Gurdjieff

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Quem é Gurdjieff?

segunda-feira, novembro 21, 2005

Continuação

Todo este arrozoado sobre o renascimento tem como finalidade dar nomes aos bois na qüerela sobre o caráter da ciência moderna. Ela é, ou não, fruto direto do iluminismo. Mais do que do "Renascimento", que, como vimos, mesclava-se ao sadio sobrenatural, ao terreno místico. O "iluminismo" era prosaico e sofrivelmente empírico. O "renascimento" abortado poderia equivaler à retomada do impulso verdadeiramente novo das civilizações da Grécia e Roma, a um novo humanismo que recuperaria todas as perdas sofridas pelo planeta desde que foram apagados os vestígios das grandes culturas.

Por que a ciência também se desenvolvia na antiguidade, mas dentro dos limites éticos impostos por uma sociedade ciosa do seu instinto de sobrevivência e do pertencer à natureza. Ninguém hoje duvida das imensas conquistas daquela sociedade. Em grande parte, os escritos daqueles povos se perderam. Imaginemos o que fora a Biblioteca de Alexandria e o pouco que nos trouxeram os monges copistas. Aristóteles é conhecido pelas anotações de seus alunos, pois nenhum dos Tratados originalmente escritos por ele foi preservado. Ademais, recordemo-nos das inovações tecnológicas dos antigos.

Caso não houvesse esta imprevista ruptura na ordem do universo, caso as formações sociais do passado não houvessem sucumbido, os destinos da humidade seriam outros. Uma sociedade unindo a ciência à natureza teria gradualmente tomado corpo - como já o fazia em Roma e na Grécia -; incorporando todo o conhecimento também da Alta Antigüidade. O mundo teria seguido um curso tal em que os homens não perderiam seus elos com a natureza.

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