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quinta-feira, dezembro 06, 2012

A Queda - Albert Camus

Lendo aos 40 anos a obra "A Queda" de Albert Camus me dei conta, repentinamente, da grandiosidade do autor, traduzida em sua habilidosa forma de captar o elevado conceito que o indivíduo da espécie humana forma de si mesmo. É como se eu me visse retratado no seu mundo interior, com as mesmas aflições, sofrimentos, angústias e aquela típica inclinação terráquea de se enxergar bem no íntimo como superior ao outro, um pequenino Deus separado do restante da humanidade. Creio que qualquer pessoa experimentaria impressão análoga lendo os seus livros, o que torna a sua obra realmente universal. Há uns vinte e tantos anos atrás achei o mesmo livro tedioso.

"Mais voilá, j'étais du bon côté, cela suffisait à la paix de ma conscience. Le sentiment du droit, la satisfaction d'avoir raison, la joie de s'estimer soi-même, cher monsieur, sont de ressorts puissants pour nous tenir debout ou nous faire avancer. Au contraire, si vous en privez les hommes, vous les transformez en chiens écumants. Combien de crimes commis simplesmente parce que leur auter ne pouvait supporter d´être en faute!"