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terça-feira, fevereiro 23, 2010

Entre Deus e o Diabo, o Diabo.

Em termos modais o homem se importa apenas consigo mesmo. Para quem não sabe, a "moda" é uma medida estatística de posição que indica o valor mais freqüente em uma certa distribuição. A forma mais freqüente do homem encarar a relação entre si mesm o e o Universo é julgar-se um monumento à beleza, perfeição e inteligência, imune à morte e superior em sua capacidade de julgamente a todas as coisas animadas e inanimadas.

Este é o homem, tal qual o conhecemos em seu estágio atual de evolução.
O homem pode ser judeu, cristão, muçulmano. Pode ser hindú, budista, zoroastriano. Pode ser ateu, "agnóstico", gnóstico ou druso. Mas não deixa de ser homem quanto a suas inclinações. Se dissessem à maioria dos maisfervorosos praticantes de qualquer uma das religiões estabelecidas que se passasse a adorar ao Diabo, Satanás, Iblis, Belzebub ou a um Rakshasa e em troca obtivesse a vida eterna ou ao menos alguns anos a mais de vida ele seria capaz de levantar mil bezerros de ouro à nova divindade.

Se assegurassem a um homem que o sacrifício de um amigo em um altar lhe trouxesse a tão sonhada imortalidade ele beberia bastante vinho, cheiraria ópio e botaria um tapa olho e, com o nariz tampado, executaria tão inglória tarefa.

No Ocidente ele talvez contratasse um bom assassino profissional e suas dores de consciência não seriam tão atrozes a ponto de impedi-lo de "curtir" a vida, esta preciosa dádiva do iluminismo. No Oriente talvez atribuisse à Deusa Kali alguma virtude intrinseca ao ato de matar e imortalidade angariada dessa forma fosse compreendida como um tributo à Brahma.

Claro que no Ocidente a justiça comum ainda poderia absolvê-lo e, talvez, buscando um bom psicólogo pudesse comprovar que tal atitude apenas respondeu a um impulso proveniente do seu "id".

Este é o homem, amaldiçoado por suas comezinhas preocupações com o que pensa ser o seu "Eu", com as fantasias que alimenta a respeito do que os outros pensam a respeito de si (como se os outros de fato possuissem um "pensar" independente) e com as ilusões a respeita do mundo que o cerca.
Que engraçado, hoje ouvi no meu trabalho a expressão "meio ambiente antropizado". Eu quero acreditar que esta é toda aquela partição do planeta terra poluída pela presença do homem atual.
A nua e crua verdade é que o homem quer perpetuar o engano.

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Kundalini Shakti na Kryia Yoga

No livro Kryia Yoga escrito pelo guru Paramahansa Hariharananda (Lótus do Saber, 2006) entre elucidações do método e do processo "científico de aperfeiçoamento espiritual" dado pela kryia (que aparentemtente "acelera" o progresso do homem) há considerações sobre a verdadeira natureza da energia "kundalini" que se avizinham do que Gurdjieff apelidava de órgão de Kundabuffer.

Vejam o que diz o autor:

"No corpo físico, o centro da alma é o infinito reino dos céus. Esse reino é a morada do Pai Todo-Poderoso que não possui forma. O corpo físico, porém, é também o reino da ilusão,da desilusão e do erro (e. e, maya). Por essa razão, a união de maya com o condutor de maya também recebe o nome de yoga. A união desses dois é yoga. A respeito da yoga, as escrituras antigas declaram (Kularnava Tantra):

Parasati atma mithuna
Samyogananda isvara
Ya aste mithunam tat
Paresyat strinisebakah


Muitos afirmam usufruir os prazeres da sexualidade por serem adeptos do tantrismo e que isso é mithuna (ligação, união), uma prática por meio da qual se pode alcançar a realização de Deus (yoga). O simples prazer físico, porém, não é o prazer verdadeiro. Está escrito: parashakti atma mithuna. Parashakti é o poder do Pai Todo-Poderoso que permanece oculto no interior do corpo, na fontanela. Esse poder está além dos cinco elementos básicos densos (pancha mahabhuta), ou seja, akash(vácuo) no centro cervical, vayu (ar) no centro cardíaco, agni (fogo) no centro umbilical; jala (água) no centro sexual e prithivi (terra) no centro do cóccix. A cada respiração acontece uma união, uma junção. Essa é o verdadeiro prazer sexual. Isso é atma mithuna e significa sexo com o self.


“O reino dos céus está sempre dentro de você, assim como reino de satanás. O reino dos céus recebe o nome de as e o reino da ilusão, da desilusão e do erro (maya) é denominado ham. O corpo físico é maya. No Guru Gita, o Senhor Shiva declara a Parvati:

Pindam kundalini saktim
Hamsa iti udahrtan
Rupam bindum iti jneyam
Rupatitam niranjanan


O significado desse verso é: o corpo inteiro é pinta (corpo). Nosso corpo físico vive repleto de ilusão, engano e erro (maya) que é kundalini shakti. Ao contraio da errônea concepção popular, a kundalini não é uma serpente enrodilhada e inerte encerrada no centro do cóccix. A kundalini shakti é maya, algo muito difícil de evitar."

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

A Luta

Em nome de Allah, o Clemente e Misericordioso! Pela glória de Allah que nos concede a inteligência escrevo estas linhas e o glorifico pela minha existência à qual pode extinguir feito pó.

Nada somos em face de Allah, o Indulgente! Que nossas palavras estejam sempre de acordo com o que quer Allah e que não nos desviemos da Senda Reta! Allah seja Louvado!

Quando nas tórridas areias do deserto o Mensageiro Mohammad nos ditou o Livro Sagrado jamais imaginaria que o mundo alcançaria tal estado de confusão. O islamismo enquanto derradeira religião e derradeira mensagem profética representa a síntese de todas as religiões monoteístas anteriores (o judaísmo e o cristianismo) e de todos os elementos de verdade presentes na universo sacro da terra. O islamismo é a verdadeira Sabedoria Divina pois respeita todos os profetas anteriores, é razoável nas exigências para com o Ser Humano - considerado em sua própria posição diante do onisciente e oniouvinte Allah.

Quem ouve e lê o que foi ditado pela Mensageiro não tem dúvida que ali se revela a mais pura e límpida palavra divina. O Corão não confunde o homem, não apresenta contradiçoes e dispensa exegese quase que completamente. Seu objetivo não é confundir o fiel muçulmano ou inspirar jogos de palavras mas orientar o homem em sua vida diária, em sua vivência comunitária e em seus deveres para com Allah, o Clement, Misericordioso e Municificente.

O Islam é "jihad", é luta. È luta. É luta contra o hipócrita, o idólatra e o infiel no campo de batalha. Mas é uma luta que com a braço de Allah a favor do crente será vencida. O inimigo e o difamador não trinfará sobre os muçulmamos, os que se submetem á Lei de Allah. Sob o comando do bom Iman levantaremos nossa espada na guerra que tanto é exterior quanto interior, tanto contra os que intentam contra o Plano de Allah para o mundo quanto o que maquina dentro de nós contra o alvorecer da consciência objetiva.