Assim como há diferentes tipos de homens, há diferentes tipos de religiões e dentro das religiões diferentes tipos de adeptos segundo seu nível consciencial e existencial. Assim vivem, viveram e viveram diferentes tipos de cristãos, uma idéia comungada por G.I. Gurdjieff mas que despontara antes entre os evangelistas e fora formalizada por um dos pais da Escola Filosófica Cristã de Alexandria, Orígenes.
Orígenes era adepto do método alegórico de explicação da escritura, que expandira no sentido de compreender a natureza humana. Para ele, a explicação alegórica dos textos sagrados era uma necessidade, podendo-se distinguir "três sentidos ou interpretações da Bíblia, o sentido material, o psíquico e o pneumático" (1). Difícil compreender estas três visões interpretativas, mas o sentido pneumático é aquele que detém maior complexidade, profundidade e natureza mística.
Estes três sentidos da escritura se relacionariam às três partes constitutivas do próprio homem: o corpo (soma); a alma (psiquê) e o espírito (pneuma); relacionados, respectivamente, à verdade histórica, moral e mística das escrituras. Estes três níveis da constituição "global" do homem (expandidos na vedanta e no Oriente para a divisão setenária do ser em seus príncipios superiores e inferiores) podem explicar os diferentes tipos de cristãos segundo o seu grau de perfeição (cristãos simples, avançados e perfeitos).
"Triplicem in scripturis divinis intelligentiae inveniri saepius diximus modum: historicum, moralem et mysticum; unde et corpus inesse ei et animam ac spiritum intelleximus".
(1) BÖEHNER, Philoteus; GILSON, Etienne. História da Filosofia Cristã. Petrópolis, Ed. Vozes, 2000.
maravilho
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa