Este "circuito interior" ou "esotérico" da humanidade sempre foi restrito. Mas sua simples existência foi capaz de influenciar as mais brilhantes civilizações que já feneceram no globo e irrigar os campos da ciência, das artes, da literatura e das técnicas desde a aurora da civilização, muitos anos mesmo antes do surgimento das atuais e "conhecidas" culturas do Crescente Fértil, do Vale do Nilo, do hindu ou as de quaisquer sociedades pré-colombianas (estas últimas, vestígios de culturas como a Atlante, cuja língua azteca que perdura até os dias de hoje não pode negar de maneira alguma).
Este circuito interior nunca foi tão grande quanto na "idade de ouro", a "krytia Yuga" dos hindus, cujo apogeu coincide exatamente com o período de maior esplendor da civilização atlante. Foram estes adeptos de milhões de anos atrás e seus discípulos que deram a luz à maior civilização de todos os tempos, a da Atlântida, a primeira e única a conjugar técnica, ciência e magia branca.
Na Atlântida da Era Clássica era possível viajar em corpo astral ou em carros voadores alimentados por uma misteriosa "luz", com mais potência que centenas de mísseis nucleares. O domínio dos elementos pelos mestres Atlantes, os magos da "mão direita" era tão intenso, que se manipulava magistralmente as propriedades dos elementos com o uso da "alquimia esotérica" e um profundo conhecimento dos átomos físicos ultérrimos que constituiam a criação.
Conhecendo perfeitamente as três principais forças ou "energias", o "fohat", o "prana" e a "kundalini", os atlantes produziam luz, calor (através da condensação dos feixes de luz produziam raios laisers potentíssimos, empregados para enfrentar as forças do mal) e eram capazes de romper com facilidade as barreiras do tempo, ignorando a distinção espaço-tempo. Não lhes era desconhecida a teoria física das "dimensões extras", hoje fartamente explorada pela cosmologia, e através de meditação e utilização precisa das propriedades do corpo causal, seus grandes adeptos ultrapassavam com elegante facilidade quaisquer dobras infinitesimais de tempo.
As narrações da grande epopéias hindus, sobretudo a da grande guerra de Rama contra os Rakchasas, os demônios governados por Ravana, o mitológico Rei de Lanka que raptara a princesa Cita, ou então as terríveis e vivazes descrições de "guerras nucleares" do Mahabbharatta são ecos distantes, na recém nascida sociedade ária, das avançadas tecnologias e das ciências atlantes, que precederam em milhões de anos quaisquer inovações trazidas pela "Revolução Industrial" inglesa ou a nossa pobre "Era da Informática".
Os Atlantes jamais produziram "cientistas", no sentido moderno do termo. Havia ali, sim, adeptos e seres iluminados, que conhecendo os elementos físicos e etéreos e com um elevado nível de desenvolvimento do ser (pois tinham kayas, isto é, corpos, búdicos altamente sutilizados e puros) contribuíram para dotar o homem de algumas comodidades, aumentando seu bem estar durante a vida material.
O processo de "geração de energia" dos atlantes era limpo, pois se evitava o uso de fontes poluídoras e sujas de energia e até mesmo as hidreelétricas eram evitadas, pois podiam conduzir ao mau uso das águas fluviais e alterações indesejadas do curso dos rios. Como os Atlantes lamentariam, sem dúvida, o terrível crime cometido pelo General Nasser ao desviar o leito do Nilo ou as atrozes agressões das autoridades brasileiras ao ambiente, quando praticamente destruíram a cachoeira das sete quedas ou a pretensão dos arrogantes bandidos que governam a China, e estão matando o Rio Amarelo. Para não falar dos comunistas facínoras na antiga União Soviética, que na ânsia por acumular poder tiveram o "mérito" - mais um crime inenarrável a ser imputado ao Karma destes seres - de simplesmente secar o mar de Aral.
Entre outras coisas, o controle da energia primordial cósmica, o "fohat" (que reúne todas as forças atualmente conhecidas pela ciência oficial como magnetismo, eletricidade, energia nuclear forte e fraca) permitia aos atlantes captarem imagens etéricas em tubos de cristal - preconizando a televisão; comunicaram-se em freqüências de onda no presente imperceptíveis aos aparelhos auditivos do homem contemporâneo, o que era análogo ao rádio; registrar informações do passado retidas no flúido astral ou "Akasha" em pequenas máquinas construídas de jacinto e madrepérola, de formato arredondado e com pequenos furos na superfície, informações estas que representavam o conhecimento coletivo e facilmente "acessadas" pelos adeptos operavam como os modernos computadores.
Diz-se que no antigo país dos Iorubás na África, ainda no século XIX, foram encontradas quase intactas alguns exemplares destas caixas (sabe-se que algumas daquelas culturas são herdeiras diretas dos atlantes), usadas por feiticeiros para comunicação com os Orixás. Estes "orixás", ou deuses dos iorubás, são representações atualizadas de antigos ídolos da Atlântida e são antigos que como demonstram alguns livros de etnologia do século XX, podem ser aparentados aos deuses gregos mais velhos. Ogoum, por exemplo, o "Deus do Raio", em algumas estatuetas da África meridional é quase similar ao Zeus Olímpico!
O mistério do desaparecimento de Atlântica continua sem ser resolvido, mas o ocultismo e alguns clarividentes que detêm o poder de enxergar o passado na luz astral afirmam que uma das razões para o declínio e queda do império atlante podia ser, por paradoxal que seja, o número exagerado de adeptos que ministravam seus conhecimentos no continente. Com um contingente de discípulos muito amplo, quase impossível de se controlar e a má difusão do ensinamento - que se banalizou e caiu nas mãos de elementos egoístas que se transformaram nos primeiros magos negros da história - Atlântida veio a sucumbir. Seus erros e perversidade foram enterrados com o gigantesco maremoto de 40 milhões de anos atrás, passando-se séculos e mais séculos até que o caminho do adeptado fosse reintroduzido na humanidade, devidamente expurgado dos erros nefastos que dizimaram o povo atlante.