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terça-feira, outubro 24, 2006

O Domínio da Política

Política. O domínio da política imperava. Os homens pensavam estar orientando seu próprio futuro, tomando decisões importantes e participando da vida da nação. Supunham estar elegendo os representantes de seus interesses para os mais altos postos do país, aqueles que segurariam as rédeas do país. Ledo engano. Como poderão os homens escolher seus dirigentes se não podem “dirigir-se a si mesmos”, se é que podem “conhecer” (ah, se fosse possível isso...), se não sabem quem são. Os homens são máquinas que caminham ao léu, não têm consciência do que fazem e não exercitam sua vontade. Entre aqueles que mais se iludem com o mundo, os que se identificam com a matéria e seus estados mais brutos, a política age como um imã, daí o ditado antigo, “a política é um imã que atua sobre os calhordas” e “os porcos chafurdam na lama”.
Quando Kut-Al-Atl era o governante, os pequenos funcionários do “Estado” ou do “governo” (naquela época as duas coisas eram muito parecidas, quase análogas) costumavam fulminar com um duro olhar de reprovação qualquer um que censurasse ou criticasse a mínima falta ou ato não ponderado do Chefe. “Você não é atlante” ou o “o Governo é muito habilidoso” eram exclamações ouvidas com freqüência e ai daqueles que questionassem as benesses de governo que dava com tamanha liberalidade.

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