Em ordens como a franco-maçonaria somos instruídos a "vencer nossos vícios e submeter nossas paixões". Os graus iniciais em seu acúmeno, o grau de mestre, expressam a caminhada evolutiva do maçom em direção à completude e à liberdade, pois abandonar o vício é tornar-se efetivamente livre. Os demais são aperfeiçoamentos de virtudes específicas e do entendimento de profundos aspectos filosóficos da nossa Arte Real,no caso do R.'.E.'.A.'.A.'.
De maneira geral, para todos os homens e mulheres existe uma escala de vícios, existindo vícios densos e vícios sutis. Vencer um determinado vício ou apego excessivo e aparentemente fora de controle é algo extremamente difícil para a maioria de nós. O vício nos escraviza, nos submete a ainda mais leis que aquelas que estão realmente estabelecidas no planeta terra. Ou seja, criamos para nós autorestrições totalmente desnecessárias, prejudicando a nós mesmos com maior ou menor grau de intensidade e também o próximo, como quando se abusa de drogas lícitas (como o álcool) ou ilícitas.
Alguns vícios, em minha opinião, são momentâneos ou extraordinários. Outros são decorrência de aspectos ruins herdados da fases pregressas de nossa vida impregnados em nossa essência. Outros são difíceis de aquilatar, pois repousam na "herança" cármica e estão presentes nos atómos permanentes do nosso corpo causal.
Os vícios momentâneos ou extraordinários parecem desaparecer quando suas causas imediatas deixam de se manifestar. Há pessoas que passam a beber em virtude da perda de um emprego e tão logo são contratadas por outra firma abandonam o vício. Não atuaram, entretanto, sobre a causa última que é sua fraqueza interna, mas tudo bem. O vício foi abandonado e não a prejudicará por algum tempo.
Nos casos de vícios herdados de fases pregressas de nossas vidas, foram hábitos e automatismos que se processam desde a infância os principais responsáveis pela sua manifestação. Nesse caso, o estudo de si e decorrente observação de si são mais importantes - não que não sejam para os outros casos. No caso do homem comum, ajuda psicológica de um "profissional" pode ser bem vindo, admitindo-se que este "profissional", ainda que inculque uma programação estranha à consciência do indivíduo, pode contribuir para mitigar os efeitos do vício.
No passados, clérigos e "benzedeiras" faziam isso. Nos séculox XIX e XX, bons hipnotizadores ou mesmerizadores por meio de sugestões ou correntes de "energia animal" poderiam auxiliar o paciente desde que este se predispusesse a tal. Atualmente, o psicanálise tenta a seu modo cumprir tal papel.
Outra possibilidade são os grupos formados por pessoas com os mesmos problemas. Os "Alcóolicos anônimos" são excelentes e louváveis, para dar um exemplo, em matéria redução e eliminação do alcoolismo. Sociedade antiga e muita séria, com certeza seus fundadores devem ser louvados como homens que mais fizeram pela humanidade que muitos líderes religiosos moralistas ou impostores de todo tipo.
O último caso é o mais difícil combater. A propensão ao vício está "dentro do indivíduo", é muito forte e pode se prolongar ao longo desta vida ou de outras. Todavia, a vontade inquebrantável e soberana se não pode erradicar definitivamente a má inclinação, pode domá-la e limitá-la à sua própria esfera. O processo pode perdurar muitos anos e pode ser bem complexo. Este autor que lhes fala tem longa experiência com vícios dessa natureza, que encontrou e encontra ainda hoje em si próprio. Na próxima postagem ele será abordado com mais calma e, oportunamente, abordaremos os "vícios sutis".
sexta-feira, novembro 26, 2010
quarta-feira, novembro 24, 2010
Cultivar Virtudes é mais Difícil que Levitar
Nossos verdadeiros poderes não são os "sidhis", faculdades latentes do homem descritas nos tratados clássicos. Muitos são aqueles que buscam os "sidhis", que são uma conquista progressiva para o operário comum do mundo da consciência individual . Em alguns momentos são úteis. Servem-nos como alavancas que nos dão fôlego para alcançar o verdadeiro alvo: a autorrealização. Em outras situações transformam-se em grossas cadeias de ferro que atam um condenado na masmorra do corpo físico, ao apego e ao auto-agarramento. Brinquedinhos da infância espiritual para muitos que se entretêm com a sensação de "poder" e os olhares crédulos da multidão.
Poderes dessa natureza são muito explorados hoje. Seu desenvolvimento torna-se alvo do trabalho, não um meio. Há "cursos" que ensinam a se projetar no "extrafísico", professores de "saltos levitativos", instrutores da "mediunidade".
Porém, poucos se dão conta de que quais são os verdadeiros poderes do Ser humano, aqueles que dificilmente a maioria de nós desenvolve sem esforço hercúleo, disciplina moral, concentração e sabedoria. Amor, Compaixão, júbilo com o êxito do outro, imparcialidade. Desenvolvimento da paciência, renúncia, altruísmo.
É mais difícil cultivar virtudes que levitar. Mas a recompensa final é muitíssimo maior.
Poderes dessa natureza são muito explorados hoje. Seu desenvolvimento torna-se alvo do trabalho, não um meio. Há "cursos" que ensinam a se projetar no "extrafísico", professores de "saltos levitativos", instrutores da "mediunidade".
Porém, poucos se dão conta de que quais são os verdadeiros poderes do Ser humano, aqueles que dificilmente a maioria de nós desenvolve sem esforço hercúleo, disciplina moral, concentração e sabedoria. Amor, Compaixão, júbilo com o êxito do outro, imparcialidade. Desenvolvimento da paciência, renúncia, altruísmo.
É mais difícil cultivar virtudes que levitar. Mas a recompensa final é muitíssimo maior.
Novas Postagens
Passei por um período de três meses marcado por profunda introspecção e muito trabalho sobre mim mesmo. Como as ocupações da "vida profana" tomavam-me o restante do tempo, tirei férias do ofício de escritor enquanto não terminava a tarefa de vasculhar o meu Ser. Espero voltar agora, com maior regularidade e motivação para partilhar vivências íntimas.
sábado, agosto 21, 2010
Uso de Drogas e Estágios Superiores de Consciência - A Falsa Opção

Muitos iniciantes no estudo do esoterismo e ocultismo se deparam após estudos avançados de Yoga ou do "Quarto caminho" com a cômoda possibilidade de empregar um "tipo de substância que, atuando sobre a "psiquê", induza a incursão célere em níveis "superiores" de consciência. A respota positiva a essa pergunta leva a opções como a do moderno "xamanismo" (em suas correntes e interpretações latino-americanas e brasileiras, inclusive) ou ao recurso a chás, cogumelos, infusões e beberagens associadas às idéias "à la Castañeda" em curso há cerca de três décadas.
Em sua magistral obra "O Quarto Caminho", um resumo de palestras realizadas em Londres para um seleto grupo de discípilos, Peter Ouspensky esclarece, de forma precisa e sucinta, toda a falácia subjacente às drogas e como o Sistema de Gurdjieff opõe-se veemente a elas. Por outro lado, o mesmo sistema rejeita abertamente os "vagabundos" ou indíviduos que sequer são capazes de dar um curso mínimo às suas vidas por reputá-los incapazes de dar, sequer, os passos iniciais no Trabalho.
"Pergunta: As drogas não podem nos pôr em contato com os centros superiores (1)?
Resposta: A idéia não é nova; as drogas foram usada nos tempos antigos, na Idade Média, nos Mistérios da Antiguidade, na magia, etc. Constatou-se que alguns estados interessantes resultavam de um uso inteligente das drogas. O sistema (2), no entanto, opõe-se a elas. O seu uso não dá bons resultados, porque elas não podem influir na consciência, faze-l a crescer. Entorpecendo os centros inferiores, as drogas podem nos pôr em contato com os centros superiores, mas isso não nos seria de nenhuma utilidade, porque só podemos nos lembrar na medida em que temos consciência. Visto que não a temos, a ligação com os centros superiores só resultará em sonhos ou inconsciência.
Todos esses estados de transe descritos, por vezes, nos livros, são um caminho muito perigoso. O ato de transportar-se a um transe está relacionado com a criação da imaginação no centro emocional superior, e isso é um beco sem saída. Se estivemos nele, não podemos sair nem ir adiante. A nossa idéia é controlar a imaginação; se, em vez disso, a convertemos, através de certos métodos, em imaginação no centro emocional superior, obteremos satisfação felicidade, mas, no fim das contas, trata-se apenas de dormir num nível superior. O verdadeiro desenvolvimento deve seguir duas linhas: desenvolvimento da consciência e desenvolvimento dos centros (3).
Além do mais, tais experiências são, em geral, desapontadoras, porque as pessoas geralmente consomem, na primeira experiência, todo o material que possuem para serem conscientes. Pode-se dizer o mesmo de todos os métodos de entorpecimento mecânicos e auto-hipnotizadores; dão os mesmos resultados que as drogas; adormecem os centros comuns, mas não podem aumentar a consciência. Mas, quando a consciência se desenvolver, os centros superiores não apresentarão nenhuma dificuldade. Admite-se que o centro emocional superior funciona no terceiro estado de consciência e o centro intelectual superior no quarto".
OBS:
(1) No sistema de Gurdjieff traçado por P.D. Ouspensky os centros intelectual e emocional superior não estão ativados no homem comum ou apenas acidentalmente. Em condições usuais de vida a “usina humana” não pode produzir as substâncias sutis (que Gurdjieff chamada de “hidrogênios” como combinações trinas de forças e elementos) para alimenta-lãs.
(2) O “Sistema” é o “Quarto Caminho” ou o “Caminho do Homem Astuto”, uma outra possibilidade em relação ao “Caminho do Faquir”, do “Monge” e do “Iogue” (definidos a partir do predomínio dos centros instintivo-motor, emocional e intelectual inferiores).
(3) Desenvolver os “Centros” é ter a capacidade de alimenta-los de forma adequada para funcionem com o seu próprio combustível.
domingo, julho 25, 2010
Bestas, Homens e Deuses. Ferdinand Ossendowsky, Román Ungern Von Sterng e o Enigma do Rei do Mundo

Em "Bestas, Homens e Deuses", Ossendowisky recapitula suas aventuras no interior da Grande Rússia, quando fugiu das garras dos revolucionários vermelhos que consolidavam seu processo de destruição civilizatória. Como profundo conhecedor do território imperial, em particular da Sibéria, Ossendowisky traçou um plano de fuga que compreendia o perscurso a partir de Krasnojarsk até a transposição da fronteira com a Mongólia, entrando em território neutro. Neste ínterim, a obra não só revela a capacidade adaptativa dos polônes face à mais cruenta realidade e impiedade humana, em um mundo dominado por bolcheviques torpes, capazes dos atos mais vis em prol de sua própria promoção na máquina estatal. Ao mesmo tempo - e isto é seu traço mais importante - relata milagres e poderes jamais vistos por ocidentais e, ao final, sua descrição de estórias colhidas em lamaserias do Mongólia e personagens como o "Lama Vingador", dotado de poderes que aos não-orientais angariaram a fama de "miraculosos" ou "espetaculares". Na Mongólia, conheceu de perto os "sidhis" ou faculdades psíquicas mais avançadas como a profecia, a clarividência e a manipulação dos gunas (princípios da matéria) facultada aos grande iniciados.
Outro personagens que se sobressai no (e Ossendowsky conheceu, pessoalmente) é o Barão Ungern, o "Barão Louco", o maior Herói anti-bolchevique do período, profundametne caluniado pela História. Convertido ao Budismo e profundamente devoto da sabedoria do Oriente, o Barão Ungern foi considerado um "Dharmapala" entre os mongóis, ou seja, recebeu o alto título de "Protetor do Dharma". Mais tarde, vítima de traição, foi morto pelas hordas bolcheviques sanguinárias, passando a se inscrever entre os mártires da Nação Russa, hoje reconhecidos pelo atual Governo de Moscou.
Também na Mongólia - a versão do livro não deixa margem à dúvida - foi constatada a degradação do budismo, entregue a lamas bêbados e títeres pró-bolcheviques, muito distantes da tradição original.Na Mongólia, trava amizade com o "Buda Vivo", o "Buda Encarnado", pois o "Guardião do Misterioso e do Desconhecido vive na Mongólia, terra dos milagres e dos mistérios", sua Santidade Djebtsung Damba Hutuktu Khã, Bogdo Gheghen, pontífice de Ta Kure. Entre estes homens ele vem a saber da existência do enigmático Rei do Mundo e seu Reino, Agharta, no interior da Terra. Em Agartha, alguns povoss, como os Olets e os Calmucos aprenderam suas ciências misteriosas que trouxeram para a superfície da Terra.
"Em Agharta, os sábios panditas escrevem sobre tabuletas de pedra toda a ciência do nosso planeta e dos mundos. Os sábios chineses sabem disso. A ciência deles é a mais alta e a mais pura. A cada século, cem sábios da China se reúnem em um lugar secreto, à beira-mar, onde cem tartarugas imortais saem das profundezes do oceano. Sobre suas escamas, os chineses escrevem as conclusões, às quais a ciência chegou naquele século".
O Rei do Mundo traz em ocasiões determinadas sua mensagem aos homens. Uma das últimas entregue a um chefe tibetano em uma tabuleta de ouro advertia:
"O Rei do Mundo aparecerá a todos os homens quando chegar o tempo de levar os homens bons para a guerra contra os homens maus. O tempo, porém, não chegou ainda. Os piores da humanidade ainda não nasceram".
Quando nascerão? Que viva eternamente em paz a alma do inigualável Ferdinand Ossendowsky, que o bom karma conduziu à Mongólia e à divulgação destes grandes e inefáveis mistérios.
terça-feira, julho 20, 2010
Sufismo e Gurdjieff, Gurdjieff não é Sufismo e talvez seja SHAMS AL DIN DE TABRIZI
Ultimamente a última palavra da moda para os “esotéricos de ocasião” tem sido o “sufismo” do “bom tom“, o “mantra” perene. É possível ser “sufi” sem ser muçulmano assim como cabalista sem ser “judeu” e assim Madona e Jesus Luz podem adentrar comodamente um “templo cabalista” (sic) na moderna Jerusalém cheia de discotecas sem maiores problemas. Nada é tão velho ou tão moderno e já na antiga Roma Nero podia se dizer uma Adepto com A maior dos mistérios de Elêusis e Mitra e o camponês enriquecido da antiga Etrúria proclamar-se um Arúspice com um saco de Dinares na mão e uma boa recomendação.
Mas o “sufismo ocidental”, aquele “misticismo” água com açúcar tão ao gosto da classe média tampouco é tão atual, pois desde os anos 70 e 80 alguns “gurdjieffianos” espúrios tentaram associar loucamente as idéias do mestre Greco-armênio a esta ordem, trazendo à tona tanto corruptelas ridículas à la Idries Shah (o humorista anglo-afegão) até os modernos “sheiks” radicados no Brasil que se dão ao trabalho de filiar-se a antigas “tariqas” sufis e declamar a sua “Silsilá” e jamais tendo lido Gurdjieff (o que impede o seu modesto nível cultural ) e, muito menos, da composição musical de De Hartmann, impingerem-lhes o rótulo de “desconhecedores” da música oriental e “bastardos” do sufismo, porque jamais receberam a transmissão. Tanto os “Sheiks paraguaios” quanto à turba dos “artistas hasnamussem deslumbrados” daquela época se encontravam no mesmo caldeirão de interesses mundanos e sórdidos e só poderiam se encontrar em uma resultante: a crítica impiedosa e sem fundamentos ao mestre armênio.
Mas de que transmissão ou autoridade falam estes “estudiosos“? A vasta maioria deles não pratica o que é recomendado ao bom muçulmano, mas abrigando-se no conforto dos seus lares de classe média brasileira construíram “tariqas” qual aquelas casinhas de jardim que as crianças erguem entre as árvores e arbustos para se sentir escondidas do “bicho papão“. Alguns “teóricos” tupiniquins da “esotereologia inspirada no Maniqueu Brasileiro - uma bizarra, estranha, risível e calórica disciplina acadêmica - chamam o mestre armênio de “saher” ou “feiticeiro” e o criticam, insinuando sua possível introdução de uma falsificação do sufismo.
Mas a pergunta é clara: onde há alusão ao sufismo em Gurdjieff?
A resposta é igualmente translúcida. Em lugar algum. Gurdjieff ou seus discípulos jamais se remeteram ao sufismo como fonte do Quarto Caminho. Pelo contrário. O ensinamento era vinculado a uma tradição muito mais antiga e profunda, a confrarias dos antigo Oriente Médio e do Oriente mais remoto que remontavam à Assíria e civilizações estabelecidas muito antes que o Profeta estabelecesse sua própria religião em Makkah.
Nada havia tipicamente de origenm islâmica e o próprio Ouspensky, o São Paulo de Gurdjieff, deixa transparecer que o Quarto Caminho devia muito mais aos ensinamentos do cristianismo ortodoxo grego que a outra linhagem.
Nesse sentido, basta interpretar as inúmeras partituras de De Hartmann para piano para perceber a influência Grego ortoxa e também do sufismo,porém , não do sufismo de tipo turco apenas, mas da grande linha dos mestres sufis divinos que não se comunicaram através da transmissão física mas operaram por meios espirituais como o Iniguilável Shams Al Din de Tabriz (eu ponho essa grafia). Quem será Shams, que falou objetivamente sobre a ciência do SER do homem? Quem se aproxima dele? Os sufis ou simplesmente “sofistas“?
Mas o “sufismo ocidental”, aquele “misticismo” água com açúcar tão ao gosto da classe média tampouco é tão atual, pois desde os anos 70 e 80 alguns “gurdjieffianos” espúrios tentaram associar loucamente as idéias do mestre Greco-armênio a esta ordem, trazendo à tona tanto corruptelas ridículas à la Idries Shah (o humorista anglo-afegão) até os modernos “sheiks” radicados no Brasil que se dão ao trabalho de filiar-se a antigas “tariqas” sufis e declamar a sua “Silsilá” e jamais tendo lido Gurdjieff (o que impede o seu modesto nível cultural ) e, muito menos, da composição musical de De Hartmann, impingerem-lhes o rótulo de “desconhecedores” da música oriental e “bastardos” do sufismo, porque jamais receberam a transmissão. Tanto os “Sheiks paraguaios” quanto à turba dos “artistas hasnamussem deslumbrados” daquela época se encontravam no mesmo caldeirão de interesses mundanos e sórdidos e só poderiam se encontrar em uma resultante: a crítica impiedosa e sem fundamentos ao mestre armênio.
Mas de que transmissão ou autoridade falam estes “estudiosos“? A vasta maioria deles não pratica o que é recomendado ao bom muçulmano, mas abrigando-se no conforto dos seus lares de classe média brasileira construíram “tariqas” qual aquelas casinhas de jardim que as crianças erguem entre as árvores e arbustos para se sentir escondidas do “bicho papão“. Alguns “teóricos” tupiniquins da “esotereologia inspirada no Maniqueu Brasileiro - uma bizarra, estranha, risível e calórica disciplina acadêmica - chamam o mestre armênio de “saher” ou “feiticeiro” e o criticam, insinuando sua possível introdução de uma falsificação do sufismo.
Mas a pergunta é clara: onde há alusão ao sufismo em Gurdjieff?
A resposta é igualmente translúcida. Em lugar algum. Gurdjieff ou seus discípulos jamais se remeteram ao sufismo como fonte do Quarto Caminho. Pelo contrário. O ensinamento era vinculado a uma tradição muito mais antiga e profunda, a confrarias dos antigo Oriente Médio e do Oriente mais remoto que remontavam à Assíria e civilizações estabelecidas muito antes que o Profeta estabelecesse sua própria religião em Makkah.
Nada havia tipicamente de origenm islâmica e o próprio Ouspensky, o São Paulo de Gurdjieff, deixa transparecer que o Quarto Caminho devia muito mais aos ensinamentos do cristianismo ortodoxo grego que a outra linhagem.
Nesse sentido, basta interpretar as inúmeras partituras de De Hartmann para piano para perceber a influência Grego ortoxa e também do sufismo,porém , não do sufismo de tipo turco apenas, mas da grande linha dos mestres sufis divinos que não se comunicaram através da transmissão física mas operaram por meios espirituais como o Iniguilável Shams Al Din de Tabriz (eu ponho essa grafia). Quem será Shams, que falou objetivamente sobre a ciência do SER do homem? Quem se aproxima dele? Os sufis ou simplesmente “sofistas“?
Jorge Adoum, o Grande Mago Jefa
A vida do grande Jorge Adoum é misteriosa. Morou em vários países e partiu para a América do Sul muito cedo. Em Minas Gerais, passou pela antiga Palmyra, cidade de Santos Dumont, onde encontrou discípulos e admiradores. Segundo pessoas com as quais travei contato e o conheceram foi um homem bom, cordial e amigo, eivado daquela sabedoria peculiar que encontramos entre as velho Oriente Médio. Com suas humildes leituras Jorge Adoum passou por todos os ramos do conhecimento.
Não era um grande "doutor esotérico" aos olhos dos modernos "estudiosos acadêmicos do oculto" mas alguém que transformava em prática as migalhas que conseguia engolir. Este era seu grande mérito. Em seu livro "ADONAI", romance iniciático, podemos vê-lo lutando pela independência dos povos do Oriente Médio, buscando sua união sob a liderança do Rei Faiçal que se mostrou manipulável. Nada dessas atitudes mundanas foi frutífero, a não ser o mistério do amor que lhe mostrou o poder da verdadeira união mística.
Devido às cirscunstâncias da época e à lei do Karma que, implacável, girava uma manivela que levava o mundo ao domínio das novas e insensatas potências européias e aos EUA, a revolução árabe a a futura que se esboçava foram votadas ao fiasco. Submerso em Damasco e com poucos apoiadores, não restou a nosso herói outra opção senão a partida para a "terra prometida" para onde vários "patrícios", principalmente cristãos melquitas já haviam ido.
Jorge Adoum percebeu que a América o esperava e lá fez escola. Semeou o conhecimento entre aqueles que estavam dispostos a absorvê-lo e escolheu o ambiente das Lojas Maçônicas, que atuavam na vanguarda da sociedade, seu "locus" de convivência. Jorge Adoum, grande homem que, prestes a deixar o corpo físico, instrui àquele que se encarregara de divulgar parte de sua obra que ainda mostrar onde encontraria o restante dos manuscritos. E o fez. Nós te homeneagemos irmão Jorge Adoum por ser "O QUE É".
Não era um grande "doutor esotérico" aos olhos dos modernos "estudiosos acadêmicos do oculto" mas alguém que transformava em prática as migalhas que conseguia engolir. Este era seu grande mérito. Em seu livro "ADONAI", romance iniciático, podemos vê-lo lutando pela independência dos povos do Oriente Médio, buscando sua união sob a liderança do Rei Faiçal que se mostrou manipulável. Nada dessas atitudes mundanas foi frutífero, a não ser o mistério do amor que lhe mostrou o poder da verdadeira união mística.
Devido às cirscunstâncias da época e à lei do Karma que, implacável, girava uma manivela que levava o mundo ao domínio das novas e insensatas potências européias e aos EUA, a revolução árabe a a futura que se esboçava foram votadas ao fiasco. Submerso em Damasco e com poucos apoiadores, não restou a nosso herói outra opção senão a partida para a "terra prometida" para onde vários "patrícios", principalmente cristãos melquitas já haviam ido.
Jorge Adoum percebeu que a América o esperava e lá fez escola. Semeou o conhecimento entre aqueles que estavam dispostos a absorvê-lo e escolheu o ambiente das Lojas Maçônicas, que atuavam na vanguarda da sociedade, seu "locus" de convivência. Jorge Adoum, grande homem que, prestes a deixar o corpo físico, instrui àquele que se encarregara de divulgar parte de sua obra que ainda mostrar onde encontraria o restante dos manuscritos. E o fez. Nós te homeneagemos irmão Jorge Adoum por ser "O QUE É".
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