Nossos verdadeiros poderes não são os "sidhis", faculdades latentes do homem descritas nos tratados clássicos. Muitos são aqueles que buscam os "sidhis", que são uma conquista progressiva para o operário comum do mundo da consciência individual . Em alguns momentos são úteis. Servem-nos como alavancas que nos dão fôlego para alcançar o verdadeiro alvo: a autorrealização. Em outras situações transformam-se em grossas cadeias de ferro que atam um condenado na masmorra do corpo físico, ao apego e ao auto-agarramento. Brinquedinhos da infância espiritual para muitos que se entretêm com a sensação de "poder" e os olhares crédulos da multidão.
Poderes dessa natureza são muito explorados hoje. Seu desenvolvimento torna-se alvo do trabalho, não um meio. Há "cursos" que ensinam a se projetar no "extrafísico", professores de "saltos levitativos", instrutores da "mediunidade".
Porém, poucos se dão conta de que quais são os verdadeiros poderes do Ser humano, aqueles que dificilmente a maioria de nós desenvolve sem esforço hercúleo, disciplina moral, concentração e sabedoria. Amor, Compaixão, júbilo com o êxito do outro, imparcialidade. Desenvolvimento da paciência, renúncia, altruísmo.
É mais difícil cultivar virtudes que levitar. Mas a recompensa final é muitíssimo maior.
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