Gurdjieff

Gurdjieff
Quem é Gurdjieff?

sexta-feira, dezembro 23, 2011

O Grande Culpado de Viktor Suvorov - Excertos (Tanques)

Antes de mais nada, apresentemos uma síntese da avaliação elaborada pelo autor do “estado da arte” das armas soviéticas entre as décadas de 1930 e 1940. Comecemos pelas divisões de tanques.
Tanques e Divisões de Tanques
“Em 1933, o Exército Vermelho adotou o tanque T-28. Uma variação do modelo foi projetada em 1937 – o T-28PKh (Podvódni Khód – tanque de “travessia submersa”). Os testes mostraram que, se necessário, todas as séries de tanques T-28 poderiam ser convertidas em tanques de travessia submersa, a profundidade de até 4,5 metros em uma extensão de um quilômetro, com a velocidade da correnteza de até um metro por segundo. Na década de 1930, não havia um único tanque alemão, inglês, americano, francês ou japonês capaz de competir com o T-28, em termos de artilharia, blindagem e força do motor”. Pg. 51.


Tanque T-28

“Em 19 de dezembro de 1939, o Exército Vermelho alistou em suas fileiras o T-34. a seguir, algumas avaliações alemãs de seu desempenho. O marechal de campo Von Kleist disse: ‘O T-34 era o melhor do mundo’. O general Von Mellentin concordou: ‘Não tínhamos nada que se igualasse ao T-34’. O marechal de campo Rundstedt pensava o mesmo. O coronel-general Guderian recorda: ‘Um grande número de tanques T-34 foi utilizado na batalha [Guderian referia-se às hostilidades de outubro de 1941, perto de Mtsensk, a Nordeste de Orel], causando perdas significativas de nossos tanques. A superioridade que antes tínhamos em tanques agora estava perdida, e passara para o adversário. Portanto, desapareceu a perspectiva de sucesso rápido e contínuo”. Nossos canhões antitanques, de 50 a 37mm, eram totalmente inúteis diante do T-34”.

T-34

O General Westphal admitiu: “A chegada das armas soviéticas, que ultrapassaram as alemãs em qualidade, foi uma surpresa bastante desagradável. Uma delas era o tanque T-34, contra o qual as armas alemãs antitanques foram impotentes.

O general de infantaria Blumentritt concordava com os colegas: ‘Em 1941, o T-34 era o mais poderoso de todos os tanques [...] Nas vizinhanças de Verei, o T-34, sem qualquer hesitação, penetrou nas posições da Divisão da 7ª Infantaria, atingiu a artilharia e literalmente esmagou os canhões. É possível imaginar o impacto que isso teve no moral da infantaria. E assim começou a ‘tanquefobia’”.


“No fim de 1937 os alemães começaram a produzir o PZ-IVA, “o mais poderoso tanque alemão da primeira metade da Segunda Guerra Mundial, com blindagem de 15 mm”. Entretanto ele superava os tanques soviéticos T-28 em apenas um parâmetros (...)”

Tanque KV

“Entretanto, “em junho de 1941, o Exército vermelho sofreu uma derrota esmagadora, pois os T-34 eram insuficientes, apenas 967”.

“Os alemães não conseguiram projetar um bom tanque para produção em massa. Assim, até quase o fim da guerra, a Alemanha teve de fabricar modelos obsoletos para auxiliar os modelos Tiger e Panther e compensar as perdas sofridas em batalha”. Pg. 57.

Tiger Alemão em Túnis

“O Panther e o T-34 nem sequer deviam ser comparados. Seria como comparar boxeadores de pesos diferentes”. Pg. 57.

“Quanto aos tanques pesados, “os trabalhos de criação de tanques pesados na União Soviética começaram em 1930. Em 1933, o primeiro tanque soviético, o T-35, foi fabricado em série e passou a ser parte do exército. Era um gigante de cinco torres; pesava 45 toneladas e era operado por onze homens”. Pg.58.


O gigante soviético, o T-35


“Em 1939, os testes de três novos tanques pesados soviéticos – KV1, SMK e T-100 – foram realizados em condições de combate”, na guerra da Finlândia”. Pg. 59

“O KV-1 e o KV-2 pesavam, respectivamente, 47 e 52 toneladas. O KV foi o primeiro tanque do mundo dotado de blindagem antiprojétil: tinha armadura frontal de 75 mm, que podia ser reforçada”. Pg. 58. O KV2 tinha armas ainda mais poderosas, como o obus de 152 mm”. Pg. 59.

“É impossível, mesmo em teoria, comparar o KV-1 e o KV-2 com os melhores tanques alemães, o Pz-III e o PZ-IV: o KV era pesado, enquanto o exército alemão não tinha tanques dessa classe de peso em 1941”.



“O KV foi o mais poderoso tanque do mundo durante toda a primeira metade da Segunda Guerra Mundial, até a batalha de Stalingrado. Nenhum outro país tinha algo comparável nessa classe de peso. O projeto do KV tinha espaço para aperfeiçoamentos, o que lhe permitia passar por vários estágios de desenvolvimento, do KV-1 ao KV-13. Mais tarde, transformou-se no IS-1 e depois no IS-2, o mais poderoso tanque da Segunda Guerra Mundial”.

Um comentário:

Anônimo disse...

A primeira série de textos mais profundos sobre Suvorov aqui no Brasil.