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terça-feira, agosto 15, 2006

Moisés, o Iniciado

Moisés era um iniciado egípcio. Amigo do Faraó no trono, discípulo dos sacerdotes de Tebas, iniciado nos sagrados mistérios de Mênfis. Moisés, como já fora dito anteriormente - o que descobri ter sido já apontado por Siegmund Freud - tem mesmo um sufixo patronímico de origem egípcia e comum a muitos velhos faraós. O antigo egito era a pátria da iniciação e, segundo Édouard Schuré, novo ainda, o futuro guia dos hebreus no deserto matara um egípcio que maltratava os pobres escravos das minas, o que o obrigou a fugir para a planície de Horeb, onde conheceu o etíope Jethro, que lhe deu as chaves da compreensão dos mistérios dos elohim e do Deus único.

Na Biblioteca de Jethro leu os vetustos livros sagrados dos caldeus, aprendeu os segredos ritualísticos arcaicos que futuramente viria a traduzir no Sepher Bérishit, seu livro sagrado. Este não é o mesmo Moisés que escrevera o Gêneses (este personagem jamais existiu e este livro foi na verdade redigido na Babilônia por rabinos doutores judeus exilados). Mesmo o relato original da grande cosmogonia esotérica que mais tarde se transformaria no "gêneses" foi escrito pelo Sacerdote egípcio Moshe em caracteres hieroglíficos antiquíssimos, cujo significado oculto e profundo foi se perdendo com o desenrolar do tempo à medida que as tábuas originais eram traduzidas para idiomas mais modernos como o egípcio de 4.000 anos atrás, os caracteres cuneiformes babilônicas, o fenício e o arameu. A capacidade de interpretação de uma escrita simbólica e oculta havia se perdido junto aos cantos e fórmulas mágicas dos iniciados no culto de Osíris.

Esta é uma das teses que Èdouard Schuré desenvolve em sua alentada obra "Os Iniciados", que em escala ascedente - como que obedecendo ao plano prévio traçado pela divindade para a humanidade - apresenta os grandes mestres do mundo, os avatares de Vishnu, Rama e Krishna, Hermes o Três Vezes Grande, Moisés, Pitágoras, Orfeu e Cristo. Moisés, como o grande e inconteste fundador do monoteísmo estrito no Ocidente recebe tratamento que julgo diferenciado. Sempre incompreendido, s empre envolto pelo mistério, tendo com frequência sua própria existência histórica negada, Moisés assoma na obra como um dos maiores iniciados de todos os tempos.
E quem é este Moisés? Um príncipe e Sacerdote egípcio. Se seus ensinamentos e o conteúdo dos primeiros capítulos do Gêneses permanecem obscuros (o "Velho Testamento" é um "mar de obscenidades), isto ocorre porque foram perdidas na poeira do tempo as chaves de ouro para sua correta interpretação, uma vez que estes foram escritos em antiquíssima língua com tipos hieroglíficos que já eram desconhecidos até mesmo de parcela da casta sacerdotal. As incursões de filólogos, lingüistas e dos "cientistas" da religião foram quase repetidamente infrutíferas quando se tratava de desvelar o sentido interno destas obras, pois ora se recorriam a toscas interpretações alegóricas, ora se socorriam da "letra fria" da escritura, a exemplo dos protestantes que não aceitam nenhuma leitura mais ou menos liberal da letra bíblica.

Muito provavelmente todo o segredo sobre as origens de Moisés esteja perdido, ao menos todo e qualquer dado primário ou secundário que nos ajude a decifrar o enigma de sua existência e obra. Fora dos colégios iniciáticos e das Escolas de Mistérios não resta alternativa para o conhecimento desse assunto, que permanecerá sempre tocado com um leve sussurro de ouvido pelo mestre.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meio ultrapassado este livro que você citou. Bem, mas se antiguidade desacreditasse o esoterismo, então a Bíblia não valeria NADA!

Anônimo disse...

O Senhor do blog fez um texto todo falando sobre as percas das messagens da bíblia e sobre uma provável má hermenêutica que pôde ter contribuído para ela ficar mais sombria do que já é.

É bem normal que o Anônimo ache a bíblia esotérica já que seu sentido próprio é um grande mistério. Em poucas palavras, uma pessoa de mundo pequeno tentando nomeclaturar um mundo mais antigo que a humanidade.