wrap: break-word;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-uHbzqMfhhXg/UCr1A27H-NI/AAAAAAAAAPw/nQqpNbBGYl0/s1600/o+poder+da+sincronia+%281%29.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-uHbzqMfhhXg/UCr1A27H-NI/AAAAAAAAAPw/nQqpNbBGYl0/s320/o+poder+da+sincronia+%281%29.jpg" width="240" /></a><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}" style="color: #333333; font-size: 13px; line-height: 1.38;"><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13px; line-height: 1.38;">Recomendo a todos a leitura do livro "O Poder da Sincronia" de Luiz Bassuma. Com leveza de estilo o autor recapitula as biografias de personagens históricos como Sócrates, Buda, Confúcio, Joana D'Arc, entre outros, evidenciando o que todos eles tinham em comum: sincronia. Sobre Confúcio: "Como profundo estudioso do assunto, ele enxerga um grande enigma da História. Trata-se mais uma vez do poder da sincronia entre o saber, o falar e o fazer. Assim como Sócrates e Jesus Cristo, Confúcio não apenas falava defendendo idéias simples e eficazes para a evolução do gênero humano. Acima de tudo, eles vivenciavam o que defendiam para os outros. Eram essencialmente coerentes e absolutamente fiéis à verdade. Exercitaram com grande elevação a sincronia entre o saber, o falar e o fazer, visando sempre o bem".</span></div>
</span></h6>
<div class="mvm uiStreamAttachments fbMainStreamAttachment" data-ft="{"type":10,"tn":"H"}" style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 7px; margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<div class="clearfix photoRedesign" style="width: 398px; zoom: 1;">
<br class="Apple-interchange-newline" /></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-58252656982948518302012-08-13T17:39:00.003-07:002012-08-13T17:39:34.397-07:00A Religião sincrética conhecida como santeria renasce em Cuba<br />
<header style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial, sans-serif; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><time class="color9" datetime="2012-08-13T00:01" pubdate="" style="border: 0px; color: black; font-family: Arial; font-weight: bold; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span class="data" style="border-right-color: rgb(230, 230, 230); border-right-style: solid; border-width: 0px 1px 0px 0px; font-size: 12.152777671813965px; font: inherit; margin: 0px 6px 0px 0px; padding: 0px 7px 0px 0px; vertical-align: baseline;">Le Monde (tradução-UOL) 13/08/2012</span>00h01</time><h1 style="border: 0px; color: black; font-family: Arial; font-weight: normal; font: inherit; margin: 4px 0px 24px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Religião sincrética conhecida como santeria renasce em Cuba<div id="comentarios-teaser" style="border: 0px; display: inline !important; font-size: 27.199073791503906px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span class="comentarios teaser" style="border: 0px; color: #333333; display: inline-block; float: none; font-family: arial; font: inherit; margin: 0px 0px 0px 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a class="bgcolor9" href="http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2012/08/13/religiao-sincretica-conhecida-como-santeria-renasce-em-cuba.htm#comentarios" rel="go-to-comments" style="background-color: rgb(41, 122, 204) !important; background-image: url(http://int.imguol.com/comentarios/noticias/sprite.png); background-position: 3px -157px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-left-radius: 2px; border-bottom-right-radius: 2px; border-top-left-radius: 2px; border-top-right-radius: 2px; border: 0px; color: white; display: inline-block; float: none; font-size: 11px; font-weight: bold; font: inherit; margin: 0px; padding: 2px 2px 2px 15px; text-decoration: none; text-transform: uppercase;">COMENTE</a></span></div>
</h1>
<div style="border: 0px; color: #666666; font-family: Arial; font-weight: bold; font: inherit; margin-bottom: 2px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="Le Monde" src="http://n.i.uol.com.br/jornais/selos/lemonde.gif" style="border: 0px; display: block; font-size: 12.152777671813965px; font: inherit; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" />Paulo A. Paranagua</div>
<div class="botoes" style="border: 0px; clear: both; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: baseline;">
<div class="modinteracao" style="border-top-color: rgb(230, 230, 230); border-top-style: solid; border-width: 1px 0px 0px; clear: both; font-family: arial; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; height: 27px; margin: 0px 0px 13px; min-height: 27px; padding: 5px 0px 0px; vertical-align: baseline;">
<ul style="border: 0px; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; height: 21px; list-style-type: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li class="email first" style="border: 0px; display: inline-block; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; height: 21px; list-style-type: none; margin: 0px; padding: 0px 3px 0px 0px; vertical-align: baseline;"><a class="button" href="" style="background-image: url(http://img.uol.com.br/_template/v1/bgs/bg_interacao.png); background-position: 0px -97px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: black; cursor: pointer; display: block; height: 21px; text-indent: -9999px; width: 57px;"></a></li>
<li class="googleplus count" style="border: 0px; display: inline-block; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; height: 21px; list-style-type: none; margin: 0px; padding: 0px 3px; vertical-align: baseline; width: 65px;"><div class="g-plusone" data-annotation="bubble" data-href="http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2012/08/13/religiao-sincretica-conhecida-como-santeria-renasce-em-cuba.htm?cpmid=cgp-noticias-news" data-size="medium" style="border: 0px; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
</li>
<li class="twitter widget" style="border: 0px; display: inline-block; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; height: 21px; list-style-type: none; margin: 0px; padding: 0px 3px; vertical-align: baseline; width: 100px;"><a class="twitter-share-button" data-count="horizontal" data-lang="pt" data-related="UOLHomepage" data-text="Religião sincrética conhecida como santeria renasce em Cuba" data-url="http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2012/08/13/religiao-sincretica-conhecida-como-santeria-renasce-em-cuba.htm?cpmid=ctw-noticias-news" data-via="UOLNoticias #UOL " href="http://twitter.com/share" style="background-image: none; background-position: 0px -48px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: black; cursor: pointer; display: block; height: 16px; text-decoration: none; text-indent: -9999px; width: 16px;"></a></li>
<li class="facebook last widget" style="border: 0px; display: inline-block; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; height: 21px; list-style-type: none; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 3px; vertical-align: baseline; width: 117px;"><fb:like action="recommend" font="arial" href="http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2012/08/13/religiao-sincretica-conhecida-como-santeria-renasce-em-cuba.htm?cpmid=cfb-noticias-news" layout="button_count" send="false" show_faces="false" width="150"></fb:like></li>
</ul>
</div>
<div class="ferramentas" style="border: 0px; font-size: 9.837963104248047px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; position: absolute; right: 0px; top: 8px; vertical-align: baseline;">
<a href="" style="background-image: url(http://img.uol.com.br/_template/v1/bgs/bg_interacao.png); background-position: 90px -81px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #999999; cursor: pointer; float: right; font-size: 11px; height: 14px; margin-top: 1px; padding-right: 20px; padding-top: 2px; text-align: right; width: 85px;" title="Comunicar erro">Comunicar erro</a><a href="" style="background-image: url(http://img.uol.com.br/_template/v1/bgs/bg_interacao.png); background-position: 65px -64px; background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #999999; cursor: pointer; float: right; font-size: 11px; height: 14px; margin-top: 0px; padding-right: 21px; padding-top: 3px; text-align: right; width: 60px;" title="Imprimir">Imprimir</a></div>
</div>
</header><div id="texto" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="imagem-representativa imagem-300x300" style="border: 0px; float: right; font: inherit; line-height: normal; margin: 20px 0px 20px 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 300px;">
<ul style="border: 0px; font-size: 13.888888359069824px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="border: 0px; font-size: 13.888888359069824px; font: inherit; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px 0px 10px; vertical-align: baseline;"><div class="credito-foto" style="border: 0px; color: #666666; font: inherit; padding: 0px; text-align: right; vertical-align: baseline;">
Arquivo Folha</div>
<img alt="Altar de terreiro de candomblé, culto afro-brasileiro que tem semelhanças com a santeria cubana" class="imagem" height="293" src="http://e.imguol.com/esporte/2011/03/23/altar-de-terreiro-de-candomble-culto-afro-brasileiro-originario-dos-negros-da-bahia-na-zona-sul-de-sao-paulo-1300895765752_300x300.jpg" style="border: 0px; font-size: 13.888888359069824px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Arquivo Folha" width="300" /><div style="border: 0px; color: #666666; font: inherit; margin-top: 10px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Altar de terreiro de candomblé, culto afro-brasileiro que tem semelhanças com a santeria cubana</div>
</li>
</ul>
</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Natalia Bolívar Aróstegui, 77, é a principal referência viva dos estudos sobre os cultos afro-cubanos. Ela mora em Havana, em um apartamento animado pelo canto dos pássaros e pela agitação dos cachorros. As paredes são cobertas por quadros de mestres como Lam, Portocarrero, além dos irmãos Tony e Patricio de la Guardia, sacrificados no julgamento de Ochoa (1989), ou ainda por suas próprias obras.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Seu livro sobre os Orixás em Cuba é um clássico, tanto para os acadêmicos quanto para os curiosos, que querem conhecer as divindades da santeria, o panteão ioruba (proveniente da Nigéria). Natalia Bolívar foi discípula de Lydia Cabrera, autora do livro “El Monte – As florestas e os deuses”, considerado uma bíblia.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“Eu era seu cão de estimação, a seguia em todas as conferências, tomava notas para ela e a ajudava”, conta Natalia. Lydia Cabrera não queria títulos acadêmicos, ela se via como a depositária da tradição oral.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Natalia tem orgulho de suas origens bascas e aristocráticas (“não burguesas”, ela explica). Em sua árvore genealógica coexistem Simon Bolívar, independentistas e escravagistas, divididos pela política, sem contar um inquisidor: “A família inteira se banhava na História, ela continua a se reunir em Miami a cada cinco anos”. “Fui educada pelas freiras no catolicismo, mas minha governanta negra, vinda das plantações de cana da família, me contava histórias de aparições e espíritos, me falava das propriedades das plantas e das árvores. Ela morreu aos 104 anos, depois de ter criado minhas filhas”.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Militante do Diretório Revolucionário Estudantil, Natalia foi presa e torturada durante a ditadura de Fulgêncio Batista, em 1958. Seu torturador descobriu que ela usava uma corrente de Ogum, uma “proteção” do mesmo babalaô (sacerdote afro-cubano) que ele seguia, e decidiu soltá-la, em vez de afogá-la na baía de Havana, como haviam prometido.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A santeria deixou de ser uma religião “étnica” há muito tempo, ela permeia todas as camadas da sociedade cubana. Dizem que o próprio Batista era um crente. “Desde os tempos das colônias, a religiosidade popular passou por altos e baixos”, diz Natalia. A crise dos anos 1990 favoreceu as crenças submersas. Hoje, assiste-se a um florescimento inédito: “As sociedades secretas Abakuá, os Cabildos, ainda existem no interior...”</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="border: 0px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A beleza dos rituais</strong></div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Sem ligações institucionais, Natalia Bolívar continua a fazer pesquisas, a escrever e a fumar. Um website resume suas contribuições. Ela ainda admira a beleza dos rituais, a harmonia de uma comunhão com a natureza, mas prefere ver os babalaôs do município de Diez de Octubre, em Havana, sem envolvimentos políticos. “A Associação Ioruba de Cuba responde ao Comitê Central”, ele observa, referindo-se à secretaria de assuntos religiosos do Partido Comunista de Cuba.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“Que Elegua te abra os caminhos...”, ela escreve para o visitante, autografando um dos exemplares de sua obra sobre o general Quintín Bandera, um herói negro desconhecido da independência, assassinado durante a presidência de Estrada Palma. Biografia romanceada, escrita a quatro mãos com sua filha Natalia del Rio Bolívar, as duas autoras se valeram da licença poética a ponto de colocar seu personagem conversando com Federico García Lorca, fascinado por Havana.</div>
<div style="border: 0px; font: inherit; line-height: 20px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
“A História é fundamental”, afirma Natalia Bolívar. Antes da revolução, o grande historiador Leví Marrero havia feito pesquisas nos Arquivo Geral das Índias, na Espanha. Ela mesma continuou seus estudos na África, para compreender melhor o sincretismo cubano. “Nos últimos cinquenta anos, houve problemas com a História”, ela diz subitamente, antes de citar outras lembranças. O espaço e o tempo nela parecem dilatados pela energia de uma vida muito plena.</div>
<span class="tradutor" style="border: 0px; font-size: 13.888888359069824px; font: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Tradutor:</span> Lana Lim</div>
<div class="blogger-post-footer">Todos os Direitos Reservados</div>C. Baptistahttp://www.blogger.com/profile/17286936106488002411noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-19021168.post-81575865061503085852012-07-26T17:08:00.004-07:002012-09-07T18:50:23.685-07:00Cientologia - Definição e Principais Conceitos (Parte I)<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<b>A
entidade superior é o thetan. O thetan é a pessoa. Você é você
num corpo”.</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-j0l6nDirGU4/UBHe7SmzxaI/AAAAAAAAAPQ/gEBKu05suNI/s1600/08SCIENTOLOGY_SPAN-articleLarge.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-j0l6nDirGU4/UBHe7SmzxaI/AAAAAAAAAPQ/gEBKu05suNI/s400/08SCIENTOLOGY_SPAN-articleLarge.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Edifício da Igreja da Cientologia - Los Angeles, California.</td></tr>
</tbody></table>
O episódio recente da separação de Tom Cruise trouxe novamente à
baila os questionamentos sobre o que é ou o que pretende a
cientologia. Toneladas de material de péssima qualidade sobre o tema
já foi despejado na mídia, fruto de rápidas pesquisas no Google
efetuadas por mentes levianas. Como um observador externo e
imparcial, gostaria de apresentar ao leitor idéias-chave do
pensamento de Lafayette Ron Hubbard, introdutor da Dianética, de <i>Dia</i>
(através de) e <i>Nous</i> (mente) e da Cientologia. Ao contrário
da enredo estapafúrdio divulgado por uma multidão de irresponsáveis
as propostas da cientologia contam com coerência interna e
perspectiva ética. Apresento neste <i>blog</i> um resumo do que é
cientologia e alguns conceitos-chave com base nos livros “<i>Scientology. Os fundamentos do pensamento - o livro
básico da teoria e prática de scientology para principiantes </i>” e
"<i>Dianética, a evolução de uma ciência</i>”., ambos publicados pelo filósofo L. Ron Hubbard pela <i>Bridge
Publications</i>, Los Angeles, em 2007. </div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Cientologia
- Definições</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Cientologia
é o “<i>o estudo e tratamento do espírito em relação a si mesmo,
universos e outras formas de vida</i>”. As pessoas são processadas
(exercitadas) em cientologia com exercícios de Scientology, podendo
ser curadas de uma série de pessoas doenças psicossomáticas
(doenças físicas, causadas pela mente ou espírito). Advoga-se que
elas podem tornar-se mais inteligentes, despertas e mais competentes.
Seu primeiro princípio formula-se assim: “é possível conhecer a mente, o
espírito e a vida”.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A base da
cientologia é o “ciclo-de-ação” que, em aparência, toma a
forma de criação-sobrevivência-destruição. Porém, não
existe “destruição” para a cientologia mas apenas “criação”.
“Destruir” uma casa envolve uma criação, isto é, a criação
de uma casa arrasada. O correto seria dizer que o ciclo possui a
seguinte configuração:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Criar –
fazer, manufaturar, construir, postular, trazer à existência =
criar</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Criar-criar-criar
= criar de novo continuamente em um momento após o outro =
sobreviver</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Criar-contra-Criar
= criar algo em oposição a uma criação = criar uma coisa e depois
criar outra coisa em oposição a ela – Destruir.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Não-Criação
– ausência de qualquer criação (nenhuma atividade
criativa).</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A
utilidade da teoria vincula-se ao fato que ela se resume a duas
opções: criar e saber o que se está a criar ou criar e não saber
o que se está a criar, sendo sempre errado iniciar uma nova criação
para contrapor à antiga criação. Quando faz isso, ela obtém
confusão e caos.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
As
condições de existência são três: ser, fazer e ter. SER é a
“assunção de uma categoria de identidade”, ou o papel num jogo.
FAZER define-se como ‘ação, função, concretização, realização
de objetivos, alcançar um propósito ou qualquer mudança de posição
no espaço”. TER compreende-se como “ser dono de algo, possuir,
ser capaz de comandar, posicionar, tomar a seu cargo objetos,
energias ou espaços”.
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>"O jogo
da vida exige que se assuma uma beingness (Ser) para se ser capaz de
realizar uma doingness (Fazer) em direção a uma havingness (ter)"</b></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O
indivíduo não é tratado em cientologia como um Eu isolado. <i><b>Ele se
insere em oito dinâmicas que são impulsos (pulsões, ímpetos) na
vida</b></i>. As capacidades e fraquezas dos indivíduos podem ser
compreendidas pela observação de sua participação nestas oito
dinâmicas, que são os impulsos para a existência como indivíduo,
como atividade sexual, em grupos de indivíduos, como a Humanidade,
no reino animal, no universo físico, como espíritos ou de espíritos
e, por fim, como o infinito.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Outro
aspecto da cientologia é o chamado “<b>Triângulo ARC</b>”, a chamada
“pedra angular das associações vivas. Este triângulo é o
denominador comum de todas as atividades da vida”, realacionando
afinidade (A), realidade (R)e comunicação (C), propiciando a
compreensão.<br />
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-5_prH9jS25Y/UBbqdF3sZ4I/AAAAAAAAAPc/7fsjKosL1ts/s1600/componentsunderstanding-7_pt.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-5_prH9jS25Y/UBbqdF3sZ4I/AAAAAAAAAPc/7fsjKosL1ts/s200/componentsunderstanding-7_pt.jpg" width="182" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: left;">Triângulo A-R-C. Fonte: http://www.scientologycourses.org/pt/</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<b>Afinidade</b>
é “a consideração de distância, quer seja boa ou má”. Sua função mais básica seria a capacidade para
ocupar o mesmo espaço que outra coisa ocupa. A partir do critério de afinidade
define-se os vários tons emocionais, que vão desde o mais alto até
o mais baixo o que dá dá origem à uma “escala
do tom”, que vai da serenidade à apatia. Abaixo de Apatia, aumenta
o grau de solidez (matéria), devendo-se ter em conta que a afinidade é "composta primeiro de
pensamento, emoção e partículas de energia, comportando-se como um
sólido”.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
O segundo
ângulo, a <b>realidade</b>, entende-se em cientologia como “aquilo que
parece ser” e o que se acordar ser real é real. A <b>comunicação</b>,
terceiro vértice do triângulo é o verdadeiro “solvente universal”.
Operando conjuntamente os três elementos geram “compreensão”. A
comunicão, diga-se ainda, é o ponto de que parte todo o resto,
pois:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i>Se
não houver um elevado grau de afeição e se não houver algumas
base de acordo, não há qualquer comunicação. Sem comunicação e
alguma base de resposta emocional, não pode haver realidade. Sem
alguma coisa para acordo e comunicação, não pode haver afinidade.
Assim sendo, nós chamamos a estas três coisas m triângulo. A menos
que tenhamos dois vértices de um triângulo,não pode existir um
terceiro vértice. Ao desejar qualquer</i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>A Vida como um Jogo</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Para a
cientologia a vida é um jogo e envolve interesse, competição,
atividade e posse. Este jogo consiste de liberdade, barreiras e
propósitos e quando a relação entre a liberdade e as barreiras
desequilibra-se até certo ponto, o resultado é uma infelicidade.
Segundo Ron Hubbard:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
“<i>Fixo
em demasiadas barreiras, o Homem anseia ser livre. Porém, quando
colocado em total liberdade, ele fica sem qualquer propósito e
infeliz</i>”.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O homem
não deve ser passivo mas deve tomar parte da vida. Este é um quadro de “determinação das atividades de dois
ou mais lados num jogo simultaneamente”. Em outras palavras, “<b>Um
ser é Pandeterminado em relação a qualquer jogo ao qual ele seja
superior. Em um jogo em que é subordinado, ele é Autodeterminado”.</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Na
“armadilha” derivada da ausência de barreiras passa a operar o
ciclo da vida aparente (Criar-Sobreviver-Destruir). <i>Ao considerar
todas as restrições e barreiras seus inimigos, o homem recusa-se a
controlá-las e sucumbe a barrreiras</i>. As restrições tornam-se
aparentemente menores mas na verdade aumenta enquanto a libertade
diminui, ficando a vida insípida, caótica, aleatória e desprovida
de propósitos. O exemplo da revolução francesa cabe aqui.
Resolveu-se tomar o poder de nobres que tornaram-se autoderminados em
relação à sociedade e foram massacrados no jogo. A destruição
das instituições (eliminação das barreiras), ao invés de criar
liberdade instalou os fundamentos do Terror e da morte... Como um
componente na fórmula é adicionado, entretanto, o livre arbítrio
ou a escolha do indivíduo em participar ou não do jogo.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Ainda no
terreno dos jogos, o que são problemas? Todos falamos de
“problemas”, muitas vezes sem saber o que realmente quer dizer o
termo. Problemas se verificam quando dois ou mais propósitos se
confrontam. Paradoxalmente, não é “ruim” tê-los. Para os
cientologistas, <b>testes reais, evidenciaram que a pessoa começa a
sofrer de problemas quando não os tem em número suficiente</b>.
Algo terapêutico que auxiliaria o homem a equilibrar-se seria pedir
ao homem que “invente problemas” um após o outro, tornando-o
“<b>Pandeterminado quanto aos problemas em vez de estar num lugar
com todos os problemas contra ele</b>.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b>Espírito, Mente e Corpo</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
A
Cientologia diferencia o espírito da mente e o corpo, afirmando sua
contribuição pioneira para a humanidade quanto ao “isolamento,
descrição e tratamento do espírito humano”, o que foi “(...)
realizado em julho de 1952 em Phoenix, Arizona, onde eu (Hubbard)
estabeleci por meios científicos (ao invés de mera crença) que: <b>a</b>
<b>coisa que é a pessoa, a personalidade, pode ser separada do corpo
e da mente, voluntariamente, e sem causar a morte do corpo ou
distúrbio mental”.</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O
<b>espírito (Thetan)</b> “não tem massa, comprimento de onda, energia,
tempo ou localização no espaço, exceto por consideração ou
postulado” Ele não pode ser considerado uma “coisa”, mas um
criador de coisas, residindo habitualmente no crânio ou na
proximidade do corpo. Um thetan pode deteriorar-se ou a “<i>qualquer
momento, retornar à plenitude da sua capacidade. Como ele associa
beingness com massa e ação, ele não considera que tem uma
identidade ou um nome individual a não ser que esteja ligado a um ou
mais jogos da vida</i>”</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Embora
isso seja difícil de compreender para um iniciante em cientologia, um
thetan poder estar numa de quatro condições (sendo condição
“ótima” a segunda):</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
1.
Separado de um corpo ou até do universo;</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
2.
próximo do corpo e controlar conscientemente o corpo;</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
3. dentro
do corpo (o crânio)</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
4.
condição invetida em que estaria compulsivamente afastado do corpo
e sem poder aproximar-se deste.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Uma das
muitas metas do processamento (atividades a que se submete um
“<i>clear</i>”, aquele que se propõe a ter uma mente ótima) em
Scientology é “exteriorizar” o indivíduo, colocando-o na
segunda condição acima (próximo de um corpo e a controlar
conscientemente uo corpo), visto que se descobriu que ele está mais
feliz e mais capaz quando está situado aí.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
E como é
concebida a mente? Ela é tida como “<i>um sistema de comunicação e
controle entre o Thetan e o seu ambiente</i>”. Esta “mente” tem
três divisões principais: mente analítica, mente reativa, mente
somática. Em suma:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
a) A
<b>mente analítica</b> é aquela que “combina percepções do ambiente
imediato, do passado (através de imagens) e estimativas do futuro,
para gerar conclusões que são baseadas nas realidades das
situações" com a "cognoscência potencial do thetan com as
condições do seu ambiente e leva-o a formar conclusões
independentes”;</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
b) A<b>
mente reativa</b> que se comporta como um “mecanismo de
estímulo-resposta e nunca pára de operar, atuando abaixo nível de
consciências. É uma mente de estímulo-resposta. Sua capacidade de
extrair conclusões racionais é pobre sendo a fonte dos “impulsos
aberrados”, ou peculiaridades da personalidade como a
excentricidade, neuroses e psicoses. Ela “armazena todas as coisas
más que aconteceram a um indivíduo para mais tarde lançá-las de
novo contra ele, em momentos de emergência ou perigo, de modo a
ditar as suas ações de acordo com linhas que anteriormente foram
consideradas 'seguras'”. Ela é totalmente literal na sua
“interpretação” de palavras e ações;
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
c) A
<b>mente somática,</b> mais “pesada” por não conter “pensatividade”
mas apenas “atuação”. Os impulsos colocados sobre o corpo pelo
thetan atingem níveis voluntários, involuntários e glandulares,
sendo que este tipo de mente está sujeita a aos dois tipos de mente
imediatamente acima dela e ao thetan. As doenças “psicossomáticas”
residem neste nível, pois o thetan (espírito) não tem consciência
dos mecanismos de transmissão da mente analítica contra o corpo,
afetado diretamente pelo conteúdo estímulo-resposta da mente
reativa. <b>Uma doença psicossomática é causada pelas percepções
recebidas na mente reativa durante momentos de dor e inconsciência</b>.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Em sua obra, “Dianética, a Evolução de uma Ciência”, detendo-se um
pouco mais sobre a mente reativa (a grande descoberta da dianética), L.R.
Hubbard concluiu que “ela pensa em termos de identidade. É uma
mente de estímulo-resposta. "As suas ações são determinadas
exteriormente. Não tem livre-arbítrio. Esta apresenta dados de dor
física durante momentos de dor física, numa tentativa de salvar o
organismo. Desde que suas ordens e comandos sejam obedecidos, ela
retém a dor física. Mal o organismo comece a ir contra os seus
comandos, ela inflinge dor”.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><b>A mente
reativa alimenta seu próprio banco de dados composto por “engramas”
(um conceito crucial em cientologia) e seus locks. “Um engrama é
simplesmente um período de dor física em que o analisador está
fora de circuito e o organismo experimenta algo que concebe ser, ou
que é contrário, à sua sobrevivência. Só se recebe um engrama na
ausência de poder analítico</b></i>”. Dito de outro forma, recebe-se um
engrama quando se está inconsciente, sendo “inconsciência
designada pela palavra “anaten” (atenuação analítica , do
inglês analytical atenuation).</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Há,
portanto, “energia mental”, embora mais fina e de um nível
superior. E a cientologia afirma ter feito testes conclusivos de que
um thetan ao criar quadros de imagem mental e inseri-los no interior
do corpo pode aumentar a massa deste.</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O <b>corpo</b>,
ultimo elemento da “unidade humana” tem caráter “estrutural”
e o que há de mais interessante em cientologia é sua ênfase na
existência de um “um campo elétrico fixo em torno do corpo,
totalmente independente mas influenciável pela mente humana”. O
corpo existe em um “espaço (que) é criado por <b>pontos-âncora
</b><b>(pontos que estão ancorados num espaço diferente do
universo físico à volta de um corpo). </b>Desse modo, “<b>o
corpo não é apenas influenciado pelas três mentes, este também é
influenciado pelo seu próprio campo elétrico”.</b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
Todos
os postulados da Cientologia sobre o Espírito (thetan), a Mente e o
corpo são lastreados em testes empíricos. A Cientologia não se
arvora em algo independente da ciência que<b> </b>tem
como estranhos os métodos tradicionais de pesquisa. Mas existe
também uma <b>Para-Cientologia</b>, que “<b>inclui todas as
incertezas e áreas desconhecidas da vida que até agora não foram
completamente exploradas e explicadas</b>”. Independentemente disto,
alguns fatos são amplamente conhecidos:</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<ol>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O
próprio indivíduo é um espírito a controlar um corpo através da
mente.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O
thetan é capaz de criar espaço, energia, massa e tempo.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
O
thetan é separável do corpo sem o fenômeno da morte e pode
manejar e controlar um corpo estando bem exterior a este.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
o
thetan não está interessado em lembrar-se da vida que acabou de
viver, depois de ter partidodo corpo e da mente.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
uma
pessoa que está a morrer exterioriza-se sempre.</div>
</li>
<li><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
a
pessoa, tendo exteriorizado, geralmente volta a um planeta e obtém,
normalmente, outro corpo do mesmo tipo de raça que a anterior.</div>
</li>
</ol>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><i>O thetan
é imortal e não experimenta a morte, apenas a simula com o
“esquecimento”</i></b>. Ele vive novamente e “está muito ansioso por
colocar algo na linha do tempo (algo para o futuro) para que tenha
algo ao qual regressar”. Isto não só explica as ansiedades
sexuais como sugere que o que se cria durante a vida nos afeta na
próxima vida. </div>
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