Cristiano, uma rosa floresce no jardim
em meio aos ciprestes e ao mato espesso,
uma rosa solitária que insiste para vingar,
em um jardim abandonado pelo jardineiro
de mão-cheia, preto cuidadoso e talentoso
que na calada da noite vinha arar, e ia para
outros cantos do país, trazer outras flores
exóticas, distantes, que se não rivalizam com
a rosa, contrastavam com sua ímpar beleza
em um sem par movimento carente de ritmos
em que o pobre lavrador, escravizado, contemplava
ao longe, carregando o madeiro pesado, sua cruz
o suor que escorria dos ombros largos
do operário.
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