Thomas De Hartmann |
Um interessante trecho do livro do músico e discípulo de Gurdjieff, Thomas De Hartmann, "Nossa Vida com Gurdjieff":
“Nas escolas esotéricas, certos homens de alto nível de
compreensão estudam, em sua totalidade, a natureza do homem.
Seus alunos querem desenvolver o próprio Ser. Falam sincera e
abertamente de sua busca interior, de sua meta, como alcançá-la e
como aproximar-se dela, e dos traços de caráter que lhe obstruem o
caminho. Para ir ao encontro de uma confissão assim, deve-se tomar
uma decisão importante, aceitar ver seus defeitos reais e falar
deles. Gurdjieff ensinava ser absolutamente essencial conhecer o
traço principal de seu caráter, aquele em torno do qual (como de um
eixo) giram todas as nossas estúpidas e cômicas fraquezas. Desde os
primeiros dias, Gurdjieff nos falava desse traço principal. Vê-lo e
estar plenamente consciente dele é às vezes muito doloroso, algumas
vezes impossível de suportar. Nas escolas esotéricas, como já
disse, só se releva a um aluno sua fraqueza principal com muitas
precauções, para evitar que se crie um estado de desespero capaz de
pôr fim a sua vida. Um vínculo espiritual com um mestre pode evitar
essa tragédia.
As Sagradas Escrituras falam do momento da descoberta do defeito
principal quando dizem que, ao ser esbofeteado na face direita, você
deve oferecer a face esquerda. O sofrimento que esse descoberta
provoca assemelha-se à ofensa de uma bofetada. Um homem deve achar
em si mesmo força para evitar esse sofrimento, mas ter a coragem de
oferecer a outra face, quer dizer, ouvir e aceitar ainda mais a
verdade sobre si mesmo”
2 comentários:
Creomar, estas verdades que, às vezes, somos fracos em ver ou tememos ver ou não queremos ter conhecimento é a grande fraqueza que persegue a todos nós. Quando somos capazes de nos encarar sem qualquer vergonha ou medo podemos querer mudar. Mas, veja bem, disse podemos. Livre arbítrio.
Leia em minha posição quanto ao tema em http://www.umasociedadejusta.blogspot.com/2011/06/judas-iscariotes-na-atualidade.html e também em
http://www.umasociedadejusta.blogspot.com/2011/05/os-demonios-no-meio-de-nos.html
UM GRANDE E FRATERNAL ABRAÇO
FIQUE COM DEUS.
Olá Keller, eu a lerei. De fato nada nos incomoda tanto quanto descermos di pedestal em que nosso falso sentido de "eu" nos coloca. Este é o verdadeiro sentido do trabalho sobre si mesmo. Abraços.
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