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sábado, dezembro 24, 2011

O Grande Culpado de Viktor Suvorov - Excertos (Lançadores Múltiplos de Foguetes Katyusha, Aviões em Massa, Tropas Aerotransportados, Bombardeiros)

"Tubos de Stálin"

Uso de lançadores múltiplos de foguetes no verão de 1941, os “tubos de Stálin” ou “Katiúcha”, equipando o Exército Vermelho em 1941 com um sistema de artilharia lança-foguetes, o BM 9-36.

O "órgão de Stálin". Os tubos que produziam a música mais aterradora da II Guerra Mundial
Produção em Massa do Ivánov (Su-2) a partir de 1936

Criado por um grupo de projetistas chefiado por Pavel Ossipovitch Sukhói. “O Su-2 tinha muitos usos: podia ser bombardeiro leve, avião tático de reconhecimento e avião de ataque. O projeto era extremamente simples e racional” e adequava-se à produção em larga escala.

Entretanto, em 22 de junho de 1941 o exército alemão atacou o EV, justo quando o Su-2 era entregue (pg.74).


Ivanov SU-2
A Tática Soviética de Ataques Rápidos e Mortíferos
Tática soviética lembra a utilizada em Pearl Harbor com o “Nakajima B 5-N que era uma bombardeiro leve”. Era também caso do Ju-87 alemão, um avião monomotor mais semelhante a um caça que um bombardeiiro, com velocidade baixa, mas ambos, em grupos de aviões (como chacais) investiam de forma fulminante em ‘sonolentas’ base aéreas. Eram aviões de ataque surpresa.
"Os Pilotos treinados capazes de levar aos céus 100.000 a 150.000 aviões Su-2, ao “céu limpo”, os quais não eram necessários em guerra defensiva".Pg. 84
"Antes da guerra, e durante ela, a União Soviética projetou aviões notáveis e, ao mesmo tempo, muito simples. Mas a grande realização das forças aéreas soviéticas não foi a criação de aeronaves que destruíam os aviões inimigos no ara, mas de outras, que destruíam aviões inimigos e quaisquer alvos no chão.

O Il-2 foi o grande feito soviético em tecnologia da avião durante a 2ª guerra mundial. Bases aéreas eram seu alvo predileto”. Pg. 84.

“Pois, então, por que a força aérea soviética perdeu a superioridade aérea logo no primeiro dia, no estágio preliminar da guerra? Por que os alemães adquiriram vantagem no ar, considerando que sua força aérea perdia para a soviética, tanto em quantidade como em qualidade de aviões? A resposta é simples: a maioria dos pilotos soviético, incluindo os de caça, não aprendeu a combater em batalhas aéreas. A aviação soviética estava orientada para conduzir uma operação grandiosa, repentina e agressiva, em que a força aérea soviética, em uma só investida, esmagaria os aviões inimigos no chão e ganharia o domínio do ar”. Pg. 89.

Tropas de Assalto soviéticos aerotransportadas a sua missão

“A União Soviético foi a primeira nação do mundo a realizar ataques com tropas de assalto aerotransportadas. Essas tropas foram criadas em 1930, antes de Hitler subir ao poder na Alemanha. Apena duas outras nações desenvolveram táticas semelhantes antes da Segunda Guerra Mundial: A Alemanha, em 1936, e a Itália. No início da guerra, Hitler tinha 4.000 paraquestistas. A Itália havia treinado 700”. pg.133

Stálin liderou o desenvolvimento de assaltos aerotransportados. ‘No fim de 1933, o Exército Vermelho tinha um brigada de assalto aéreo, quatro unidades móveis de paraquedistas, vinte e nove batalhões distintos e várias companhias, que somavam cerca de dez mil homens’.

No início da guerra, a União Soviética tinha mais de um milhão de paraquedistas treinados, de acordo com o jornal oficial do Partido Comunista, Pravda, em 18 de agosto de 1940. pg. 91

Em 12 de junho de 1941, o Exército Vermelho criou o Comando das Tropas de Assalto Aéreo (...), além dos corpos de assalto aéreo, brigadas e regimentos, havia um número significativo de batalhões de paraquedistas, como unidades incluídas na infantaria soviética regular.(...) paralelamente às formações de paraquedistas, várias divisões regulares de rifles também se preparavam para serem transportadas por ar – na época, um passo essencial na redistribuição das tropas. Em 21 de junho de 1941, na véspera do ataque de Hitler à União Soviética, o exército soviético treinou em operações ofensivas aerotransportadas; uma prova de quão longe se achavam da estratégia defensiva”.

Ações coordenadas na tomada de Stalingrado

“Os generais soviéticos sonhavam não só em despejar uma multidão de paraquedistas na Europa Ocidental, mas também centenas, se possível milhares, de tanques. Os projetistas buscaram avidamente o modo mais simples e barato de realizar esse sonho. Oleg Antônov, que mais tarde criaria o maior avião cargueiro militar do mundo, sugeriu acrescentar asas e empenagem (o conjunto da cauda) a um tanque comum, usando o corpo deste como fuselagem do híbrido. Tal sistema recebeu o nome de KT – Kriláti Tank (tanque de asas). As engrenagens do volante eram ligadas ao canhão do tanque. A tripulação podia dirigir o vôo da cabine do tanque, girando a torre e o canhão”.

“(...) o tanque alado de Oleg Antônov não ficou pronto no início da guerra; e como a guerra não começou do modo que Stálin planejara, essa invenção tornou-s tão inútil quando os milhões de paraquedas cuidadosamente dobrados, esperando o ataque contra a Alemanha e a Romênia”. Pg. 95.

“A União Soviética entrou na Segunda Guerra Mundial com o maior número de pilotos de planadores do mundo. Só em 1939, 30.000 pessoas treinavam simultaneamente para pilotar planadores”. “Em janeiro de 1940, por decisão do Comitê Central (ou seja, sob as ordens de Stálin), criou-se o Comissariado do Povo (que os russos abreviam para Nakomat) da Indústria de Aviação, um grupo integrado no Ministério da Aeronáutica, para a produção de planadores-cargueiros-militares”.

O Maior Cargueiro do Mundo - o PS-84 (réplica do Douglas DC-3 americano)

“O melhor avião cargueiro do mundo, no início da Segunda Guerra Mundial, era o lendário Douglas DC-3 americano. Essa aeronave bateu o recorde da durabilidade; 55 anos de uso. Foi um avião extraordinário em sua época.

Pois o Douglas DC-3, embora com nome diferente (PS-84), formava o núcleo da aviação militar de transporte. Pg. 96

“Antes da guerra, a União Soviética havia comprado vinte aviões Douglas dos Estados Unidos, e, em 1939, seis aeronaves idênticas foram fabricadas em solo soviético. Em 1940, 51 aviões foram fabricados; em 1941, 237. Ao longo da guerra, 2.419 modelos DC-3, ou os soviéticos PS-84/Li-2 saíram das fábricas soviéticas”.

“Além do DC-3, a União Soviética tinha centenas de bombardeiros estratégicos TB-3, que também podiam ser utilizados como cargueiros . Todos os ataques de paraquedistas dos anos 1930 foram feitos com o TB-3. havia aviões suficientes para transportar milhares de paraquedistas e armas pesadas, incluindo tanques, carros, blindados e artilharia”.

A Ordem de Campo de 1939 - A URSS queria dominar os Ares

O mais importante documento a orientar as ações do Exército Vermelho em guerra foi a Ordem de Campo (PU – Polevói Ustáv). Na época, estava em vigência Ordem de Campo de 1939 – PU-39. Ela dizia claramente que para realizar uam ‘penetração profunda’ e um ataque em massa de corpos de assalto aéreo, a força aérea soviética precisava dominar o céu. Essa ordem de campo, bem como as instruções sobre batalhas aéreas e ‘instruções sobre o uso independente da aviação’ previam a execução, no inicio da guerra, de uma operação estratégica maciça, que esmagaria a força aérea inimiga”.

Stálin criara tantas tropas de assalto aéreo que seria possível utilizá-las em um único cenário: ataque aéreo e invasão maciça. O Exército Vermelho deveria iniciar a guerra de maneira repentina e traiçoeira, com um ataque aéreo contra as bases aéreas inimigas. Milhares de paraquedistas cairiam do céu para tomar e controlas as bases principais e pontos estratégicos. Qualquer outra ação não seria viável. Só que foi Hitler quem realizou o ataque antecipado. A estratégia comunista de dar o primeiro golpe foi abortada. Os cuidadosos planos de Stálin de montar um assalto aéreo maciço tornaram-se irrelevantes na corrida desesperada para se adaptar a uma guerra defensiva”. Pg. 97

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