Gurdjieff

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Quem é Gurdjieff?

terça-feira, novembro 22, 2005

TESES

1. “Phisys” e “Aletheia”, a dualidade atual entre natureza e verdade.

2. A coincidência entre ser e objeto se realiza na comunhão do homem com a natureza. Esta comunhão (união) não é operada por um ato puramente intelectivo mas pela interpenetração das essências do homem (“Anthropos”) e da natureza.

3. A verdadeira religião (“religare ”) é a cosmovisão dos antigos como permanente e imutável coincidência entre o ser e o ente. O abismo/fosso ser-ente não era estranho à antiguidade clássica.

4. A possibilidade metafísica moderna do conhecimento (“nous”) aparece enquanto falsa consciência iluminista e dissimulação. Gradativa tentativa dos iluministas em justificarem a mudança no curso do mundo desencadeada em meados do século XVIII (fuga da ordem natural das coisas).

5. A “Ordem Natural das Coisas” enquanto natureza (“natura = physis”). A "ontogênese" interrompida com a queda da cidade de Roma.

6. O “progresso” aniquila a relação entre a possibilidade de conhecimento da natureza interna (“self”) e externa.

7.Distanciamento da meta do “conhece-te a ti mesmo” (“Gnosses auton”) inscrita no Templo de Delfos.

8. A vontade atual em ato, a do homem antigo em potência.

9. Dissolução atual dos laços entre o homem “universal” e o “homem singular” e aparecimento do indivíduo. Não havia o indivíduo na antiguidade mas a compreensão do homem singular pelo universal. O universal dado no singular (Aristóteles).

10. Condições reais (dadas) para a prática da virtude entre os antigos. Real possibilidade do “ethos”. Na modernidade pós-iluminista subsistem as condições meramente formais da virtude.
Scientia servae Ethica entre os antigos. Limites da “polis” sobre a “episteme”.

11. Magia/Encantamento do Mundo. O “Ágape” e o “Agaton” inacessíveis ao homem secular. “Kalos” e o homem secular. O não-contemplar a verdade ("atheorein") da sociedade contemporânea.

12. O eterno retorno. O mundo (“Kosmos ”) como fluxo, refluxo e influxo perpétuos ("panta rhein" = “devir”). Curso do Mundo sujeito a interrupções de proporções cósmicas. Retorno ao ponto de partida (“Teos = Aletheia”).

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