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quinta-feira, novembro 17, 2005

Plano da Obra - III

O cristianismo - mais contagioso e de evolução mais rápida que a religião hebréia - representou a ruína de uma civilização grandiosa, inventiva e que legaria à posteridade os elementos do progresso material da atualidade. Ninguém mais genial que o Nietzche do "Anticristo" ao vituperá-lo, "a religião da piedade" (barata, diga-se de passagem), "(...) A piedade, porém, é deprimente, pois enfraquece as paixões revigorantes que aumentam a sensação de viver. O homem perde o poder quando é contagiado pelo sentimento da piedade, e esta dissemina todo o sofrimento".

A humanidade, para o alemão, aprendera a considerar a piedade uma virtude, quando ela é, na verdade, uma enorme fraqueza. Ela é uma tendência hostil à vida, vista por Arisóteles como algo nocivo e perigoso que se fazia mister eliminar. Era contrária ao instinto vital e à lei da sobrevivência, algo profundamente anti-natural. O cristianismo transformou em produto do pecado e em "sacramentos" os atos mais banais e corriqueiros da vida: o batismo, que nos redime do pecado de nascer, o crisma, de nos tornarmos férteis, o casamento, de podemos fazer amor. Até morrer é vergonhoso é merece uma extrema-unção.

Mais que isso, este monoteísmo carente de fundamentos introduziu uma noção estranha à toda a evolução: a igualdade dos homens-carneiros, a dinamite cristã, "essa falsidade , esse pretexto para os mais baixos rancores de todos os espíritos inferiores (...)" que só poderia degenerar no socialismo real e em seus horrores. Este, nascido sob os auspícios da revolução russa, nada mais foi que obra de cristãos travestidos em marxistas, agarrados à nova doutrina do Pai, do Filho e do Espírito Santo representada por Marx, Engels e, ao longo do século XX, Joseph Stálin, ditador ainda mais sanguinário que Hitler.

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