Membro da Ordem dos Swamis, Yogananda legou à posteridade um livro genial. Difícil não se entreter em sua leitura, impossível não derramar lágrimas copiosas ao folheá-lo. O contato com a "Autobiografia de um Iogue" é uma experiência única, mágica, comovente e inspiradora pela humildade e desapego do seu autor e os mestres que o orientaram. Desde a praticidade tremendamente humana do pai à poderosa e terna presença de Sri Yukteswar, o discípulo e amigo do Santo Lahiri Mahaiasa, o livro é uma clara demonstração de que podemos combinar o deleite místico-espiritual à vida atribulada do cotidiano. De um "Babaji" iluminado a um Lahiri Mahaisa que mesmo em seu plano de elevadíssima consciência e visão cósmica mantinha uma família e recebia os proventos de humilde funcionário de uma ferrovia.
Que estupor nos envolve ao contemplarmos com nossos próprios olhos o desfile dos numerosos santos (sadhus), swamis e gurus com quem Yogananda privou da amizade e companheirismo em modestos ashrams das grandes cidades da Índia. Quão magnifica nos parece a visão beatífica de Lahiri Mahasaia levitando, desmaterializando-se e materializando-se em diversos planos de modo a nos fazer crer piamente em nossas ridículas limitações de tempo e espaço. Saber que Sri Yukteswar manipulando o prana ("vitátrons" na falta de expressão melhor) e podia reconstituir com matéria astral o corpo físico e "ressuscitar" como o Mestre de Nazaré. Saber que não só Jesus foi capaz de produzir milagres mas que todos nós também o somos desde que nos integremos à essência divina de Deus ou ao todo, unamos o microcosmo ao macrocosmo. O livro é todo ele um festival que inunda o Ganges de nossa alma com guirlandas de rosas e perfumes miraculosos.
Tudo tão distante, como pode o Mestre vislumbrar algo por que não passou os olhos. Mais que todos os ínsignes hindus mais se exalta o nome de Leo Frobenius, meu Mestre.
ResponderExcluirLi esse livro que muito me ajudou. Yogananda, Yukteswar, Mahasaia, são Mestres com história vivida e comentada, com seguidores, que superaram a "ridicula limitação de tempo e espaço". Nós as vezes somos limitados e achamos esses Mestres distantes e ficamos incredulos, como Thomé ficou em relação ao Nosso Senhor Jesus.
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