Nestes dias sombrios, nenhum pensador tocou tanto meu coração quando Ouspensky, ao comentar o sábio Gurdjieff. Vamos à reflexão sobre o circuito exterior da humanidade, dominados por homens sem consciência (homens máquinas) que são nossos iguais.
“A humanidade à qual pertencemos, toda a humanidade histórica e pré-histórica geralmente conhecida, só constitui, na realidade, o círculo exterior da humanidade em cujo interior se encontram vários outros círculos”.
“O ‘circuito exterior’ propriamente dito é o círculo da humanidade mecânica à qual pertencemos, a única que conhecemos. Esse círculo reconhece-se, antes de tudo, pelo sinal de que, para as pessoas que fazem parte dele, não há nem pode haver compreensão comum. Cada um compreende à sua maneira e há tantas maneiras de ‘compreender’ quantas são as pessoas. Esse círculo é chamado, às vezes, de ‘círculo da confusão das línguas’, porque nesse círculo cada um fala sua língua própria e ninguém compreende ninguém, nem se preocupa em ser compreendido. É, pois, o círculo onde a compreensão mútua é impossível, salvo em instantes muito raros, totalmente excepcionais, e ainda sobre assuntos quase destituídos de significação, e só nos limites do ser dado. Se as pessoas pertencentes a esse círculo se tornarem conscientes desta falta geral de compreensão e adquirirem o desejo de compreenderem e serem compreendidos, isso significará que tendem inconscientemente para o círculo interior, porque uma compreensão mútua só começa no círculo exotérico e só poderia desenvolver-se aí. Mas a consciência da falta de compreensão chega a cada um pelos mais diferentes caminhos”.
Gurdjieff por Ouspensky em “Fragmentos de um ensinamento desconhecido – em busca do miraculoso”.
“A humanidade à qual pertencemos, toda a humanidade histórica e pré-histórica geralmente conhecida, só constitui, na realidade, o círculo exterior da humanidade em cujo interior se encontram vários outros círculos”.
“O ‘circuito exterior’ propriamente dito é o círculo da humanidade mecânica à qual pertencemos, a única que conhecemos. Esse círculo reconhece-se, antes de tudo, pelo sinal de que, para as pessoas que fazem parte dele, não há nem pode haver compreensão comum. Cada um compreende à sua maneira e há tantas maneiras de ‘compreender’ quantas são as pessoas. Esse círculo é chamado, às vezes, de ‘círculo da confusão das línguas’, porque nesse círculo cada um fala sua língua própria e ninguém compreende ninguém, nem se preocupa em ser compreendido. É, pois, o círculo onde a compreensão mútua é impossível, salvo em instantes muito raros, totalmente excepcionais, e ainda sobre assuntos quase destituídos de significação, e só nos limites do ser dado. Se as pessoas pertencentes a esse círculo se tornarem conscientes desta falta geral de compreensão e adquirirem o desejo de compreenderem e serem compreendidos, isso significará que tendem inconscientemente para o círculo interior, porque uma compreensão mútua só começa no círculo exotérico e só poderia desenvolver-se aí. Mas a consciência da falta de compreensão chega a cada um pelos mais diferentes caminhos”.
Gurdjieff por Ouspensky em “Fragmentos de um ensinamento desconhecido – em busca do miraculoso”.
olá. sou crazaopura@yahoo.com.br e queria saber se a palavra "exoterico" que aparece n final desse trecho nao seria "esoterico".... mto bom este trecho, aliás...abraços.
ResponderExcluirOlá Leo,
ResponderExcluirSeu comentário é de 2005. Vc continua interessado nos ensinamentos de Ouspensky e Gurdjieff? Sou estudiosa da obra desses mestres.
COntinuo sim Calbano, embora o pensamento sempre esteja em evolução. Aliás, a despeito de todas as críticas dirigidas a eles continuo balizando várias das minhasa atitudes em suas leituras. Abarços.
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