Gurdjieff

Gurdjieff
Quem é Gurdjieff?

terça-feira, junho 09, 2009

O que buscamos? Samadhi? Nirvana? Superconsciência? O que afinal?

Ouço dos amigos e interlocutores freqüentes afirmações sobre o que consideram sua "busca". Outro dia um amigo me confidenciou que se sente "bem e solto" ou "leve e relaxado" em suas sessões de Yoga. Outro pode se sentir bem mais confortável e tranqüilo após praticar a meditação "Nadabrahma" do Osho ou exercitar-se em "respiração profunda" e uma série de "pranayanas" selecionadas (técnica hindú da respiração, para ser rápido e conciso).
Muitas pessoas confudem a Yoga e suas técnicas com relaxamento. Outras se encantam com "Nova Era" e crêem que se confunde com um amálgama de técnicas voltadas para o bem viver e a conquista da felicidade e o bom relacionamento com os outros. Ledo engano. As verdadeiras conquistas se dão pelo choque e pela luta. No meu caso, meu primeiro episódio de "iluminação" ocorreu após muitas noites mal dormidas, má alimentação, aborrecimentos, profundo cansaço físico e dores. Há outros caminhos, sem dúvida. Mas nenhum passa pelo conforto e a acomodação. Porém, isto será discutido em outro momento.
Há também aqueles que buscam um caminho célere para o que consideram ser a real "iluminação". Buscam e acabam por encontrar atalhos nas drogas, na hipnose ou na auto-hipnose. Na primeira hipótese quando apelam a ayahuasca ou o Santo Daime (uma espécie de "beberagem" à base de plantas da Amazônia brasileira), nos moldes do que Carlos Castañeda batizava de efeitos das "plantas de poder". Ora, toda planta é uma planta de "poder" e os limites entre as "drogas naturais" e aquelas produzidas em laboratório se encontram apenas no grau de concentração de seu princípio ativo. E não há qualquer droga que não produza efeitos no nível consciencial e altere seus estados. Cada uma delas possui sua pecualiaridade e produz determinado estado de consciência mais ou menos agradável ao seu usuário.
O fundamental é que o buscador autêntico não confunde os fins com os meios e seleciona os seus fins. Dito de outra forma, oa "fins não justificam os meios". Não é o alcance de um estado diferenciado e superior de consciência, a navegação a um outro plano, mas a união definitiva e perpértua com o UNO e as esferas inefáveis do SER que se constitui na meta concreta e última. Isto exclui a vã ilusão caracterizada pela busca do que se julga ser o "Nirvana" ou qualquer estágio consciencial como reles conquista de um objeto do desejo.
Neste caso, os partidários da "via rápida" rumo à libertação final não são diferentes do Silvio Santos quando mira juntar uma quantia significativa de dinheiro com seus programas. Talvez inferiores porque nosso sábio empresário sabe muito bem o que quer e, pelo visto, conquistou a vontade, alqo em que que nosso pequeno "aprendiz de Iogue" está apenas patinando...

2 comentários:

Anônimo disse...

Todos os caminhos levam ao UNO. Todos. Há atraso quando cremos que só o nosso é verdadeiro.

Unknown disse...

C. Batista, o Uno, a Unidade com o Ser não corresponderia ao UM de Pitágoras, e também à Kether na Cabala? Assim, quem atinge este estágio está unificado à divindade. Todavia, acima de Kether há o Ain Soph que, em minha opnião, corresponde ao Nirvana...Estes são os dois caminhos que o Adepto pode escolher: entrar no Nirvana, integrar-se a Brahma, ou maner-se no Samsara...
o que afinal, nao faz diferença, já que Nirvana é Samsara, Samsara é Nirvana...